Sua Promessa: Os Bebês da Máfia - Capítulo 188
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188: Capítulo 2.93 188: Capítulo 2.93 Christian
“Então,” Dario falou, constrangido. Christian deu de ombros para Dario e apontou com a cabeça em direção ao armazém. “Você me disse que ia mostrar o caminho, então eu vou deixar você mostrar o caminho.”
“Eu não estava falando sobre o caminho para entrar,” Dario falou, irritado. “Eu estava falando sobre a conversa.”
Christian soltou uma risada e colocou a mão no ombro de Dario para puxá-lo em direção ao armazém. “Ah, a conversa?” Ele falou, sarcástico. “Você sequer sabe como é a cara do nosso primo?”
“Eu… não faço ideia,” Dario deu uma risada enquanto os dois entravam. Dario não reconhecia os rostos desconhecidos e alguns dos membros da família que lhe lançavam um olhar desaprovador.
“Não é nada contra você,” Christian explicou para ele. “É porque eles se sentem ameaçados pela sua presença.”
“Minha presença?” Dario questionou. Dario estava confuso e não conseguia entender como alguém poderia não gostar dele quando ele se esforçava tanto para se dar bem com todo mundo. “Você tem que entender, essas pessoas trabalharam muito duro para ganhar nosso respeito.” Christian compartilhou. “E aí você aparece —”
“Então eu não ganhei o seu respeito?” Dario perguntou, chocado. Christian estava tão surpreso com essa declaração porque não era isso que ele queria dizer. “Você salvou o Enzo e abandonou seu pai para nos ajudar… claro que você ganhou o meu respeito!”
Dario soltou um suspiro de alívio e fez que sim com a cabeça. “Exatamente.”
“Como acabou com sua assistente?” Ele perguntou. A mente de Christian foi para Gina antes de se voltar para Serena. Nunca foi sua intenção abandonar Serena, e se ele pudesse voltar atrás, ele o faria num piscar de olhos.
“Eu arranjei alguém para verificar como ela estava. Ela ficou bem abalada.” Christian disse a ele. Ele não queria entrar nesse assunto, pois isso não era mais da sua conta. Ele ia manter sua promessa para Serena desta vez.
Dario ficou surpreso. “Você não foi sozinho?” Ele perguntou. “Quer dizer, isso é bom.”
Isso era tudo o que Christian pretendia fazer. A coisa certa. “Eu só estou tentando ser como Serena quer que eu seja.” Ele bocejou.
“Mas isso na verdade não é você de verdade,” Dario concluiu. “É como viver numa mentira,” ele sussurrou essa última parte.
Christian discordou. Ele acreditava que não tinha mudado, e se mudou, provavelmente foi para melhor. Ele podia entender que Dario tinha passado por muito e aceitava o fato de que havia perdido muita coisa. Ele estava convencido de que alguém como ele não entenderia.
“Olha, lá está ele.” Christian apontou enquanto seus olhos se moviam em direção a seu primo mais novo, Kenzo. Christian nunca entendeu porque um jovem de dezessete anos queria trabalhar no armazém, mas começava a fazer sentido.
“Sim, eu posso ver que ele é quem estamos procurando.” Dario riu do Kenzo. Só de olhar para ele, ele podia ver o estresse em seu rosto. O garoto estava inquieto e olhava ao redor como se estivesse esperando que algo acontecesse.
“É esse o pobre garoto que você ia atacar?” Dario perguntou a Christian, que soltou um suspiro de irritação. “Você vai falar com ele agora, ou vai deixar para amanhã?”
“Kenzo!” Dario chamou. O garoto quase pulou e se virou para olhar para os dois. Ele deu pequenos passos à frente e abaixou a cabeça. Christian manteve a boca fechada como prometeu e esperou que Dario liderasse a conversa.
“Beleza? Meu nome é Dario. Eu não acho que a gente se conheceu, mas eu sou seu primo e—”
“Não.” Christian revirou os olhos. Ele pegou Kenzo por trás do pescoço e lhe deu uma leve apertada. “Vamos, garoto, acho que tá na hora da gente conversar.”
“Eu não fiz nada!” Kenzo gritou em defesa. As pessoas começaram a virar a cabeça, então Christian tapou a boca dele com a mão. “Eu nunca disse que você fez alguma coisa?”
Dario olhou para o garoto com simpatia enquanto Christian o levava para uma sala separada. “Christian, a gente combinou que não ia fazer isso!” Dario sussurrou enquanto seguia atrás dele.
Christian fechou a porta e puxou uma cadeira para Kenzo. “Por favor, priminho, sinta-se à vontade e sente-se,” Christian falou enquanto encarava Dario.
Kenzo parecia assustado e sentou-se na cadeira enquanto Christian dava vários passos para trás. “Por favor, Dario.” Ele forçou um sorriso no rosto. “Obrigado,” Dario falou. Ele deu um passo à frente e se ajoelhou para olhar para o garoto na cadeira.
“Kenzo? Eu acho que a gente não se conheceu, mas eu sou seu primo… meu nome é Dario.” Ele falou com um sorriso encantador no rosto. “Kenzo,” Ele suspirou. “Quase soa como Enzo, seu nome é plagiado, ou tio Lucio inspirou a tia Lena?”
