Sua Promessa: Os Bebês da Máfia - Capítulo 180
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180: Capítulo 2.85 180: Capítulo 2.85 Christian
“Então, quando é que aquele seu primo vai chegar?” perguntou Beau enquanto os dois esperavam na frente do shopping. “Ele já vai chegar,” afirmou Christian. Pelo menos, era o que ele esperava.
“Ele te deu o bolo.” Beau riu enquanto empurrava o carrinho de Siena para frente e para trás. “Não, ele não fez isso, para com isso.” Christian revirou os olhos.
“Então você está falando sério sobre isso?” Beau olhou para Christian. “Eu te disse, eu vou mandar a Serena embora.”
Foi uma decisão espontânea, mas que seria para o melhor. Christian estava determinado a encontrar a chave o mais rápido possível, e apesar de apreciar a presença de Serena ao seu lado, ele não queria que ela se envolvesse.
Foi por isso que ele bolou uma solução rápida, uma viagem surpresa para Serena e suas amigas, das quais ele sabia que ela sentia muita falta. “Ainda não entendo como a Isobel se envolveu nisso tudo e por que ela tem que ir de férias com um bando de garotas que não gostam dela.”
“Porque Isobel é chata.” Christian revirou os olhos. “Temos dias difíceis pela frente, e eu não quero que ela te distraia. Ela tem essa mania de te ligar a cada segundo para forçar você a voltar para casa, eu não posso ter isso, e além do mais—eu preciso de alguém para ficar de olho na Serena.”
“Certo.” Beau riu. “De qualquer forma, ela concordou porque você pediu a ela—mas o caso da Serena é um pouco diferente.”
“Você não acha realmente que pode comprar para minha irmã uma mala cheia de roupas e mandá-la para o Panamá, acha?” Beau deu uma gargalhada alta. “É minha irmã sobre quem estamos falando—ela não vai embora assim tão facilmente.”
“Sim, ela vai,” Christian afirmou. Ele estava bastante confiante de que ela iria. “Toda dúvida desaparecerá assim que ela ver suas amigas. Ela nem vai questionar minhas intenções.”
“Ah,” Beau disse, surpreso. “Uau, você realmente planejou tudo isso em horas, não planejou?”
“Sim,” Christian sorriu. Ele nem conseguia acreditar que foi tão longe a ponto de verificar cada peça de roupa da Serena, só para poder comprar o tamanho certo—mas ele queria que fosse uma surpresa. Ele não queria dar a Serena a oportunidade de recusar sua oferta.
“Beau, você sabia que a Gina foi embora?” Christian de repente abordou a situação. Ele sabia quão difícil poderia ser passar por uma experiência como essa sozinha, e apesar de tudo, ele queria estar lá para confortá-la. Ele sabia que tinha sua família, mas a Gina não tinha ninguém.
“Enzo disse que ela se foi. Esqueça isso,” Beau o dispensou. Christian ficou chocado com o comportamento de Beau, mas imaginou que provavelmente era porque ele estava protegendo sua gêmea e não queria ouvir o nome dela. Ele decidiu deixar pra lá, mas não iria esquecer.
“De qualquer forma, você quer mandar a Serena embora enquanto procuramos pela chave e pegamos o dinheiro?” Beau confirmou. “Sim, e a sessão de fotos é dois dias depois,” falou Christian.
“Eu não estou fazendo isso só para me livrar dela, sabe.” Christian sorriu enquanto sua mente voltava para Serena. “Ela passou por muito e nunca teve realmente tempo para relaxar. Eu quero que ela cuide de si mesma.”
“Sim, eu sei.” Beau concordou. “Conhecendo a Serena, ela preferiria te ajudar—”
“E ela não pode dessa vez porque será perigoso,” Christian falou. “Eu não sei o que meu tio planejou, não ouvimos uma única coisa dele, e eu quero que a Serena fique segura.”
“E quanto à Siena?” Beau perguntou. “Como você vai supervisionar a festa da Carmen, encontrar a chave, pegar o dinheiro e cuidar de um bebê—tudo em dois dias?”
Christian respirou fundo. “Eu vou me virar.”
