Sistema de Salvação do Vilão (BL) - Capítulo 95
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95: 3.35 Me deixe sair! 95: 3.35 Me deixe sair! Oliver jogou um pouco de água fria no rosto para se acalmar. Mas, quando levantou a cabeça, o reflexo que o encarava ainda era o mesmo; bochechas corando timidamente, olhos largos e sonhadores, lábios um pouco inchados — tanto pelo beijo anterior quanto por como ele tinha mordido os lábios nos últimos minutos. No geral, ele parecia… inapropriado. Obsceno. Oliver não conseguia imaginar como seu rosto teria parecido na tela. E Deus — no caminho até aqui, as pessoas estavam olhando. A maioria das razões era, claro, por causa da presença comandante do Altair, mas… Oliver gemeu e apoiou os braços na pia. Não importava de qual ângulo alguém olhasse, ele realmente dava a impressão de que acabara de ser devastado. Ou pior, que queria ser devastado.
Simplificadamente, ele estava excitado.
Desde que Altair se ajoelhou, a imagem perfeita da beleza em uma embalagem, Oliver já sentia o brilho de excitação baixo e contínuo dentro de si. E quando o Alfa o beijou ousadamente na frente de todos… Oliver estava envergonhado de admitir que tudo o que queria fazer era puxar o pescoço de Altair para aprofundar o beijo e então ficar com ele ali mesmo. Que se danem os espectadores.
Mas ele não podia. Ele era o Príncipe Oliver e Altair também era um Príncipe. Pior, ele tinha uma reputação a manter como o enviado oficial de outro reino. Perder a cabeça por luxúria como animais desenfreados era a última coisa que Oliver queria ver acontecendo com Altair. “Seja paciente, Oliver.” Ele se cobrou no espelho. Felizmente, o banheiro estava vazio, então ele foi poupado da humilhação de alguém ver seu desespero por tornar público seu relacionamento.
Era oficial, o canto de seus lábios se levantou em um sorriso feliz. De agora em diante, todos saberiam que ele pertencia a Altair da mesma maneira que Altair era seu.
Os homens-falcão eram cônjuges fiéis, ou pelo menos foi o que Altair lhe disse. Isso significava que Oliver não teria que dividir ele com outro ômega. Não era isso como um sonho se tornando realidade? Um suspiro saudosista escapou dos lábios de Oliver. Agora seria perfeito se Altair se permitisse relaxar um pouco e parar de tratar Oliver como se ele fosse um vidro de porcelana rachado.
Oliver tamborilou os dedos na superfície de mármore. Um plano após o outro surgia em sua mente. Quando Altair o levasse para casa mais tarde, talvez Oliver pudesse convidá-lo para entrar e tomar um chá ou café. Então ele pegaria o Alfa de surpresa como de costume e o chuparia. Já fazia um tempo, não é mesmo? A última vez que ele fizera isso foi há mais de uma semana. O corpo do Altair deve estar reprimido e frustrado. E então, Oliver provocaria o Alfa tocando-se e ele sabia exatamente como pressionar o botão para que Altair explodisse.
Arrepios percorreram sua espinha e ele apertou as coxas para esconder sua ereção. Deus, ele já estava meio duro só de imaginar como Altair o devoraria como um homem-besta faminto. Sua língua, molhada e quente, enlouquecendo dentro dele, deixando um rastro de destruição pelo caminho. Céu, era tudo no que Oliver conseguia pensar e… e se ele pudesse provocar mais, ele teria incitado Altair o suficiente para que o Alfa concordasse em ter sua ajuda durante seu cio. Oliver não queria usar a medicação indutora de calor para forçá-lo, mas uma ou duas conversas ao travesseiro deveriam ser permitidas, certo? Oliver sabia que era um movimento descarado da parte dele, mas ele não podia evitar. Era o quanto ele ansiava por ter Altair dentro dele.
Oliver balançou a cabeça e respirou fundo, repetidamente, até que sua mente ficasse livre de pensamentos sujos e sua ereção diminuísse. Só então ele lavou o rosto mais uma vez para diminuir o rubor. Mais de dez minutos depois, Oliver se considerou apropriado para ser visto em público e assentiu. Ele foi até seu comunicador e pretendia mandar uma mensagem para Altair quando se deparou com o aviso de ausência de sinal.