“Vamos ao ponto!” Christian falou, irritado, mas Dario levantou a mão, mandando-o se calar. “Eu não sei,” Kenzo sussurrou. Dario soltou uma risada e lhe deu um leve empurrão no ombro. “Você não sabe? Claro que você não saberia.”
Christian estava confuso com o sorriso no rosto de Dario. Não importava se era em tempos bons ou ruins. Dario nunca perdia aquele sorriso. “Você gosta da sua mãe?” Dario perguntou.
“P-por que eu estou aqui?” Kenzo questionou. Dario olhou para a mão tremendo de Kenzo antes de colocar sua mão sobre ela. “Você disse que não fez nada, então não tem com o que se preocupar.” Ele sorriu. “Eu só quero conversar com você, é só isso.”
“Eu amo ela.” Kenzo falou. “Claro que eu amo minha mãe — essa é uma pergunta estúpida.”
“Que bom ouvir isso.” Dario deu uma risada. “Eu também amava minha mãe… infelizmente ela faleceu há vários anos.”
Christian começou a se sentir desconfortável e realmente não estava com vontade de ouvir sobre o passado de Dario. Embora ele não tivesse nada a ver com isso, ele ainda se sentia culpado e se perguntava por que aquilo era relevante para a história.
Kenzo finalmente encontrou o olhar de Dario e lhe deu um olhar de piedade. “Sinto muito em ouvir isso,”
“Tudo bem.” Dario deu de ombros. “Foi há muito tempo.”
“Meu pai, por outro lado.” Dario continuou. “Ele está meio que morto, mas eu ainda consigo sentir a energia dele. Você entende o que eu quero dizer?”
Kenzo balançou a cabeça. “Claro que não,” Dario falou. “Você provavelmente era muito jovem quando ele faleceu.”
Christian olhou para Dario, incrédulo, e se preparou para assumir a conversa, enquanto Kenzo parecia desconfortável. “E seu pai?” Dario perguntou.
“Eu não tenho pai,” Kenzo falou.
“E uma figura paterna?”
Kenzo se virou para olhar para Christian, que o encarou de volta. “Não muito. Tio Lucio costumava cuidar de mim.”
“Então por que você o traiu?”
Christian ficou surpreso com a mudança repentina no tom de Dario, e Kenzo também ficou, sem conseguir dizer uma frase. Cara estranho, Christian pensou observando o sorriso no rosto de Dario.
“Você sabe que meu pai está vivo, e sabe por que eu estou aqui. Ele provavelmente te disse muitas coisas ruins sobre mim, não é?” Dario perguntou a Kenzo. Ele apertou o ombro de Kenzo para acalmá-lo e olhou nos olhos dele.
“Ele me disse,” Kenzo respondeu. Christian piscou várias vezes e se perguntou se tudo aquilo era mesmo real. Como ele fazia isso? Ele pensou enquanto se recostava e deixava Dario controlar a situação. Ele estava preparado para tirar as informações do primo mais novo na porrada, enquanto Dario usava apenas suas palavras.
“Ele me disse que você me traiu e que eu nunca deveria confiar em você,” Kenzo confessou. Dario e Christian trocaram um olhar antes de Dario continuar seu interrogatório.
“Quando você o conheceu?”
“Uns ano atrás, eu acho?” Kenzo falou. “Ele me encontrou e me disse quem ele era. Ele me disse que tinha grandes planos para mim.”
Isso soava muito familiar para Dario. Era a mesma coisa que ele havia prometido não só a ele mas também ao Luca.
“O que ele te prometeu?”
“B-bem,” Kenzo gaguejou enquanto baixava a cabeça novamente. Era óbvio que ele não queria compartilhar essa informação, mas Dario não sairia sem ela. “Vamos, me diga.” Ele tentou novamente. “Porque seja lá o que ele te prometeu, você não vai conseguir.”
“Ele me disse que havia uma possibilidade de você fazer isso,” Kenzo contou a ele. “Ele me disse que eu não poderia confiar em você ou no Christian.”
“E aí? Parece que você não pode confiar em mim?” Dario perguntou, surpreso. Ouvir que ele era ‘não confiável’ ou ‘não amigável’ feriu seu ego.
“Não,” Kenzo sussurrou. Dario fez que sim com a cabeça e virou a cadeira de Kenzo, forçando-o a olhar para Christian. “O Christian já fez algo com você?”
“Não.” Ele repetiu.
Dario apoiou sua mão na cadeira e repetiu a pergunta. “O que ele te prometeu?”
Dario se manteve bastante calmo, enquanto Christian já tinha o suficiente e decidiu que era hora de falar. “Escuta, seu idiota!” Ele começou, aproximando-se e quase gritando na cara de Kenzo. “Eu não sou tão doce quanto o Dario e não vou deixar ele te perguntar de novo, então por favor, abra a boca antes que eu te espanque—”
“Ei, se acalma!” Dario o interrompeu. Ele empurrou Christian para longe e sentiu pena de Kenzo, que parecia assustado com seu primo. “A gente só está tendo uma conversa, certo, Kenzo?” Dario sorriu novamente enquanto Kenzo balançava desesperadamente a cabeça.
“Vamos, você pode confiar em mim.” Dario tentou tirar uma resposta dele. Kenzo respirou fundo e se preparou para contar a verdade.
“Eu vou contar.”