Sistema de Salvação do Vilão (BL) - Capítulo 687
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Capítulo 687: Assassino estúpido!
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Porque Zeke estava distraído com seus próprios pensamentos selvagens mais cedo, quando voltou a si e começou a perseguição, ele percebeu que o assassino havia conseguido colocar uma distância considerável entre eles. Nem vamos mencionar o quanto o chão estava escorregadio com a neve derretida e sangue; só suas patinhas curtas não eram páreo para o passo único do assassino! Estúpido assassino! Por que você tem pernas tão longas?!
Respirando pesadamente pela boca, Zeke finalmente trotou até o portão principal do Palácio Imperial. Os guardas ou haviam sido mortos ou fugido por suas vidas, e ninguém era louco o suficiente para sair nesse tipo de clima. Por isso, foi muito fácil para ele localizar a figura que avançava pela rua desolada.
A neve tinha crescido mais espessa desde a última vez que Zeke esteve do lado de fora, cobrindo o mundo inteiro com sua cortina de marfim. Zeke encarou a vasta extensão de neve à sua frente e sentiu seu coração doer por causa de suas patinhas delicadas. No entanto, se ele não alcançasse, definitivamente perderia o assassino! E aí, como ele sairia da simulação?!
Os olhos dourados de Zeke brilharam. Ele tinha certeza agora. Este deve ser o principal obstáculo que o Rei havia preparado para ele. O Rei desistiu de sua tentativa de torturar Zeke da maneira mais brutal, e agora decidiu mudar para uma tortura agonizante e lenta que desgastaria seu espírito pouco a pouco. Bem, Zeke admitiu que esse método parecia funcionar com ele, porque ele já estava sentindo que logo enlouqueceria!
Olhando para as costas do assassino, Zeke respirou fundo e gritou, “Miiiw…!!” Estúpido assassino, volte! Eu ainda estou aqui!!
Claro, seu miado minúsculo foi imediatamente engolido pelo vento feroz.
Zeke rangeu os dentes, e sem dar espaço para dúvidas, disparou para fora do portão do Palácio Imperial—
—e mergulhou de cabeça na camada espessa de neve no chão.
Num piscar de olhos, todo seu pequeno corpo de gatinho estava enterrado sob a neve. Enfurecido, Zeke mexeu seus membros furiosamente antes de finalmente conseguir romper a superfície. Corpo estúpido! Simulação estúpida! Não apenas ele iria registrar uma reclamação com o instituto quando voltasse, como também encontraria o pesquisador responsável por criar o assassino e teria uma boa conversa com ele!
Levou um tempo até que Zeke se acostumasse a se movimentar através da neve. Ele remava com suas patinhas curtas e finas como se estivesse nadando, enquanto mantinha seu queixo erguido para poder respirar. Zeke jurou que este era o exercício mais difícil que havia feito em toda sua vida de dezoito anos. Nem sequer havia gastado tanta energia lidando com o assassino que seu irmão havia enviado!
No entanto, este pequeno corpo logo provou ser uma grande desvantagem para ele. Era magro, fraco e desnutrido. Zeke não havia percebido antes, mas o gato estava severamente faminto. Ele estava tão faminto que não demorou para sua energia se esgotar. Sua visão começou a embaçar e respirar tornou-se algo particularmente difícil de fazer. A cada respiração que tomava, sentia como se estilhaços de gelo estivessem perfurando seus pulmões.
Tão doloroso… tão faminto…
Mas Zeke não era nada se não determinado. Era também uma sorte que o assassino não fosse excepcionalmente rápido. A cada dois ou três passos, ele fazia uma pausa antes de continuar seu caminho. Não se sabia o que ele estava pensando. Por trás, ele parecia apenas um bêbado tentando se orientar por um beco escuro tortuoso.
Rangeu os dentes, Zeke abriu a boca e gritou com todas as forças de seus pulmões. “Miiiw—!!”
Quando o assassino não mostrou nenhum sinal de parar, Zeke recusou-se a desistir e continuou a miar repetidamente, cada vez mais desesperado do que o anterior. Ele gritou tão alto que seu pequeno corpo tremia violentamente. Uma vez, quase engoliu uma bocada de neve e se sufocou até a morte. Que azar, o estúpido assassino nem sequer pausou um pouco em sua jornada.
Droga, será que esse homem é surdo?!
Zeke continuou remando e remando, perseguindo as costas solitárias do homem, até que em certo ponto sua patinha de repente tropeçou em algo e ele caiu para frente. Oh droga! O pequeno gato rolou no chão e caiu de cabeça em uma vala ao lado da estrada. Felizmente, a neve espessa amortecera sua queda e não causara nenhum ferimento em seu corpo. No entanto, quando Zeke tentou se levantar novamente, sua visão escureceu repentinamente e ele cambaleou no lugar.