“Sim, você sempre se vira, porque de algum jeito você conseguiu arrastar a Serena para longe do bebê,” Beau murmurou. “Que tal deixá-la ser mãe uma vez e mandar a Siena com ela?
“Porque…” Christian falou. “Eu não vou explicar isso para você. Quando seus bebês chegarem, você vai entender porque eu não posso fazer isso.”
Beau estava prestes a responder mas foi interrompido por Dario. “Oi, Christian…e Beau,” Ele cumprimentou de maneira desajeitada. Christian lhe mostrou um sorriso acolhedor e colocou a mão em seu ombro.
“Achei que tínhamos passado da fase do constrangimento.”
“Passamos,” Dario assentiu. “Só estou confuso por que você me trouxe para um…shopping.” Ele falou. “Eu pensei que íamos discutir como parar meu pai.”
“Christian está mandando a Serena embora para que possamos encontrar a chave e pegar o dinheiro.” Beau de repente compartilhou enquanto Christian lhe deu um olhar. “N-nós?” Dario franziu a testa.
“Sim, nós,” falou Christian. “Só porque você é novo na família não significa que você pode ficar sentado o dia todo sem fazer nada,” Christian lhe disse enquanto colocava o braço em volta do seu ombro e o levou para dentro.
“Certo, Beau?” Christian olhou para trás para Beau, que estava empurrando o carrinho de Siena. “Certo.” Beau concordou. “Nós também precisamos que você nos ajude a supervisionar um bando de adolescentes em uma festa, especialmente um cara chamado Logan.”
“Oh?” Dario falou, surpreso. “Sim, claro—eu posso fazer isso.”
“Eu também tenho boas notícias, Franco…ou vou chamá-lo de vovô—colocou segurança ao redor da casa, então é seguro para mim voltar.” Dario compartilhou. “Embora, eu não tenho ideia de onde meu pai está, e isso não é bom—”
“Vamos discutir isso mais tarde,” Christian lhe disse. “Temos coisas mais importantes para nos preocupar, coisas como o que Serena vai vestir no caminho para o Panamá.”
“Certo.” Dario sorriu. “Como ela está?”
Christian não podia acreditar que Dario teve a audácia de perguntar sobre ela, enquanto nem sequer passaram vinte e quatro horas. “Bem,” Ele forçou um sorriso no rosto.
“Então para onde primeiro?” Beau perguntou depois de notar a expressão no rosto de Christian. “Eu não sei,” Christian admitiu.
Levou mais de uma hora, mas após muito tempo, a farra de compras estava finalmente chegando ao fim.
“Acho que enchi a mala inteira—esta é nossa última parada,” Christian afirmou enquanto os três entraram na loja final. “Não sei como as mulheres fazem isso. Até o bebê está meio adormecido.” Beau comentou.
“Não todas as mulheres.” Christian o corrigiu. “Sua irmã odeia fazer compras.” Ele falou enquanto pensava em Serena, que reclamava sempre que iam às compras e estava sempre à procura do sofá mais próximo.
“Você ainda está vivo, Dario?” Beau perguntou e virou a cabeça, mas Dario já tinha sumido. “Não acredito nesse cara.” Beau riu enquanto os dois olhavam para Dario, que já estava cercado por um grupo de mulheres.
“Na verdade, não me importo,” Christian confessou com um sorriso no rosto. “Ver que ele faz isso com todo mundo significa que ele provavelmente não é uma ameaça para mim… pelo menos espero que não.”
“Sim, ou para mim,” Beau concordou. “Ele é tudo o que a Isobel tem falado.”
Christian e Beau estavam tão focados em Dario que nem notaram a funcionária da loja que se aproximou deles. “Posso ajudar?” A mulher perguntou com um sorriso sedutor no rosto, mas Christian estava traumatizado e nem queria sorrir para alguém assim de novo. Ele havia aprendido com seu erro, e a única pessoa que ele queria era Serena.
“Eu não estou aqui por mim… estou aqui pela minha noiva, a mãe do meu bebê… esse é o nosso bebê, eu sou pai.” Christian deixou claro enquanto Beau, que antecipava sua resposta, deu uma gargalhada. “Acho que ela entendeu a mensagem.”
