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- Sr. Presidente: O senhor é o pai dos meus trigêmeos
- Capítulo 480 - 480 480- Manchado 480 480- Manchado Seguindo a empregada
480: 480- Manchado 480: 480- Manchado Seguindo a empregada, Aniya entrou na área de jantar, e seus olhos pousaram no casal sentado à longa mesa. Rafael segurava a mão de Marissa, murmurando algo em seu ouvido antes de pressionar um beijo suave em seus nós dos dedos.
Marissa corou e riu baixinho.
Quando criança, Aniya sempre ficava maravilhada com seus pais e o amor natural entre eles. Até em suas memórias desbotadas, ela ainda podia se lembrar da química entre eles– sempre fora forte demais para quem estivesse por perto.
Eles devem ter sentido sua presença, pois se endireitaram, e Marissa se levantou, sorrindo calorosamente, “Olá, Anaya,” Ela se aproximou dela e a abraçou.
Aniya fechou os olhos quando seu olfato captou o cheiro familiar que fazia parte do abraço de sua mãe.
“Como você está se sentindo agora?” Marissa segurou a bochecha de Aniya e depois indicou a mesa, “Eu não sabia o que você gostaria de comer, então eu só fiz isso…” Ela deixou a fala morrer e guiou Aniya até a cadeira.
O olhar de Aniya passou pela mesa. Massa, frango grelhado e batatas fritas. Ela agradeceu silenciosamente aos céus por não ser sopa.
“Espero que você encontre algo de que goste,” Rafael acrescentou, tomando um gole de água do seu copo.
Com um aceno, Aniya sentou-se, mas mal tocou na comida. Estava muito envolvida pela presença dessas duas pessoas à mesa.
Ela queria chorar.
“Experimente esta massa, Anaya,” Marissa empurrou o prato em sua direção.
Havia um silêncio estranho à mesa, onde Aniya estava olhando para seu prato vazio, e o casal estava ocupado observando-a.
“Ela deve estar pensando que somos completamente malucos,” ela sussurrou ao marido e levantou o rosto quando não obteve resposta dele.
Ele olhava para a garota, que parecia uma versão miniatura de sua esposa.
“Pare de encarar, amor,” ela cutucou o braço dele com o dedo e então deu um sorriso trêmulo para a garota, “Você- você não está com fome, querida? Eu posso fazer algo diferente se você quiser.”
Aniya pôde ver a preocupação nos olhos dela, balançou a cabeça, “Ah—não, está tudo bem.”
“Tem certeza?” Marissa perguntou-lhe, e Aniya encontrou ambos olhando para ela com uma expressão que era bem estranha.
“Ah… umm…” ela engoliu a saliva antes de falar, “Que tal… panquecas?”
Marissa e Rafael piscaram, e o coração de Aniya pulou uma batida. Marissa pensou que ela tinha entendido mal, “Panquecas?”
Rafael engoliu em seco, sua voz mal acima de um sussurro, “Panquecas?” ele virou a cabeça para olhar para sua esposa.
“Sim,” Aniya tentou firmar a voz, “Com bastante calda de panqueca… e…” ela pensou com afinco, “com pedaços pequenos de tâmaras…” Era assim que Marissa costumava servi-las, “E …”
Ela procurava pelas palavras quando Rafael disse suavemente, “Chantilly?”
Anaya balançou a cabeça efusivamente enquanto um sorriso surgia em seus lábios, “Sim… chantilly também. Eu adoraria…”
***
Sentada à mesa da cozinha, o queixo de Aniya descansava em sua palma enquanto observava Rafael e Marissa se movimentando pela cozinha.
O cheiro de manteiga quente e xarope de bordo enchia o ar, lembrando-a dos bons dias de sua infância.
Marissa aproximou-se dela e ofereceu uma tâmara iraniana, “Você não come nada desde ontem à noite. Mastigue algumas destas até eu preparar as panquecas.”
Aniya não queria rir. Ela duvidava de que seria capaz de comer qualquer uma das panquecas deles. O casal estava lhe alimentando com uma ou duas mordidas de cada coisa para que ela não ficasse de estômago vazio.
Primeiro, foi uma mordida de pão de banana, depois foi uma bolacha de arroz, e então foi uma pequena bola de sorvete caseiro.
Ela queria perguntar a Marissa se o serviço de bufê do Alexander ainda estava ativo.
“Mel! Você está virando muito cedo,” Aniya saiu do devaneio quando a voz de Marissa atravessou seus pensamentos. Ela estava estendendo a mão para pegar a espátula das mãos de Rafael.
Rafael foi rápido em tirá-la do alcance dela, “Cedo demais?” ele escarneceu, “Você pode ser profissional em fazer panquecas. Mas depois do casamento, quem faz elas sou eu.”
“Ah, é?” Marissa cruzou os braços, “Sr. Sinclair, deixa eu te lembrar. Você queimou a leva inteira da última vez.”
“Isso não é justo,” ele lançou um olhar para Aniya, “Ontem à noite, você comeu aquela sopa que eu fiz para você. Diga a ela como estava.”
Os olhos de Aniya se arregalaram quando ele a envolveu de repente, “Sopa?”
“Sim. Diga a ela como estava,” ele agitou a espátula pelo ar.