Ah não…
Este corpo havia quase alcançado seu limite. Estava muito desnutrido, exausto e congelado. Ele não conseguia mais sentir seus membros, até respirar era tão agonizante como se o que tomasse não fosse ar fresco, mas lâminas afiadas.
Bem… que seja. Talvez este fosse o meio alternativo de sair do simulador. Zeke sabia que ou ele precisava terminar a simulação até o fim, ou morrer no meio para sair. Porém, também sabia que o Rei não estava com boas intenções e, assim, não estava interessado em seguir o cenário que fora preparado para ele. Era muito mais rápido se envolver em um acidente e ter alguém que o matasse pelo caminho. Desta vez, ele inicialmente também queria que o assassino o matasse, mas parecia que ele morreria congelado primeiro…
Zeke deitou no chão e deixou que os flocos de neve se acumulassem cada vez mais no seu corpo. Ele já havia dado boas-vindas à morte tantas vezes que isso não o incomodava mais. Ele calmamente e serenamente esperou até que este pequeno corpo respirasse pela última vez. Entretanto, através de sua visão embaçada, ele captou novamente aquela larga e solitária silhueta. Zeke não fazia ideia do que o possuíu quando ele chamou pela última vez, fraco e debilitado. “…miw.”
Foi suave, muito mais suave comparado aos seus gritos anteriores. Não havia dúvida de que o assassino o ignoraria novamente.
Mas, para sua surpresa, o assassino realmente parou em suas trilhas! Sua cabeça lentamente virou na direção de Zeke como se tivesse ouvido algo.
O coração de Zeke deu um salto. Não podia ser… essa pessoa realmente o ouviu depois de tudo? Uma onda de alívio tomou conta dele. Ele mal conseguia esperar para sair dessa simulação o mais rápido possível. Sem dúvida seria mais rápido para o assassino matá-lo do que congelar até a morte! Por isso, Zeke reuniu a última gota de força em seu corpo e gritou, mais alto desta vez, ainda que delicado. “Miw…”
Desta vez, o assassino de fato o ouviu!
Zeke ficou fora de si de alegria. Por um breve momento, quando o assassino caminhou em sua direção, ele até pensou que havia aprendido o que era felicidade. Ele pacientemente esperou que o assassino o tirasse da neve e o matasse de uma vez por todas. No entanto, a morte que aguardava não veio. Em vez disso, o assassino estava apenas olhando para ele com olhos vazios, como se ele não conseguisse compreender o que estava vendo.
Se Zeke não estivesse tonto e fraco, ele teria revirado os olhos. O quê? Esta é a sua primeira vez vendo um gato enterrado na neve?
Quando viu que o assassino estava apenas se agachando ali, imóvel, Zeke finalmente forçou seu corpo debilitado a se levantar. Ele obedeceu e esfregou a cabeça contra a mão do homem, oferecendo seu pescoço. E porque ele não conseguia controlar as ações instintivas desse corpo, também deu uma pequena lambida no dedo do homem.
Vamos lá. O que você está esperando? Anda logo e me mate…
Para facilitar para o assassino, ele ainda tomou a iniciativa de entregar seu pequeno corpo à mão do homem. Internamente, ele bufou com desdém. Onde você encontraria um usuário beta tão bom e obediente como eu? Se você sabe o que é melhor para você, então vá em frente e me conceda alívio!
Zeke soltou um suspiro de alívio. Finalmente ele poderia deixar este—
“Vem comigo?” uma voz rouca e quase inaudível sussurrou para ele.
—simulador que o vinha torturando– espere… o quê??
Seu cérebro ficou lento por um momento. O que ele acabou de ouvir? Essa pessoa acabou de perguntar se ele— não, impossível. Devia ser seus ouvidos pregando peças!
Assim que achou que deveria estar alucinando por causa do frio extremo, ele sentiu os dedos do homem se enrolarem em volta dele com tanto cuidado e gentileza que o pegaram de surpresa. Ele não esperava tal postura cuidadosa do assassino que havia matado dezenas de pessoas lá no Palácio Imperial. Seu pequeno corpo encaixava-se perfeitamente na palma larga do homem. Então, em meio à sua consciência turva, ele sentiu ser levantado e… colocado no bolso do homem, que cheirava fortemente a sangue.
Seu maldito—
Zeke amaldiçoou mil vezes em seu coração. Estúpido assassino, para onde diabos você está me levando?!!
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