Sistema Devorador de Caos - Capítulo 46

46: Confronto de Titãs: Sammodra Vs Zeras 1 46: Confronto de Titãs: Sammodra Vs Zeras 1 De pé um de frente para o outro no palco de batalha, dois jovens se encontravam, suas costas tão retas quanto espinhas dorsais enquanto seguravam um tridente mais alto do que eles mesmos.

Zeras olhou para Sammodra, mas logo o ignorou devido à sua expressão arrogante enquanto olhava para a multidão em vez disso. Ele podia vê-los torcendo alto por Sammodra como se a conclusão da batalha já estivesse feita em suas mentes.

“Parecem bem confiantes em você, não é?” Zeras perguntou, rindo, mas tudo o que encontrou foram os olhos frios de Sammodra cheios de desdém.

“Eu não acho que você seja digno o suficiente para conversar comigo, é?” Sammodra disse, fazendo com que uma expressão surpresa surgisse no rosto de Zera antes de se transformar em um sorriso.

Um sorriso sedento por sangue. Ele podia sentir que a arrogância de Sammodra estava profundamente enraizada em seus ossos e não era de forma alguma forçada. Era tão natural quanto um deus para um mortal. 
Mas ele certificar-se-ia de lavar completamente aquela arrogância de seus ossos.

“Pronto, Vaiiii—”
O anunciante nem havia terminado a palavra quando ambas as figuras imediatamente desapareceram como fantasmas de onde estavam.

“BAAAAAAAAANG.”

O espaço ondulava continuamente do impacto, enviando um pulso violento de ondas de choque por toda a água enquanto dois tridentes se encaixavam juntos em um abraço feroz.

Os olhos azuis de Zera encaravam os de Sammodra como se dissessem ‘Que tal?’ enquanto um sorriso surgia nos olhos de Sammodra que poderia ser interpretado como ‘e daí?’.

Sem nem se mover um centímetro para trás do impacto, ambas as figuras colidiram novamente enquanto outra horrenda explosão ecoava pelo palco de batalha.

“BUM” Nem Zeras nem Sammodra usaram truques neste confronto direto, cada um usando pura força bruta como se quisessem provar a dominação sobre o outro, brutalizando um ao outro com seus tridentes enquanto tremores violentos sacudiam todo o palco.

Eles pareciam ter se tornado fantasmas, piscando para dentro e para fora da existência, seu sinal de batalha presente nas rachaduras que apareciam ocasionalmente no palco de batalha.

“BUM”
“BUM”
“BUM”
Eles trocaram centenas de movimentos antes de colidirem mais uma vez nas paredes do palco de batalha.

A multidão estava chocada ao testemunhar a pura brutalidade física da luta, pois, mesmo involuntariamente, estremeciam a cada reverberação que os ataques causavam ao palco de batalha.

Um sorriso surgiu no rosto de Zeras enquanto ele se levantava da rachadura onde havia caído. Mesmo que se pudesse ver sangue escorrendo pela lateral de sua boca, ele o ignorou enquanto se levantava e apertava seu tridente nas mãos antes de encarar os escombros na parede oposta que lentamente se dissipavam.

Levantando-se da sua posição caída estava Sammodra, que também segurava seu tridente nas mãos, uma expressão surpresa em seu rosto.

Agora, nessa troca, ele pôde ver que o garoto de forma alguma era inferior a ele quando se tratava de pura força bruta.

“Parece que eu subestimei você antes…” Sammodra disse enquanto finalmente reconhecia Zeras, falando com ele pela primeira vez por vontade própria, algo que ele nunca havia feito durante a luta.

“Então você quer se tornar Rei? Huh?” Sammodra perguntou de repente, surpreendendo Zeras.

“Eu acho que sim.”

“Seu pensamento é mundano. Tornar-se Rei para você é uma grande realização, mas para mim, esta competição inteira não passa de uma fachada. Eu tenho planos maiores, mais grandiosos do que a ideia de se tornar Rei.” Sammodra disse com um sorriso cheio de desdém, como um rei para um escravo.

Zeras podia sentir, embora a competição fosse determinar quem era o Rei de Atlântida. Ele podia dizer que Sammodra pensava muito pouco da competição. Até mesmo poderia dizer que essa competição era apenas um pequeno passo na conclusão daquele objetivo dele.

Os olhos de Zeras repentinamente se estreitaram enquanto ele perguntou
“Esse grande plano seu inclui tomar posse do Tridente Dourado de Atlântida?” 
Os olhos de Sammodra imediatamente se arregalaram ao máximo com o choque. Ele olhou para Zeras absorto, pois nunca esperava que ele soubesse disso, mas ele foi rápido em se recompor enquanto perguntava.

“Como… Como… você sabe do tridente?” Ele perguntou, sua voz ainda tremendo.

“Parece que eu acertei,” disse Zeras com um sorriso. Ele tinha duvidado da história que o velho lhe contou, mas quem diria que Sammodra estava atrás apenas do Tridente Dourado do Atlas?

“Não importa se você sabe ou não. Eu poderia ter permitido que você vivesse apenas te nocauteando antes. Mas agora que você sabe algo sobre o tridente. Receio que eu não possa mais deixar você sair daqui vivo.” Sammodra disse friamente, enquanto um cartão cinza-colorido aparecia de repente entre seus dedos.

Rasgando o cartão em dois, uma barreira azulada apareceu ao redor do palco de batalha, cobrindo ambos em um casulo circular.

Os olhos de Zeras se estreitaram olhando para a barreira enquanto descobria que, mesmo que ele se rendesse, sua voz ainda não seria ouvida. Além disso, a barreira parecia robusta e não seria fácil rompê-la. Não que ele teria a chance de fazê-lo.

“Estabelecer uma barreira cobrindo-nos ambos. Como se a ideia de você ser derrotado nunca tivesse passado pela sua cabeça.” Zeras perguntou confuso. Eles eram quase iguais em força na última batalha, ele nunca imaginaria que Sammodra ainda se atreveria a propor uma batalha de vida ou morte depois disso.

“Derrota? Tsc. Eu vi o limite da sua força e dizer que poderia rivalizar com a minha era um pensamento aceitável.

Mas infelizmente, eu possuo um poder, um poder maior do que todos vocês Atlantianos fracos poderiam sequer começar a compreender.”  disse Sammodra, sua voz se aprofundando e pingando de malevolência mais para o final e bem diante dos olhos de Zera, ele começou a assumir uma transformação infernal que chocou Zeras até os ossos.

Uma atmosfera extremamente sinistra, como a de um diabo, invadiu o palco de batalha enquanto a figura de Sammodra começava sua transformação.

Uma transformação em algo maior do que ser um Atlante.