Sistema de Salvação do Vilão (BL) - Capítulo 51
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51: 2.21 Medíocre 51: 2.21 Medíocre “Há muitos vampiros por aqui, então é melhor você ficar parado em um lugar.” disse Jeffrey, enquanto balançava sua espada ensanguentada, colocando-a sobre os ombros. Seu olhar atravessou os guardas até chegar a Lu Yizhou. “Mas eu realmente agradeceria se aquele cavalheiro ali pudesse me acompanhar. Ele parece poderoso e inteligente. Ele também precisa aprender se quiser viajar para Istar, certo?”
“Não!” Teodoro exclamou antes que alguém pudesse reagir. Ele agarrou as roupas de Lu Yizhou mais firmemente, como se estivesse com medo de que o homem fosse levado. E caramba, ele definitivamente estava! Ninguém lhe disse que Gilith era um grupo de caçadores de vampiros. E se Raphael se machucasse por causa deles?! Teodoro não permitiria que isso acontecesse! Ele sibilou como um gatinho ameaçado. “Você é um grupo de homens experientes, certo? Por que precisam do meu servo?! Deveriam retornar ao seu grupo e não se intrometerem por aqui. Como ousa tentar levar Raphael embora!”
O canto da boca de Jeffrey se contraiu e veias saltaram em sua testa. Ele soltou uma risada incrédula. “Eu digo, você—”
“O Jovem Mestre está certo.” Lu Yizhou interrompeu com um tom que não deixava espaço para réplica. “Eu sou o servo do Jovem Mestre, então de forma alguma posso me juntar a você e deixá-lo sozinho. Por favor, retorne, Senhor Jeffrey. Nós realmente apreciamos sua ajuda e garantiremos que será devidamente recompensado.”
Jeffrey parecia surpreso com as palavras de Lu Yizhou. Sua expressão parecia se perguntar por que Lu Yizhou continuava a indulgir esse tipo de moleque temperamental. Deixando escapar um escárnio, ele balançou a cabeça. “Tudo bem. Parece que minha presença aqui não é necessária.”
Mais alguns tiros ressoaram enquanto eles falavam e um membro do Gilith correu até a área deles, chamando pelo líder. “Chefe, Chefe! Venha aqui! Encontramos algo!”
Jeffrey levantou uma sobrancelha. Ele deu a Teodoro e Lu Yizhou um último olhar — que foi, claro, correspondido por um olhar intenso de Teodoro — depois virou nos calcanhares, seguindo a direção do seu subordinado e desapareceu na noite.
Os guardas se olharam e perguntaram timidamente. “Jovem Mestre, está tudo bem se não oferecermos uma mão?”
Teodoro rosnou. “Se vocês querem ir, então vão! De qualquer forma, eu não sairei deste lugar!” E se ele estivesse aqui, então Raphael também não poderia ir a lugar algum. Assim, ele estaria seguro do Gilith. Droga, Teodoro se arrependeu de ter viajado com eles. Ele deveria tê-los mandado embora desde o primeiro dia. Desde o início, ele sabia que Jeffrey seria um homem problemático com só um olhar!
O líder dos guardas acenou com a cabeça e designou três dos membros para alcançar Jeffrey. O restante ficaria aqui para proteger o Jovem Mestre Teodoro. Lu Yizhou olhou na direção da confusão, uma leve ruga em sua testa. [666.]
[666: Sim, você está certo, Hospedeiro! Hospedeiro é tão inteligente que o 666 nem precisa explicar nada!]
Como ele esperava…
Este era o evento onde Jeffrey resgataria Selina, a protagonista feminina. Depois disso, eles se apaixonariam à primeira vista. Lu Yizhou esfregou o queixo, contemplando. Se ele continuasse assim, Teodoro definitivamente estaria seguro porque não havia chance de Jeffrey ou Selina conseguirem tocar nele.
Mas agora, o único problema era sua própria identidade. Ele era o Rei Vampiro e ele não podia afirmar se Selina o reconheceria ou não. Mesmo que ela não o fizesse, seu medo inato em relação a ele acabaria denunciando-o. No final, ele representaria uma grande ameaça se ficasse ao lado de Teodoro.
Ele deveria separar seus grupos o mais rápido possível. As opções eram ou ele não encontrava Selina de jeito nenhum ou ele tinha que encontrar um jeito de fazê-la manter o segredo.
“Jovem Mestre.” Ele chamou silenciosamente.
“O que?” Teodoro ergueu a cabeça abruptamente, seu rosto ainda carrancudo.
Lu Yizhou acariciou sua cabeça numa tentativa de acalmá-lo. “Você está interessado em dar uma volta com este servo?”
***
“Um ninho escondido?” Jeffrey franziu a testa.
“Sim.” Seu subordinado respondeu sombriamente. Suas roupas e rostos estavam respingados de sangue e corpos de vampiros jaziam sob seus pés enquanto o homem apontava em uma direção certa. “Ed está inspecionando a área para ver o que os vampiros estão escondendo lá dentro. Ele suspeita que seja a família deles.”
