Sistema Devorador de Caos - Capítulo 682
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682: Truque Estúpido 682: Truque Estúpido “Então, foi basicamente isso que aconteceu,” Fleicie disse, respirando fundo, esperando pelo inevitável grito alto que viria.
Mas ela não recebeu nada disso, apenas o olhar estupefato de Dona Doublenun.
“Você! Eu…,” Dona Doublenun lutou para dizer, mas não saiu palavra alguma. A única coisa que conseguiu fazer foi se aproximar de Fleicie e dar-lhe um abraço muito apertado.
“Eu só vou dizer, você deveria ter cuidado, Fleicie. O espírito do seu pai estaria cuidando de você…” Ela disse, algo que ela mesma sabia que teria surpreendido a si mesma.
Mas o que ela poderia dizer? A pequena já tinha deixado sua casa, ignorando o conselho do seu tio, uma das pessoas mais próximas a ela.
Era mais do que claro que ela havia resolvido no coração ir embora e embarcar na jornada.
Neste momento, ela estava além de qualquer salvação, e qualquer conselho contra isso não faria nada além de ser contraproducente. Nesse sentido, tudo o que ela podia fazer era rezar para que ela ficasse bem.
“Eu voltarei em segurança, Dona Doublenun. E farei todos vocês orgulhosos. Eu prometo…” ela disse seriamente, apertando o abraço carinhosamente.
O silêncio reinou por um tempo antes de finalmente se soltarem, e Fleicie voltou ao seu modo de negócios.
“Então, eu vim aqui para…”
“Não precisa dizer. Eu já preparei tudo…” Dona Doublenun disse, quase como se pudesse ler a mente dela, e rapidamente as duas começaram a trabalhar, com Dona Doublenun empacotando tudo o que ela precisaria para a jornada e alimentando-a até que seu estômago estivesse inchado.
Três horas passaram rapidamente, e Fleicie voltou ao piso do restaurante, encontrando Zeras que havia permanecido na exata posição em que ela o havia deixado, seus dedos batendo ritmicamente na mesa, sem ter mudado por um segundo sequer.
“Estou tão feliz que você esperou. Obrigada por…”
“Podemos ir agora?” Zeras perguntou, levantando-se lentamente e movendo-se em direção à saída.
“Certo,” Fleicie respondeu enquanto o seguia rapidamente, a passo de cágado devido à grande bolsa que estava arrastando atrás dela.
Ao chegar na maçaneta, a mão de Zeras se moveu em direção a ela, antes de parar de repente no último segundo. Ele se moveu para o lado, permitindo que Fleicie passasse por ele.
“Não está trancada, está?” Fleicie perguntou enquanto abria a maçaneta e arrastava sua bolsa para fora.
Lentamente virando seu olhar para trás, os olhos estreitados de Zeras se fixaram na parede oposta, ou melhor, na pessoa por trás da parede oposta.
“Você tem sorte de eu não ter seu tempo. Ou eu faria com que você morresse a morte mais hedionda já registrada neste reino por sua trapaça estúpida…” Zeras refletiu, aparentemente para ninguém em particular, antes de sair pela porta.
“Ahhhh, ahhh, ahhh,” o som da respiração com dificuldade podia ser ouvido por trás da parede que Zeras havia olhado antes, e sua fonte não era outra senão Dona Doublenun, seu coração batendo em sua caixa torácica.
“Ele… Ele é muito perigoso!”
—
“Ahhh, ahhh, ahh. Você pode esperar um pouco! É muito pesado, sabia!” Fleicie gritou para ele, caindo de joelhos, enquanto o ar frio branco saía de sua boca.
A neve começava a reinar pesadamente, resultando em todo o mundo se transformando em uma cor absoluta de branco.
Atrás dela estavam os rastros da bolsa que ela estava repetidamente arrastando pelo chão.
Era tão pesada que ela não conseguia levantá-la, e o jovem, embora caminhasse em seu ritmo normal, era mais rápido que ela.
Seu coração doía no peito sempre que ela sentia que ele desaparecia na neve.
Isso resultou em um esforço excessivo da parte dela, e após duas horas de trabalho incansável, ela finalmente desistiu, rugindo com todo o coração.
PASSO
PASSO
PASSO
O som dos passos lentamente chegou a uma parada enquanto Zeras virava seu olhar para trás, vendo a tremendo e cansada Fleicie que parecia poder cair morta a qualquer segundo.
Ele voltou até ela, colocando um dedo em sua bolsa, e instantaneamente, ela desapareceu no ar.
“Espero que você consiga me acompanhar agora…” ele disse para ela, retomando sua caminhada para frente.
“Eu quase esqueci disso…” Fleicie refletiu consigo mesma, mas saiu de seus pensamentos ao ver Zeras desaparecer mais uma vez.
A última coisa que ela queria era se perder na neve pesada e ter que encontrar seu caminho de volta entre aqueles bandos de diabos chamados outros-mundanos.
—
Mesmo enquanto a neve caía pesadamente, ambos finalmente conseguiram encontrar seu caminho de volta à estalagem, mas Fleicie franziu a testa ao ver uma grande multidão de outros-mundanos todos reunidos na porta.
Alguns deles ela reconheceu também moravam na estalagem, e todos simplesmente ficavam do lado de fora. Seus lábios estavam silenciosos, mas seus rostos revelavam irritação e raiva contida.
Na frente da estalagem, havia dois guardas, parecidos com ursos exceto pelo pelo pontiagudo como aço e uma coroa de chifres, com chamas saindo de suas narinas a cada respiração.
Eles seguravam lanças de dois metros de comprimento em suas mãos, manchadas de sangue vermelho, e seus olhos rubro-vermelhos vasculhavam a multidão com ferocidade e indícios de desprezo.
Embaixo de seus pés estavam três cadáveres de outros outros-mundanos, instigando ainda mais medo em qualquer um presente na cena.
“O que está acontecendo!?” Fleicie não pôde deixar de perguntar, e a resposta logo veio de alguém ao seu lado.
“O que poderia ser, senão aqueles bastardos geno-sues do Alto Universo Celestial! A Raça Diabo Branco!” O homem que respondeu sua pergunta murmurou com desprezo enquanto Zeras estreitava os olhos ouvindo o que ele tinha a dizer.
“De repente eles vieram à estalagem e imediatamente mandaram todos saírem!
Disseram que estaríamos fora por duas horas, mas agora, já se passaram sete horas, e eles se recusam a sair completamente.
Aqueles três cadáveres são de pessoas que discutiram para voltar, mas foram mortos num único movimento por esses dois servos deles antes que pudessem sequer tocar no portão.
Bastardos arrogantes!”