Christian revirou os olhos e fez contato visual com a mulher, que tinha uma expressão de decepção no rosto. “Mas você pode realmente me ajudar,” Christian falou enquanto lhe entregava os tamanhos anotados. “Estou procurando algo que ela possa usar na praia, mas estou um pouco sem noção.”
“Tudo bem.” A mulher sorriu. “Você tinha algo em mente? Ela precisa de um biquíni ou um maiô de uma peça—”
“Ela é bonita, então qualquer coisa serve,” Christian falou apressado. Além disso, ele já tinha tido o bastante e estava pronto para seguir para o próximo destino, o hospital para visitar o Gio.
“Tudo bem? E de que cor a sua noiva gosta?”
“Não importa, coisas caras com diamantes e brilhos… ela não se importa, contanto que seja caro,” disse Christian. Ele sabia muito bem que Serena sempre acabava querendo a peça mais cara, mesmo que fosse sem querer.
“Entendi,” a mulher riu. “Vem, por favor me siga.”
“Você tá chamando minha irmã de caça-fortunas?” Beau perguntou enquanto empurrava o carrinho junto com ele.
“O quê?” Christian falou, confuso. “Não, ela nem sabe diferenciar marcas de grife. Não quis dizer isso!”
Christian escutou as infinitas sugestões e comprou o que sentiu que Serena iria gostar.
“Sabe, você é realmente engraçado, Christian,” Beau comentou.
“Por quê?”
“Porque você criou esse plano de se livrar da Serena por uns dias, e está realmente indo adiante com isso.” Beau suspirou. “É minha irmã que você tá enganando, então eu deveria te bater—”
“Por favor, não de novo.” Christian riu. “Deixei passar na primeira vez porque mereci, mas dessa vez eu te mato.”
“Me matar?” Beau franzio a testa. “Queria ver você tentar.”
Christian fez o inesperado e bagunçou o cabelo de Beau como se ele fosse um bebê. “Para com isso.” Beau sussurrou, irritado.
Tê-lo por perto fez com que ele percebesse que Beau não era tão diferente de Vince. Ele podia dizer que os dois passavam muito tempo juntos e se sentia grato por tê-lo como amigo, mesmo que fosse por pouco tempo.
Só até Vince voltar, Christian prometeu a si mesmo. Ele já tinha tomado muito de Vince, mas havia uma coisa que ele não tiraria, e essa era seu melhor amigo.
“Você fica ressentido com Vince?” Christian perguntou de repente. A expressão no rosto de Beau mudou à medida que ele pensava em seu amigo, que não hesitou em entregá-lo ao pai cruel e assistiu enquanto ele era amarrado a uma cadeira e sangrou até a morte.
“Eu ainda o visito, e Vince passou por muita coisa, você não acha?” Beau respondeu à pergunta. “Mas você ressente dele?” Christian perguntou enquanto pensava em seu tio.
Não seria melhor se ele simplesmente pedisse desculpas e todos nós pudéssemos seguir em frente? Christian pensou consigo mesmo. Se Beau fosse capaz de perdoar Vince e Isobel, eles também poderiam.
Beau estava prestes a responder antes de Dario se juntar aos dois e jogar um braço em volta dos ombros deles.
“Ir ao shopping foi uma boa ideia afinal.” Ele deu uma risada alta. Ver Dario se divertindo e sendo capaz de sair com ele já era suficiente para fazer Christian feliz.
Ele estava farto de discutir e não queria ter problemas. Essa é exatamente a razão pela qual ele nunca confrontou Dario. Ele viu como ele olhava para Serena e como ela olhava para ele, mas decidiu deixar pra lá. Ele queria acreditar que Serena não era como ele.
“Vocês dois deveriam tentar ficar solteiros uma vez!” Dario sugeriu enquanto Beau e Christian o tiravam deles.
Só de ouvir ‘ficar solteiro’ já deixava Christian desconfortável, e ele não conseguia imaginar uma vida sem Serena.
“Como assim solteiro? Isobel e eu estamos esperando dois bebês.” Beau riu.