“Família?” Jeffrey riu desdenhosamente, incrédulo. Eram apenas um bando de criaturas sugadoras de sangue que nem sequer reconheciam amigos ou inimigos na hora de se alimentar. Desde quando se tornaram tão civilizados a ponto de formar uma família? Essa era a piada mais hilária que ele tinha ouvido hoje.
Ah não, não era. Havia algo mais hilário; o fato de um moleque poder se impor a ele, ordenando-o como bem entendesse. Independentemente disso, não era isso que mais o irritava.
Jeffrey não sabia por que ficava tão irritado ao ouvir Raphael defender aquele moleque. O que tinha de tão bom em Teodoro afinal? Jeffrey tinha dado sua palavra pessoalmente e seus membros poderiam votar que ele não era o tipo de pessoa que tomaria a iniciativa de fazer tal oferta, ainda mais quando se tratava do Gilith que ele criou do zero. Ele era superprotetor e rigoroso com os membros que entravam. O estranho era que ele nem conhecia Raphael há muito tempo — menos de uma semana — então o que o impulsionava a se aproximar desse servo, ele se perguntava? Seria sua aparência extremamente deslumbrante? Ou a aura distante e fria que fazia seu sangue ferver na necessidade de conquistar, de fazer aqueles olhos prateados se voltarem para ele?
Os membros em espera não precisaram esperar muito. Ed retornou um momento depois com um olhar urgente. “Chefe, temos que trazer todo mundo! Parece que os vampiros fizeram alguns humanos reféns!”
Os olhos de Jeffrey se arregalaram em surpresa. Ele acenou com a cabeça e os membros do Gilith se apressaram até a cabine no topo da colina totalmente equipados, Jeffrey tomou a liderança. A cabana era pequena e escondida em meio às árvores densas, uma luz fraca vinha de dentro. Ele se aproximou sorrateiramente e se apoiou na parede, espiando pela janela para ver o que estava acontecendo lá dentro. Em um instante, ele puxou o ar frio e arrombou a porta.
A visão diante dele era tão chocante que ele ficou sem palavras. Havia pelo menos vinte e cinco pessoas – homens e mulheres, todos vestiam roupas esfarrapadas com as pernas acorrentadas no chão, com um olhar vazio e desesperançoso em seus rostos. Eles estavam tão magros que chegavam à emaciação. Assim que nos viram, encolheram os pescoços, tremendo de medo e pavor.
“Ugh.” Alguém amaldiçoou atrás dele. “Que merda de lugar é esse?! Parece exatamente com… uma escravidão.”
Jeffrey acenou com a cabeça. Era o que ele estava pensando. “Temos que resgatar todos eles.” O grupo começou a quebrar as correntes e a tirar os reféns de lá.
Ele vasculhou os arredores e foi para a área interior, cuja porta era trancada por correntes. Ele balançou sua espada na fechadura e — bang! A pesada corrente caiu no chão. Abrindo a porta, ele viu um pequeno quarto com uma condição muito melhor do que a de fora. Havia apenas uma mulher trancada lá, prova de quão valiosa ela era em comparação com os outros. Sentindo a presença de outro, seu corpo instintivamente se encolheu como se pudesse se esconder dessa maneira. “Não… Não venha aqui…”
Jeffrey amaldiçoou os vampiros em voz baixa. Repugnância e ódio borbulhavam em seu peito. Em vez de entrar, ele se agachou na porta e dirigiu o sorriso mais confiável e confortador que podia oferecer. “Não se preocupe, você está segura. Eu sou um humano, veja bem. Assim como você. Esses vampiros de merda foram mortos. Eles não poderão fazer nada a você novamente.”
A mulher levantou a cabeça com medo, revelando um par de olhos de corça marejados que faziam as pessoas quererem protegê-la inconscientemente. Um rosto delicado e requintado entrou no campo de visão de Jeffrey. Mesmo neste tipo de ambiente horrível, ela ainda parecia deslumbrante e bonita como uma pérola coberta por uma camada de poeira. Jeffrey poderia ter sido balançado se não soubesse que um homem devastadoramente bonito como Raphael existia na Terra. Ele não pôde evitar comparar os dois. Comparado a Raphael, essa mulher era no máximo mediana.
Ele estendeu a mão. “Vamos sair deste lugar. Posso saber seu nome, Senhorita?”
“Eu…” A mulher olhou para o rosto irresistivelmente bonito de Jeffrey, atordoada. Ela piscou algumas vezes, lágrimas penduradas em seus cílios encaracolados, parecendo ao mesmo tempo lamentável e adorável. Mordendo os lábios, ela timidamente aceitou a mão de Jeffrey, com o coração batendo como nunca antes. “Meu nome é Selina, Senhor… Muito obrigada por me salvar…”