“Sem sinal?” Suas sobrancelhas se franziram. “Como isso é possível?” Oliver tentou reiniciar uma, duas vezes, e a barra de sinal ainda estava vazia.
Isso é estranho. Oliver atravessou o banheiro e puxou a maçaneta da porta… só para ficar preso. Hã? Ele sacudiu a porta com mais força. Não se mexeu de forma alguma. A porta estava trancada. “Olá? Tem alguém aí fora?!” Ele chamou.
Houve alguns barulhos e uma conversa abafada. Oliver tentou novamente. “Olá? Estou preso aqui. Você pode me ajudar a abrir a porta, por favor?”
Algo não estava certo aqui, o instinto de Oliver lhe disse. Não havia como o banheiro público estar trancado acidentalmente; a tecnologia deles havia avançado além disso, a menos que… fosse proposital.
“Vossa Alteza Oliver.” A voz de uma garota soou, alegre e apologética. “Sentimos muito, mas precisamos que você fique aí por um tempo. Não muito, apenas meia hora. Isso será suficiente.”
A mente de Oliver girou e seu coração bateu forte em seu peito. Quem era? Ele não reconhecia a voz da garota, mas ela soava jovem o suficiente para ser uma estudante. Dizendo para ele ficar aqui? Para quê? Oliver andou de um lado para o outro atrás da porta e parou abruptamente para respirar fundo. Calma, Oliver. Não entre em pânico. Quem quer que fosse, não parecia querer machucá-lo. Eles disseram para ele ficar, não queriam que ele fosse… Algo na mente de Oliver estalou e ele procurou freneticamente pelo seu comunicador, com os dedos tremendo. Altair. Era o Altair? Era o alfa o alvo deles?
Ele não conseguia fazer uma chamada. O sinal ainda estava indisponível. “Droga!” Oliver xingou baixinho.
Como se soubesse o que ele estava fazendo, a garota disse com pena. “Não tente ligar para ninguém. Estamos com interferência de sinal aqui. Está tudo bem. Não vamos fazer nada com você.”
Oliver forçou as palavras através dos dentes cerrados. “É o Altair?”
Houve silêncio. “Vossa Alteza é surpreendentemente perspicaz.”
Oliver quase não conseguia respirar. De repente, seus pulmões pareciam muito grandes dentro da sua caixa torácica. Ele batia na porta, com os nós dos dedos ficando brancos. “O que você quer fazer com ele?! Ele é… Ele é forte. Você não pode fazer nada com ele!”
Sim, isso é verdade. Todos tinham visto o que Altair poderia fazer. Até mesmo um Alfa duas vezes seu tamanho não conseguiu derrubá-lo. Eles precisariam de mais para arrastar Altair para baixo, mas a mera perspectiva de Altair se machucar em algum lugar sem ele saber já era suficiente para enviar uma tempestade de fúria direto para o peito de Oliver. Ele rosnou e chutou a porta com mais força até ter certeza de que ficaria machucado. “Me diga!”
“Me desculpe, Vossa Alteza. Mas será mais fácil para ambos se você parar de lutar. Sim, Sua Alteza Altair é realmente forte, mas…” A moça pensou. “Ele pode enfrentar um ômega no cio em um espaço fechado?”
O quê? Oliver congelou por um longo momento. Enquanto as palavras registravam lentamente em sua mente, ele sentiu-se desmaiar, como se fosse perder a consciência em breve. Seu coração apertou dolorosamente enquanto ele sussurrava. “Um ômega no cio…?”
Altair… ele estava prestes a entrar no cio. Ter um ômega no cio perto dele seria—Oliver piscou fora de seu estupor confuso e percebeu tardiamente que seu corpo inteiro estava tremendo. Ele se sentia fraco, mas sua mente estava clara, mais clara do que antes. “…Rosemane?” Ele arriscou um palpite, embora de alguma forma já tivesse a resposta dentro de si. Quem mais poderia ser? Ousada e corajosa o suficiente para trancar Oliver e desejada por Altair o suficiente para tomar tais medidas para tê-lo…
A próxima frase da moça confirmou sua dúvida. “Eu não esperava menos de Vossa Alteza.”