Aniya sentiu os olhos de Marissa sobre ela e então se inclinou com a testa na mesa. Ela não aguentava mais, e seus ombros começaram a tremer.
“Mel,” Marissa sussurrou, “Eu acho que ela está chorando. O que você deu para ela comer ontem à noite?”
“Morango. Para com isso!” Rafael revirou os olhos, “Ela estava doente, e devem ser as papilas gustativas dela, acredite em mim. Ragnar provou, e ele disse que estava celestial.”
Aniya ouviu passos se aproximando, “Anaya! Por favor, nos desculpe. Pare de chorar. Eu te garanto que vou te levar para uma boa refeição e…” Segurando-lhe os ombros, Marissa tentou levantar seu corpo frágil, e então ambas ficaram chocadas.
O rosto de Anaya estava vermelho, e lágrimas escorriam por sua face, mas…
Mas ela estava rindo histericamente.
Segurando a barriga, ela encostou a testa de volta na mesa, “Anaya!” Marissa pensou que a garota devia estar louca.
“Sra. Sinclair… essa sopa,” ela conseguiu dizer entre os risos incontroláveis, “Essa sopa estava… horrível. Ha-ha.”
***
“Paige!” Olivia franziu a testa ao encontrar Paige parada fora de sua porta, “O que você está fazendo aqui?”
Era fim de semana, e Emma chegou em seu quarto para ter uma discussão noturna sobre iniciar um negócio que pudesse ser realizado online.
“Posso entrar? Por favor?” Olivia olhou para trás, onde Emma estava, pegando apressadamente seus cadernos e post-its.
Olivia se moveu para o lado e fez espaço para Paige entrar no quarto. Ela fechou a porta e gesticulou para que ela sentasse em uma cadeira.
Mas Paige recusou a oferta com um simples aceno de cabeça, “Não, obrigada. É só que…” Ela mastigou seu lábio inferior, e Olivia pensou que ela poderia machucá-lo.
“Você não parece bem para mim,” Emma levantou-se da cama. O rosto de Paige estava vermelho e inchado de tanto chorar.
“Ele me demitiu!” ela disse e então de repente começou a chorar novamente.
“Demitiu você? Quem?” Olivia perguntou confusa.
“George. George Donovan me demitiu, e agora eu não sei…” ela parou e escondeu o rosto nas mãos.
Olivia e Emma trocaram um olhar antes de Olivia ir encher um copo com água e Emma puxou uma cadeira para a frente. Ela bateu com o dedo no ombro de Paige, “Sente-se. O que aconteceu? Chefe te demitiu?”
Paige assentiu e então sentou-se, limpando o rosto.
“É… é sobre a Anaya?” Olivia perguntou, e ela assentiu novamente.
“Sim. Ele… ele acha… que estou envolvida,” ela soluçou.
Emma sentou-se na beirada da cama e olhou diretamente nos olhos de Paige, “Você está, Paige?”
Paige ficou chocada com a pergunta direta, ainda assim não se intimidou, “Sim, eu queria que ela saísse das Corporações Estrela, mas isso…” ela soluçou, “nunca planejei nada de mau. Eu estava com ciúmes… Era ciúmes… Fiquei com o Sr. Donovan pelos últimos dois anos, e ele nem sequer me lançou um olhar… ele parecia se importar com ela.”
Olivia fechou os olhos. Ela já sabia que Paige era invejosa, mas nunca esperou que ela pudesse ir tão longe.
“O que você fez com ela? Como podemos te ajudar?”
“Não sei como vocês podem me ajudar…” Paige deu tapinhas nas próprias bochechas para se manter sã, “Mas estar sem emprego significa não ter dinheiro e não ter um teto sobre minha cabeça. Eu cometi um erro, e agora quero consertar isso.”
“E como você vai fazer isso?” Emma perguntou, e Paige deu de ombros.
“Não sei. É por isso que eu estou aqui. Eu só queria que Anaya saísse das Corporações Estrela e organizei aquela entrevista. Eu não sabia que ele… ele a atacaria assim…”
Emma e Olivia se levantaram num piscar de olhos, “Ataque? Disse ataque?”
“Sim. Eu não sei o que ele estava pensando. Hoje de manhã, fui até ele para ameaçá-lo de que ele deveria me ajudar a encontrar Anaya mas…”
“Mas?” Emma perguntou impaciente.
“Mas ele já havia se demitido e deixado o hotel,” Paige informou, “Os funcionários do hotel estão dizendo que ele saiu da cidade e não planejava voltar.”
Os três agora estavam sentados em silêncio, pensando profundamente. Olivia queria matar Paige. Nenhuma delas sabia se Anaya estava viva ou não.
“Você sabia que o Sr. Donovan envolveu a polícia?” Emma perguntou, e Paige concordou com a cabeça.
“Sim, eu sei. Os seguranças das Corporações Estrela não me deixarão entrar. Por favor me ajudem. Peçam ao Sr. Donovan para falar comigo uma vez. Talvez em troca da minha ajuda, ele possa me aceitar de volta.”
“E se ele não o fizer?” Olivia perguntou com uma sobrancelha levantada.
“Então pelo menos o meu nome será limpo dos registros da polícia. Não quero que ele seja manchado.”