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749: A 5ª Prova 749: A 5ª Prova “Só para você saber, ninguém na história desta torre jamais chegou ao sexto andar.”
“Você ainda tem certeza de que quer ir para o sexto andar?”
“Há 100% de chance de você perder a vida se fizer isso…” A Fada deu seu aviso usual, embora Zeras não pudesse deixar de sentir que havia algum tipo de ameaça em sua voz.
Quase como…
“Sim, eu estou disposto a ir para o sexto andar!” Zeras disse com convicção, e a Fada acenou antes que sua varinha desaparecesse e ela trouxe uma nova.
Esta era de escuridão total.
“Muito bem então, aqui está o portal para o sexto andar…” Ela disse, balançando a varinha ao redor e rapidamente formando um portão rúnico no ar.
Sem esperar mais um segundo sequer, Zeras caminhou em direção ao portal, respirando fundo.
Seria uma mentira se alguém dissesse a ele que não estava com medo de descer. Ninguém sobreviveu desde o início dos tempos, e sua morte era 100% garantida.
Mas Zeras arriscaria.
“Qualquer coisa pela verdade…”
Essas foram suas últimas palavras antes de mergulhar diretamente no portal, com seu corpo desaparecendo dentro dele.
Agora restava apenas a Fada, cuja expressão era grave enquanto olhava para o portal, que começava a se fechar.
Logo, ele desapareceu completamente, deixando apenas a Fada na sala.
“Isso é ruim…” Essas foram suas palavras antes de desaparecer rapidamente, deixando a sala em silêncio.
—
“A Morte será um sonho no qual você desejará se perder, mas nunca encontrará…”
A voz ecoou através da escuridão enquanto uma figura de cabeça branca caminhava pelo abismo escuro plano.
Ao seu redor, figuras diabólicas apareciam flutuando.
Algumas delas enrolavam suas mãos em torno de seu corpo, tentando arrastá-lo de volta mas falhavam, enquanto outras preparavam espinhos afiados sob seus pés, mas ele continuava andando para a frente.
“Neste abismo, o tempo é uma piada cruel. Seu sofrimento não conhecerá fim!”
Outra voz sombria soou atrás de sua cabeça, mas Zeras não prestou atenção, quase como se fosse surdo, e continuou em frente.
Quanto tempo tinha passado desde que ele caminhava por este caminho? Parecia uma eternidade, mas ao mesmo tempo, parecia que ele tinha começado apenas alguns segundos atrás.
O abismo era escuro e não tinha fim à vista, mas tudo o que ele podia fazer era escolher uma direção e continuar caminhando para a frente.
Ele não tinha ideia de para onde estava se movendo ou onde o fim deste caminho no abismo estava, se é que havia um.
Mas ele sabia bem que estava no caminho certo, baseado nas figuras sombrias e diabólicas que assombravam sua vontade, tentando detê-lo.
Eles falavam palavras negativas em sua cabeça, querendo que ele desmoronasse, mas a vontade de Zeras era forte demais para cair nisso, e seus passos não vacilavam nem um pouco enquanto ele continuava caminhando para a frente, um passo de cada vez.
Os ventos do abismo eram gelados, aparentemente levando resquícios de sua essência vital enquanto passavam, e os espinhos debaixo de seus pés se cravavam nas palmas de suas pernas, arrancando veias.
“A dor se tornará sua única amiga, e ela nunca o deixará…” Um dos pensamentos sombrios concordou em sua cabeça, enviando um arrepio pela sua espinha, mas Zeras não lhes deu ouvidos enquanto dava outro passo para a frente, com o sangue dourado escorrendo pelas estacas, mas eles não o impediram enquanto ele continuava caminhando para a frente.
“Logo, eu encontrarei uma saída. Logo, tudo acabará…” O singular pensamento levava Zeras adiante enquanto ele atravessava o abismo escuro profundamente.
“A esperança será uma lembrança distante ofuscada pelo desespero eterno…”
Mais um pensamento sombrio ressoou em sua cabeça, mas ele não reagiu e continuou andando.
Ele andou, e andou, e andou…
Até que os objetos sombrios desapareceram, até que todo traço de sangue deixou seu corpo, até que seus músculos ficaram paralisados, até que cada respiração que ele dava se tornava um lembrete deste tormento do qual ele não conseguia escapar.
Era uma sensação mortal, uma sensação estagnada, e ele acreditava sinceramente que estava agora na linha entre a morte e a vida, mas mesmo assim, ele continuava seguindo em frente, implacável.
Até que, eventualmente,
THUMP.
Ele desabou no chão espinhoso enquanto eles perfuravam seu corpo, afundando em cada parte de sua carne.
Ainda assim, nenhum deles conseguiu segurar Zeras, pois ele usava os espinhos como instrumento e se puxava para a frente com a força de seus dedos.
Seu corpo repetidamente se rasgava nos espinhos e os quebrava, apenas para se rasgar neles mais uma vez e então quebrá-los novamente, mas Zeras continuava avançando mesmo assim.
A dor era pior do que qualquer coisa que ele já tinha sentido, mas ele sabia bem que se ousasse parar, haveria uma dor singular a mais que o afligiria—um número incalculável de vezes pior do que as que ele estava sentindo atualmente.
E essa dor não era outra senão a dor do arrependimento. Então, no final das contas, ele só podia continuar seguindo em frente.
Uma eternidade na escuridão, uma eternidade na solidão e uma eternidade na esperança angustiada até que, eventualmente, a mão de Zeras se deparou com algo duro, algo diferente.
Ele estava fraco e quase cego, mas podia sentir a dureza do que quer que tocasse e sabia que era diferente.
“Zeras! Levante-se!” A voz ecoou enquanto o corpo de Zeras ficava rígido.
A voz—ela lhe parecia tão familiar, e seus olhos brilharam enquanto a luz retornava a eles.
Devagar, ele levantou a cabeça, querendo olhar para a figura diante dele, mas conforme levantava a cabeça, não viu figura nenhuma.
Tudo o que viu foi um portão gigantesco que alcançava os céus, inscrito com runas roxas diabólicas que ritmicamente exsudavam uma luz roxa que transbordava uma sensação ominosa.
“Um portão! Finalmente, algo…” Zeras sussurrou, e surpreendentemente, no instante seguinte, ele pulou em pé.
Olhando para si mesmo, ele não encontrou buraco ou ferida.
Todas as suas feridas tinham curado, e atrás dele, não havia mais estacas no chão, apenas um poço profundo de escuridão.
E devagar, ele se voltou para o portão gigantesco e estendeu seus dedos frios e brancos…