Oliver deveria ter percebido. Durante todo o dia, ele sentiu que algo estava estranho com Rosemane, mas não conseguia identificar o quê. Diferente de Oliver, Rosemane havia passado pelo seu primeiro cio no ano passado. Ela deveria saber que seu cio estava próximo e, para apoiar isso, o Imperador até mesmo disse que ela não estava se sentindo bem ontem. Foi por isso que Oliver não conseguiu sentir o cheiro de Rosemane o dia todo. Ela deveria estar usando o bloqueador de cheiro para esconder seu cio.
Ele deveria ter adivinhado; Rosemane não desistiria assim. Ela era teimosa, determinada e tenaz. Uma simples rejeição não era suficiente para dissuadi-la e, além disso… Altair ainda não tinha marcado Oliver. Não importa quão ousadamente eles anunciassem seu relacionamento, eles ainda não eram parceiros legais. É por isso que Rosemane deve ter aproveitado a oportunidade para agir.
Todas as peças faltantes se encaixaram e Oliver de repente entendeu tudo. Ele entendeu de onde Rosemane vinha, mas exatamente por esse motivo ele—
Oliver engoliu o nó em sua garganta. Sua testa desceu até ficar pressionada na superfície fria da porta. De repente, o ar dissipou ao seu redor e ele não conseguia respirar. Doía. Seu peito picava de dor e seus olhos ardiam. Doía tanto como se seu peito tivesse acabado de afundar, privando-o de ar. Altair e Rosemane? O homem que ele amava e a irmã que sempre o intimidava?
Lágrimas escorriam por sua bochecha e ele soltou uma risada fraca. Ele não podia deixar isso acontecer… Ele não podia!
“Vossa Alteza…?”
“Me solte.” Oliver jogou seu corpo inteiro contra a porta, repetidas vezes. A dor foi a última coisa que registrou em sua mente. Seus olhos estavam vermelhos e selvagens, rosnando. “Me solte! Eu tenho que ir até ele! Eu tenho que encontrá-lo! ME SOLTE!”
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Todas as peças faltantes se encaixaram e Oliver de repente entendeu tudo. Ele entendeu de onde Rosemane vinha, mas exatamente por esse motialou, mexendo-se freneticamente até que as dobradiças fizessem um som sinistro de ranger. Uma pequena amassadura podia ser vista na superfície da porta pelo quanto ele a tinha arremessado contra ela. Oliver não tinha ideia de onde tirou aquela força, mas o pensamento de Altair preso impotentemente com Rosemane era suficiente para deixá-lo louco.
A moça do lado de fora começou a entrar em pânico. “V—Vossa Alteza, pare!”
“ME SOLTE! ME SOLTE! ME SOLTE!” O lado do corpo de Oliver latejava de dor e ele tinha certeza de que em algum momento poderia ouvir seus ossos estalando, mas isso não importava. Toda sua atenção estava na porta de metal que o separava de Altair. Se ele fosse se arruinar para alcançar o Alfa, que assim fosse. Ele tinha que ir até Altair, tinha que impedi-lo de marcar Rosemane—
BOOM!
De repente, o chão sob seus pés tremeu e Oliver perdeu o equilíbrio, caindo no chão. A luz acima de sua cabeça piscava intermitentemente seguido por outra explosão que soava como se viesse do andar superior. Oliver piscou atordoado, suor umedecendo seu cabelo fazendo-o colar no rosto. Um rugido furioso e gritos de pânico interspersados ecoavam pelo ar.
Lágrimas brotaram nos olhos de Oliver. Mesmo que tivesse esquecido de tudo o mais, ele não poderia ter se enganado. Aquela era a voz de Altair. Enfurecido, furioso. Apenas ouvir a raiva em seu rugido era suficiente para fazer o sangue de Oliver ferver. Ele se recuperou rapidamente e enxugou as lágrimas. Com uma determinação renovada, ele voltou a bater na porta. “Abra a porta se você não quer que ninguém morra! AGORA!”