Sistema de Salvação do Vilão (BL) - Capítulo 750

Capítulo 750: Eu Estarei Esperando

Disclaimer: Cyrus é o mesmo que Zeke; ele entra no corpo de um personagem dentro do simulador e herda as memórias do personagem ao invés de receber o enredo. Além disso, suas memórias serão resetadas após cada mundo.

***

Gemma ficou atordoado assim que a frase saiu de sua boca. Q–Que tipo de pergunta era essa? Por que ele fez soar como… se esse fosse o primeiro beijo deles ou algo assim?! Eles já tinham um filho que já tinha atingido a maioridade, pela Graça de Deus! Eles já tinham feito tudo que deveria ser feito entre casais, então por que ele ainda estava pedindo permissão quando queria beijar seu Alfa?!

Ele estava tão ocupado mascarando seu próprio constrangimento e perplexidade que não percebeu como o homem à sua frente congelou, os olhos arregalados em choque como se não esperasse ouvir algo assim do ômega.

O olhar do homem involuntariamente caiu sobre os lábios fortemente comprimidos de Gemma, e ele abaixou as pálpebras para esconder as emoções complexas dentro de si. Então, como se decidisse, segurou as mãos de Gemma com mais força e sussurrou roucamente, “…Você pode.”

O coração de Gemma deu um salto antes de começar a bater mais rápido e mais rápido. Ele olhou para Vincent e discretamente suspirou aliviado ao ver que o Alfa não notou nada de errado.

Então, significava que ele poderia continuar e… beijá-lo?

Seus olhos se fixaram nos lábios de Vincent e sua língua subconscientemente deslizou para molhar o lábio inferior de nervosismo. Aqueles lábios pareciam… lindos, sedutores. Totalmente perfeitos. Demorou um pouco para perceber que suas palmas estavam suadas e ele só podia esperar que Vincent não perguntasse nada sobre isso. Oh, meu Deus… por que diabos ele estava tão nervoso? Ele realmente não tinha ideia do que estava errado com ele. Era como se ele tivesse esquecido como era beijar esse homem. A mera ideia de tocar os lábios um do outro era suficiente para incendiar seu corpo inteiro, era como se fogo derretido corresse por suas veias em vez de sangue.

Respirando fundo, ele fechou os olhos, inclinou-se para frente e pressionou seus lábios gentilmente nos de Vincent. Foi um beijinho muito inocente, mas assim que se afastou e seus olhares se encontraram no ar, ambos coraram imediatamente.

Gemma pigarreou. “…Sua Majestade, por que seu rosto está tão vermelho?”

Os lábios de Vincent se abriram e fecharam sem uma palavra, e no final ele só conseguiu dizer secamente, “Eu sou influenciado por você…”

Ambos agiram como adolescentes que acabaram de ter seu primeiro beijo tirado. Ai de nós, porque estavam muito imersos em seus próprios pensamentos, ninguém percebeu o quão estranha a situação atual era e esse assunto foi resolvido estranhamente assim mesmo.

Desde então, o relacionamento do Imperador Vincent e da Imperatriz Gemma passou por uma mudança sutil. Como se tivessem acabado de se acasalar novamente, eles timidamente trocavam beijos todos os dias, até mesmo se encontrando com olhares do outro lado da sala era suficiente para transformá-los em um estado de ruborização.

A mesma coisa também se aplicava quando eles eram intimamente físicos um com o outro.

Vincent era tão gentil e cuidadoso ao deitar seu ômega, cuidadosamente tirando suas roupas com intensa concentração. Ele nem estava tão focado quando estava lidando com questões de estado! Como se não bastasse, ele sempre perguntava todas as vezes para ter certeza de que Gemma estava confortável, “Minha Rainha, eu não te machuquei, machuquei?” “Minha Rainha, estou fazendo isso certo?” “Você está se sentindo bem?”

