Capítulo 506: 506- Abi Gosta de Sabor de Morango

“Eu sempre o amei. Tenho adorado o chão que ele pisa desde a infância,” Angela estava sentada na sala de estar com Abigail sentada em frente a ela.

“Eu pensei que você fosse uma garota qualquer, que estava tentando se aproximar do Alex. Não sabia que você era…” Angela mordeu o lábio inferior, “Sinto muito… Estou aqui para me desculpar porque se você não me perdoar, os Sinclairs nunca vão me deixar pisar aqui.”

Oh. Então, é por isso que você está se desculpando. E eu aqui pensando que você estava verdadeiramente envergonhada.

“Abigail,” Angela veio até Abi e sentou-se no chão perto dos seus pés, “Por favor, me perdoe. Sinto muito. Acredite, eu não consigo dormir à noite. Essa culpa de ter ferido você tanto está… está me matando, Abigail.”

Angela tinha começado a chorar, mas agora Abi estava mais sensata. Ela sabia que não eram nada além de lágrimas de crocodilo.

Que meu irmão seja protegido de toda bruxa por aí.

Ela fez uma oração silenciosa e então tentou sorrir, “Está tudo bem, Angela…” Ela segurou seus pulsos tentando libertar seus pés.

“Sinto muito,” Angela disse novamente entre soluços e Abi quis revirar os olhos.

Não, você não sente, vadia!

“Está tudo bem. Eu te perdoo. Mas, por favor, pare de se impor ao meu irmão. Meninas precisam ter um pouco de amor próprio,” ela não conseguiu evitar o conselho.

Os olhos de Angela mostraram desagrado, mas ela optou por ficar quieta.

“Obrigada, Abi. Você é um doce,” Angela se levantou e beijou a bochecha de Abi, que achou nojento.

Urgh.

Qual foi a necessidade desse beijo molhado? Eca!

***

Quando George entrou em seu escritório, ele parou de repente quando encontrou Ariel sentada no sofá, relaxada, folheando as páginas de uma revista.

Ela levantou os olhos, e um sorriso se espalhou por seus lábios, “George,” ela se levantou para abraçá-lo.

Somente os Sinclairs tinham o privilégio de pular a área de espera na ausência dele.

“Ariel,” ele se afastou após o abraço, “O que te traz aqui?”

Ele indicou que ela se sentasse antes de se acomodar em sua própria cadeira giratória.

“Por quê? Não posso te visitar sem motivo?” Sua pergunta leve o fez rir.

“Claro que pode, boba. Devo pedir um café ou outra coisa? Da última vez você me deixou na mão quando eu pedi para você,” ele se recostou em seu assento.

Ariel avançou e entrelaçou os dedos, “Estou aqui para falar sobre Abigail.”

As linhas faciais dele se contraíram por um momento antes que ele tentasse relaxá-las. Ariel percebeu isso.

“Você também está planejando escapar das minhas perguntas, assim como Abigail fez?” ela perguntou a ele, e ele riu do tom mordaz escondido em sua voz.

“Ela tentou escapar de Ariel Sinclair?” ele sorriu, “Como isso aconteceu? Agora isso é algo.”

“Talvez porque ela é Abigail Sinclair. Não é diferente de mim. Compartilhamos o mesmo sangue…” ela o lembrou com um encolher de ombros.

George sempre admirou sua inteligência, mas agora ele não tinha certeza se queria ouvir o que pensava que ela estava ali para dizer.

“Sou George Donovan,” ele se inclinou para frente e olhou em seus olhos, “Eu não fujo de perguntas. Mas antes de me perguntar, certifique-se de que sua irmã aprecia minha franqueza.”

Ariel quis dizer dane-se, mas então segurou a língua.

O homem sentado orgulhosamente à sua frente era seu melhor amigo que sempre estava lá quando ela precisava dele. Mesmo para seus colapsos emocionais.

“Certo!” ela murmurou, “Você e Abi já se conheciam antes de ela entrar em nossas vidas.”

“Isso é uma pergunta ou uma afirmação?” ele perguntou a ela, diversão brilhou em seus olhos, mas Ariel permaneceu séria.

“Sabe por que estou aqui, George?”

O sorriso dele não enfraqueceu nem um pouco, “Tenho um palpite, mas prefiro ouvir de você.”

Ela apoiou os cotovelos na mesa, “Preciso saber o que está acontecendo entre você e minha irmã.”

George jogou de lado o peso de papel com que estava brincando e suspirou, “Abigail…”

“Minha irmã é muito querida para mim, George. Então, responda com cuidado,” ela o avisou.

George franziu a testa antes de levantar uma sobrancelha, “Então você está aqui como irmã dela. E quanto à minha amiga? Onde ela está?”

“Ela ainda está aqui, George. Mas agora, Abi precisa de mim. Ela está vulnerável e eu não quero que ela se machuque. Por favor, me diga. O que está acontecendo entre você e a Abi? Ela é a mesma garota que estava lá naquela noite com o seu presente de aniversário? Acho que a vi na recepção…”

Quando ele continuou olhando para a mesa, talvez pensando em palavras adequadas para transmitir sua mensagem, ela falou novamente, “Se Abi se machucar, então todos os Sinclairs vão…”

Ele levantou os olhos, interrompeu-a, “Estou apaixonado por ela,” ele estava olhando diretamente em seus olhos agora.

“Minha irmã é muito preciosa para nós e… você o quê?” ela piscou em confusão e George xingou baixinho antes de se levantar de seu assento e foi até a janela olhar para fora.

O ar na sala de repente ficou tenso.

Ariel também estava de pé e foi até ele. Ele pode ter sentido a presença dela atrás dele porque seus ombros ficaram rígidos. Ariel colocou a mão em suas costas, “George…”

“Eu a amo,” ele sussurrou, “Eu a amo tanto que dói…”

Ariel ficou espantada por esse sentimento cru que podia ouvir na voz dele, “Oh, droga. Abigail era a única. Eu estava certa,” ela sussurrou mais para si mesma.

Ela passou por ele para ficar na frente e viu seu rosto estoico. Ele estava tentando controlar suas emoções, “Se for esse o caso, então o que está te impedindo de ir até ela, George,”

Ele ficou lá sem palavras por vários minutos antes de decidir falar, “O namorado dela… ela tem algum maldito namorado que está de volta na vida dela. E eu tenho a sensação de que ela está mentindo.”

Os olhos de Ariel se arregalaram com isso e, de repente, ela começou a rir. George pensou que ela estava louca, ele inclinou a cabeça para olhar para o rosto dela.

“O que é tão engraçado?”

Ariel balançou a cabeça e limpou as lágrimas enquanto sufocava a risada, “Nada. Abi gosta de sabor de morango, mas ainda pode comer tortinhas de baunilha para manter os outros felizes.”

George deu um olhar preocupado para Ariel e até tocou com as costas da mão na testa dela, “Você não está com febre. Então, por que…”

Ariel bateu em seu braço, “Você precisa ir até ela, George. Não há ninguém na vida dela além de você, bobo.”