Sua amante é sua ex-esposa - Capítulo 311

Capítulo 311: Mantido em Cativeiro!

Dominique encarou a porta por um longo momento. As últimas palavras de Athena ficavam se repetindo em sua mente.

‘Não. Não posso ficar aqui sem fazer nada. Ainda quero vê-la. Se desistir agora, não poderei ver ela e Aaron de novo. Vladimir fará de tudo para separá-los de mim.’

Ele sentiu a urgência de correr atrás de Athena. Sem mais delongas, Dominique levantou-se da cama e removeu o soro intravenoso do braço.

Ele correu para fora de seu quarto privado em busca de Athena. Ele acreditava que ela ainda não tinha saído do hospital, pois provavelmente estaria esperando por Aaron.

Com uma determinação forte, Dominique pegou o elevador em direção ao saguão do hospital. Ele esperava ainda encontrar Athena lá.

Enquanto isso, Athena entrou no banheiro para se recompor. Ela não esperava que sua última conversa com Dominique a abalasse tão profundamente.

Ela espirrou água fria no rosto, como se tentasse lavar as marcas de suas lágrimas. Ao levantar a cabeça, seu olhar se fixou em seu reflexo no espelho. Seus punhos se cerraram ao lado do corpo, tremendo levemente.

“Não deixe que as palavras dele te atinjam, Sabrina,” murmurou para si mesma. “Você já escolheu recomeçar com Vladimir. Dominique é apenas parte do passado – um passado que você jurou enterrar e esquecer assim que atingisse seu objetivo.”

Quando finalmente reuniu suas emoções, Athena saiu do banheiro. Mas mal sabia ela que alguém a estava seguindo desde que ela entrou no hospital.

Ela pegou o telefone para ligar para Enzo. Queria sair do hospital porque não conseguia enfrentar Dominique agora.

“Esta é a última vez que deixarei Aaron ficar no hospital para cuidar de Dominique,” murmurou para si mesma.

Ela estava prestes a discar o número de Enzo quando, do nada, um homem se aproximou por trás e pressionou um lenço sobre seu nariz e boca.

Athena lutou, debatendo-se contra o aperto dele, mas ele era bem mais forte. Um cheiro forte e químico inundou seus sentidos, fazendo sua cabeça girar. Quanto mais lutava, mais tonta ficava, sua visão embaçando.

Em segundos, seu corpo cedeu. Ela desmaiou, caindo nos braços do homem. Sem perder tempo, ele a ergueu e seguiu em direção à saída de incêndio.

Mas assim que ele alcançou a porta, uma voz soou atrás dele.

“Pare! O que está fazendo com ela? Solte-a!” O rugido de Dominique ecoou pelo corredor, cru de pânico.

Ele avançou, pronto para interceptar o sequestrador. Mas ele não viu o segundo agressor escondido nas sombras.

Antes que Dominique pudesse alcançá-los, outra figura o agarrou por trás e enfiou uma seringa em seu pescoço. O ardor foi imediato, e os olhos de Dominique se abriram em choque enquanto um frio entorpecedor se espalhava por suas veias.

Seus membros se transformaram em pedra. O corredor inclinou, torceu. Ele estendeu a mão, os dedos tentando agarrar o nada, enquanto o mundo escapulia.

‘Athena…’ ele chamou em sua mente.

Em questão de momentos, a escuridão o consumiu completamente enquanto seu corpo desabava no chão.

*****

Uma hora depois…

Em uma casa abandonada…

“Que diabos é isso?!” o homem grande rugiu, dando um tapa forte no rosto de seu subordinado. “Você trouxe o cara errado, seu idiota! Ele não é o alvo que deveríamos sequestrar!”

Sua fúria só aumentou enquanto ele pegava a foto e a enfiava no rosto do subordinado.

“Você é cego? Ele parece em nada com o homem nesta foto?!” ele berrava, batendo repetidamente na nuca dele a cada palavra. “Use os malditos olhos da próxima vez!”

“Desculpe, Chefe! As coisas ficaram bagunçadas,” o subordinado gaguejou, tentando explicar. “Esse cara tentou interferir no trabalho, então não tivemos escolha… Nós o nocauteamos e trouxemos ele aqui.”