Gemma foi tão provocado que não aguentava mais. Ele tinha sido um destroço nervoso no início, mas com as carícias gentis e amorosas de Vincent, o último pedaço de sua apreensão derreteu, e o que restou foi apenas diversão, uma poça de excitação aquecida e afeto avassalador por seu parceiro. Ele afundou os calcanhares no colchão macio e agarrou o braço tonificado de Vincent, sussurrando, “C–Chega…” sua voz era ofegante e suave, e cada exalação que ele soltava estava tingida de feromônios doces que deixavam o Alfa louco. “Sua Majestade, tire seus dedos e… entre…”

Vincent inspirou, as pupilas tão dilatadas que quase se tornaram completamente pretas. “Ok…”

Quando finalmente se tornaram um só, Gemma não pôde deixar de soltar um soluço enquanto se agarrava aos ombros do Alfa. Ele não conseguia descrever o que estava sentindo agora. Ele apenas sentiu… extremamente completo, não apenas fisicamente, mas também em algum lugar muito mais profundo dentro de seu coração. O vazio que ele nem sabia que existia estava sendo preenchido pouco a pouco, e transbordou a ponto de ele poder senti-lo na ponta dos dedos. Era como se ele sempre tivesse esperado por isso, por alguém para segurá-lo, abraçá-lo e amá-lo…

Eles viveram felizes até a velhice, e quando estavam em seu leito de morte, Vincent segurou sua mão e a levou aos lábios, plantando o beijo mais terno e piedoso ali. “Estarei esperando por você…” ele murmurou antes de fechar os olhos e respirar seu último.

***

Ele tinha estado sonhando. Muito.

Naqueles sonhos, ele era um servo, um guarda, um pesquisador, um homem-besta… tudo estava tão confuso que ele tinha frequentes dores de cabeça.

Ele era um ancião da Seita Lingyan, a seita mais distinta e prestigiada de todo o mundo da cultivação. No entanto, por causa de seus sonhos recorrentes, ele era incapaz de romper o gargalo e alcançar os reinos superiores. Ele sabia que, se não conseguisse se livrar desse demônio do coração, logo encontraria uma divergência de qi e a fundação que ele havia cultivado arduamente seria destruída.

Na verdade, ele poderia simplesmente selar os sonhos e trancá-los para sempre com sua força atual, mas… havia uma voz dentro dele sussurrando que ele não deveria fazer isso. Que aqueles sonhos não eram meramente um demônio do coração. Que eles eram memórias preciosas de sua vida passada que ele deveria valorizar e cuidar.

Que ele se arrependeria imensamente se fizesse algo com eles…

No entanto, em alguns dias, a dor de cabeça era tão severa que ele ficava preso à cama. Gradualmente, ele se afastou dos olhos do público e escolheu se isolar em seu pico montanhoso, tornando-se o ancião mais misterioso e desapegado da Seita Lingyan.

Sua única interação com o mundo exterior vinha na forma de um discípulo interno que o visitava quase todos os dias. Ele havia praticado inedia e não precisava mais consumir alimentos, mas esse discípulo interno sempre vinha com uma cesta de frutas e doces que havia comprado no mercado.

O discípulo não foi desencorajado por sua personalidade indiferente de maneira alguma. Em vez disso, ele se sentiu à vontade, aproveitou a luz solar quente e frequentemente lhe contava anedotas populares e várias notícias do mundo da cultivação, sem se importar se ele ouvia ou não.

Embora agisse como se não se importasse, no fundo ele estava realmente grato pela presença desse discípulo interno. Estar sozinho no pico da montanha era solitário, tão solitário que às vezes ele se perguntava por que deveria continuar vivendo neste mundo.

Seu instinto dizia que era porque ele ainda tinha uma missão não cumprida. Mas que tipo de missão era essa, ele ainda não tinha uma ideia clara.

Até que um dia o discípulo interno parou de visitá-lo por uma semana inteira.