759: Saindo do Reino 759: Saindo do Reino “Eu sou forte o bastante agora para isso…” Felicie disse a ele.

Agora ela não era mais apenas uma mortal comum e fraca. Ela era a guardiã deste reino, e tudo aqui estava sob seu poder.

Ela podia controlar o golem da cadeia de montanhas, que poderia até lutar contra especialistas do rank Imortal como Zeras e não perder.

Se ela levasse todo o seu poder de volta para o reino superior, ela seria uma potência por conta própria.

Ela não era fraca e poderia estar ao lado dele em suas jornadas.

Mas a ideia dela…

“Você não pode vir comigo…” Zeras respondeu quase instantaneamente. A expressão de Felicie desabou.

“Não porque você é fraca. Até eu tenho que admitir, você possui poder suficiente para ser muito temida, até nos reinos superiores.”

“Mas é porque meu caminho é um que só eu posso trilhar sozinho.”

“Ninguém pode me ajudar…” Zeras respondeu com sinceridade.

Enquanto ele acreditava na capacidade de Felicie — e embora ele não soubesse o que levou à mudança dela — ele podia sentir que ela agora possuía grande potencial para se tornar alguém que até ele teria medo no futuro.

Mas a verdade era que suas batalhas eram dele e somente dele para lutar.

Um exército de especialistas Imortais, mensageiros do Rei Val, logo estaria vindo atrás dele.

Quando a batalha chegasse, tudo seria em vão, pois Zeras tinha visto uma visão onde ele tinha perdido até Fofinho e a Princesa Sycheleria também.

Foi por isso que, quando aquela calamidade atingisse, ele seria o único de pé e se alguém caísse, seria ele sozinho.

Ele não arriscaria a vida de pessoas inocentes ao seu redor pela batalha, e isso incluía a vida de Felicie.

“Mas há algo que você pode fazer por mim enquanto eu não estou aqui…” Zeras de repente disse a ela.

Ela levantou o rosto cheio de lágrimas para ele.

“O que é isso?”

“Espere. Espere por mim para terminar meu caminho. Quando eu terminar e resolver tudo, então eu definitivamente virei, e então eu serei todo seu. Eu prometo.”

“Eu ficarei ao seu lado em seu mundo e nunca mais deixarei você. Prometo.”

“Então, se você realmente me quer, então espere por mim.”

“Você pode esperar por mim, Felicie?” Zeras perguntou, e Felicie assentiu firmemente sem nenhuma dúvida em seus olhos cor de laranja.

“Eu vou esperar pelo seu retorno, Zeras.” Ela gritou alto.

De repente, um vórtice floresceu no cômodo. Zeras não precisava ser informado sobre o que era, e nem Felicie.

Era hora dele partir.

“Adeus, Felicie…” Zeras chamou enquanto Felicie se inclinava em direção a ele, dando-lhe o beijo mais intenso que ela já havia dado.

Relutantemente, ela interrompeu e se afastou dele.

“Não esqueça sua promessa, Zeras. Eu estarei esperando…”

Essas palavras foram a última coisa que Zeras ouviu quando o vórtice engoliu sua figura, e suas costas desapareceram completamente através dele.

Meros segundos após sua partida, a porta se abriu e entraram Jeffrey, Batherlomev e Ferdinand.

Quando eles entraram no cômodo, tudo o que encontraram foi Felicie, e olhando ao redor, eles perceberam que a pessoa que esperavam ver já não estava mais lá.

“Onde ele está?” Jeffrey perguntou, enquanto Felicie olhava para o lugar onde Zeras anteriormente estava.

“Ele se foi… por agora, mas ele voltará em breve.”

“Eu juro pela minha vida…”

—
O buraco de minhoca espacial era como o interior de uma máquina de lavar roupas, torcendo e girando ferozmente.

Dentro dele estava ninguém menos que Zeras, que girava descontroladamente.

Seus olhos estavam fechados e, mesmo sendo jogado de um lado para o outro, Zeras nunca se sentiu tão calmo interiormente como agora.

Tudo o que ele podia ouvir eram as últimas palavras de Felicie, ecoando repetidamente em sua cabeça.

Inconscientemente, sua mão se fechou em sua palma.

‘Eu retornarei, eu prometo…’ ele determinou com resolução, e logo após, seu punho fechado relaxou.

Agora ele tinha recuperado o que queria, e sua determinação para ter sucesso atingiu um nível ainda mais alto.

O mundo parou de girar, e Zeras sentiu o chão sob seus pés endurecer imediatamente.

No instante seguinte, sem se preocupar em abrir os olhos, ele levantou lentamente sua mão para cima.

No momento seguinte, milhares de runas astrais cobriram toda a sua mão enquanto sua base de cultivo retornava imediatamente após quebrar os limites do reino.

“MOOOOORRRRRRRAAAAAA!”

Um rugido malevolente e alto soou quando uma espada gigantesca, com mais de 100 metros de comprimento, desceu em direção a Zeras, repleta de uma quantidade incrível de aura intensamente escura.

BAAAAAANNNNNNG!

Uma explosão incrivelmente poderosa abalou o mundo enquanto a espada colidia ferozmente com a mão erguida de Zeras.

Foi uma colisão violenta de poder astral e escuro que se espalhou pela distância, enviando ondas de choque sucessivas.

RIIIIIIIIIIIP!

Menos de um segundo após Zeras parar a espada que descia de cima, o som do espaço sendo rasgado por um objeto incrivelmente afiado soou mais uma vez.

Imediatamente, sua segunda mão se fechou em um punho.

Outro conjunto de runas, desta vez vermelhas e brilhando com relâmpagos, apareceu rapidamente em todo o seu pulso.

Zeras fechou a mão em um punho e então socou para fora, abrindo os olhos ao fazê-lo.

KABOOOOOOOOOOOOOOOOOOM!

Outra explosão abalou o mundo quando uma foice escura, transbordando com o mesmo poder malevolente, se esgueirou para fora do vácuo quebrado, cortando diretamente em direção a Zeras.

Seu punho explodiu um segundo depois, colidindo ferozmente com a foice.

Imediatamente, a explosão mandou a foice voando para longe, enquanto a figura responsável pelo golpe também foi mandada voando para trás.

Ao mesmo tempo, Zeras enfrentou um revés que o fez ser arremessado à distância.

Sua mão soltou a espada que estava segurando acima, fazendo com que ela cortasse profundamente no chão.

Uma cratera abissal, com mil metros de profundidade, rasgou a terra, dividindo a maioria dos cemitérios na área e jogando para fora os ossos dos mortos enterrados abaixo do solo.

Ele girou no ar, batendo sua perna no chão, mas a energia cinética permaneceu, resultando nele cavando um sulco maciço no chão.

Eventualmente, ele parou exatamente a 100 metros de distância do grupo.

“Uma emboscada? Bom que eu levantei minha guarda, só por precaução…”