“Idiota!” o homem grande estalou, seu rosto torcido de raiva. “Você deveria ter deixado ele pra trás! Agora você nos meteu numa bagunça ainda maior!”

“Chefe, acalme-se,” outro subordinado murmurou, tentando aliviar a tensão. “Se você quiser, podemos nos livrar dele agora mesmo. Devemos acabar com ele? Não há motivo para mantê-lo vivo se ele é inútil para nós.”

O grande chefe ficou em silêncio, a mandíbula se apertando enquanto considerava a sugestão. Seus olhos frios se voltaram para Dominique, desmaiado e amarrado a uma cadeira ao lado de Athena. Ambos permaneciam inconscientes, completamente alheios ao perigo que os cercava.

“Espere,” o homem disse, levantando a mão para pará-los. “Preciso ligar para Alfonso primeiro. Tenho que consultar ele antes de tomar qualquer atitude com esse cara.” Sua voz carregava um traço de hesitação, claramente indeciso sobre o que fazer com Dominique.

O peso da decisão o pressionava, e ele sabia que era melhor não agir sem a aprovação de Alfonso.

Sem perder tempo, o homem rapidamente iniciou uma videochamada com Alfonso para relatar a situação.

“Chefe, temos um problema,” ele começou, seu tom inquieto. “Meus homens erraram. Em vez de capturar Vladimir Ivankov, eles pegaram esse cara.”

Ele virou a câmera em direção ao rosto de Dominique, certificando-se de que Alfonso tivesse uma boa visão.

No outro lado, os olhos de Alfonso se arregalaram em choque assim que reconheceu o homem. Sua expressão escureceu, percebendo a gravidade do erro.

“Sim. Eu o conheço. É Dominique Smith. Ele é um dos meus inimigos,” ele respondeu.

O líder da gangue ficou satisfeito ao ouvir isso. Parecia que eles haviam pescado um outro peixe grande.

“O que você quer que façamos com esse cara, Chefe? Devo me livrar dele agora?” ele perguntou a Alfonso sua opinião.

“Não! Não o mate ainda,” Alfonso gritou, sua mente já fervilhando com um plano. “Isso pode realmente funcionar a nosso favor. Podemos usá-lo para encobrir nossos rastros. Se jogarmos certo, podemos culpar todo o crime nesse cara.”

Ele se inclinou mais perto da tela, sua voz caindo para um tom calculista. “Além disso, ele tem um motivo. Todo mundo sabe que ele e aquela mulher estavam tendo um caso. Podemos distorcer a história. Podemos dizer que ela o traiu e o atraiu. Que ela planejou roubar a empresa dele. Então, como um ato de vingança, Dominique sequestrou essa mulher. Vai fazer sentido perfeito para o público.”

“Hahaha! Chefe, você é tão esperto. Você é verdadeiramente o mestre dos esquemas!” o subordinado exclamou, sorrindo de orelha a orelha. “Eu adoro. Nós vamos executar seu plano.”

Alfonso soltou uma risada fria e sardônica. “Exatamente. Se algo der errado, a fúria de Vladimir cairá inteiramente sobre Dominique. Ninguém sequer pensará em suspeitar da minha participação nesse caos. É perfeito. Uma situação em que todos ganham para nós!”

Ele riu, sombriamente. “Hahaha! Continue assim! Você pode tomar nossos próximos passos e negociar com Vladimir. Deixe ele saber que a mulher dele está com você. Tem que ameaçá-lo para abrir mão das ações da empresa.” Alfonso deu sua ordem.

“Entendido, Chefe! Nós cuidaremos dos próximos passos daqui,” o líder da gangue assegurou a Alfonso com um aceno firme. “Pode contar conosco. Manteremos você informado. Apenas espere por nossas boas notícias!”

Após encerrar a ligação, o líder da gangue se virou para seus homens com um olhar afiado. “Mexam-se!” ele gritou. “Precisamos preparar tudo. Contactem Vladimir e digam que temos a mulher dele. Deixem claro que a mataremos se ele nos desobedecer.”

Seus subordinados se moveram rapidamente, sabendo que não havia espaço para erros dessa vez.