“Sim, mas você não se sente sufocado?” Dario perguntou conforme saíam para o exterior. “Você realmente quer se estabelecer nessa idade?” Ele continuou. “Perder sua liberdade?”
“Eu tenho minha liberdade!” Beau insistiu, mas antes que pudesse dizer outra palavra, seu telefone tocou. “Deixe-me adivinhar, Isobel?” Christian riu do olhar preocupado no rosto de Beau.
“Eu preciso atender essa. Me desculpe.” Beau sussurrou, envergonhado.
“Você não me ama de verdade, não é?” Christian ouviu a voz de Isobel. Ele sentiu um arrepio em todo o corpo só de ouvir aquele tom e de repente ficou um pouco mais grato por Serena, que só lhe dava trabalho quando ele merecia.
“O-quê?” Beau falou. “Como assim, você não me ama?”
Christian ouviu um suspiro profundo da boca de Isobel e deu um tapinha de encorajamento para Beau. “Estou carregando seus dois bebês, também estou cuidando de Luis, ainda nem terminei de arrumar as malas para amanhã, te liguei a cada dez minutos dando indiretas sobre o quão sozinha estou—e enquanto isso, você passa seu tempo no shopping com o Chr—”
Beau revirou os olhos e cobriu o telefone com a mão para que pudesse ignorar o som da voz de Isobel. “Então isso é liberdade?” Dario sorriu. “Está na cara.”
Christian soltou uma risada e deu de ombros. Ele não se lembrava de Serena ter qualquer mudança de humor assim. “Dá um tempo para ela. Ela está grávida.” Ele sorriu.
Beau suspirou e aproximou o telefone de novo ao seu ouvido. “Você está certa, querida. É tudo minha culpa.” Ele se desculpou. “Eu sou uma pessoa ruim e mereço ser punido pelas minhas ações.”
“Sim claro, estou voltando para casa agora!”
“Serena também é assim?” Dario riu. Christian tinha que se lembrar de se manter calmo. Eles são amigos próximos. Claro que ele iria fazer perguntas sobre Serena.
“Não,” Christian disse a ele. “Isobel é… um caso à parte. Ela sempre foi assim.”
“Ah, sim,” Dario comentou. “Os dois de vocês foram—”
Depois de ver a testa franzida de curiosidade no rosto de Christian, Dario decidiu manter a boca fechada. Christian não estava com vontade de falar sobre seu passado com Isobel, e todos os outros já o tinham apagado da existência. Era o melhor para todos os envolvidos.
“Me desculpe, mas vou ter que encurtar nosso dia.” Beau se desculpou enquanto finalmente encerrava a ligação do telefone. Não era algo novo para Christian. Ele estava acostumado.
“Melhor eu ir embora. Não quero irritá-la ainda mais.”
“Eu entendo.” Christian sorriu e pegou o carrinho das mãos de Beau. “Você só tem que sobreviver por mais um dia.”
“Sim, essa viagem parece uma boa ideia afinal de contas.” Beau concordou. Ele se inclinou para dar uma beliscada na bochecha de Siena e beijou a testa dela. “Me desculpe, Siena, titio tem que voltar para casa agora—”
“Contrariado.” Dario riu enquanto Christian se juntava a ele. Beau deu a Dario um último olhar severo antes de se afastar. “Que situação triste, e ela o prendeu para a vida toda.” Dario suspirou. “Ele não merece isso.”
“Não importa realmente.” Christian sorriu. Era a mesma coisa que Gio costumava dizer sobre ele e Serena, mas Christian aprendeu que as pessoas só se focam nas coisas negativas. “Ela é assim porque o ama. Não há nada de triste nisso.”
“Eu acho que você tem razão.” Dario deu de ombros. Christian olhou para Dario e se perguntou como alguém tão positivo ainda podia ser negativo. “Eu também sou assim?” Christian sussurrou, incrédulo.
“O quê?” Dario perguntou enquanto Christian o empurrava de lado e pôs o carrinho em suas mãos. “Eu disse que agora é só você, eu e o bebê.”
Um sorriso cresceu no rosto de Dario enquanto ele olhava para Siena, que estendeu as mãos para tocar seu rosto.
“Só você, eu e o bebê.” Dario sorriu.