Sistema da Liga Principal - Capítulo 919
Capítulo 919: Em Chamas (1)
“Batendo em quarto, o nosso próprio… Número 55!”
“Samuel Torkelsonnnn!”
O anunciador ganhou vida, sua voz ecoando sobre o estádio ao lado de alguma música alegre de beisebol. A multidão, que havia se acalmado entre as entradas, de repente rugiu de volta à vida, observando enquanto o rebatedor principal do time chegava à caixa do rebatedor.
Enquanto isso, Daichi foi para o círculo e começou a aquecer com o bastão. O olhar do Ken ficou nele por um tempo, tentando analisar seu estado de espírito.
Mas parecia que ele não tinha com o que se preocupar. Pelo menos na superfície, seu irmão parecia imperturbável, como se nada pudesse afetá-lo. Na verdade, Ken acreditava que ele provavelmente estava mais nervoso do que esse cara.
Balançando a cabeça, Ken começou a colocar seu equipamento. Ele iria rebater depois de Daichi, então quanto mais rápido ele ficasse pronto, mais tempo teria para praticar o swing no círculo.
PAH
“Bola.”
PAH
“Bola.”
Os dois primeiros arremessos pareciam complicados, mas depois de ver o último, Ken percebeu o que estava acontecendo. Os White Socks estavam andando intencionalmente com Samuel, planejando enfrentar os dois novatos depois.
Em outra ocasião, Ken poderia se sentir um pouco ofendido por estarem os subestimando, mas ele não podia realmente culpá-los. Este era o primeiro jogo na Liga Principal, Ken ainda precisava exigir respeito de seus oponentes.
‘Espero que vocês não se arrependam disso.’ Ken pensou, exibindo um sorriso.
“Quarta bola, pode avançar.” O árbitro de base chamou, indicando que Samuel poderia seguir.
Ken pegou seu bastão e subiu as escadas para o campo. Ele ouviu algumas boas-vindas de seus colegas de equipe e sentiu um tapinha nas costas.
“Você consegue, Kenny.” Seu avô disse, dando-lhe um sorriso.
“Claro.” Ken respondeu, piscando para o homem antes de entrar no campo.
“Batendo em quinto, direto do Japão. O irmão da nossa escolha mais recente do draft, número 22! Daichi Takagi!”
Embora a resposta não fosse tão pronunciada quanto a recepção de Samuel, a multidão ainda aplaudiu o desconhecido Daichi. Ele tinha jogado um jogo decente até agora, mas ninguém tinha visto ele com o bastão.
Mas eles logo descobririam suas capacidades. Até Ken, que tinha todas as suas habilidades do sistema, mal estava no mesmo nível que seu irmão. Isso apenas mostrava o tanto de talento que Daichi tinha como rebatedor.
Ken observava atentamente enquanto o lançador se posicionava e entrava em seu movimento de arremesso.
Ele ficou de lado, bastão pronto, querendo acertar o timing do arremesso antes que fosse sua vez de bater. Os olhos de Ken se estreitaram quando a bola saiu da mão do lançador e ele se preparou para o swing.
Se alguém visse Ken e Daichi batendo lado a lado, veria muitas semelhanças. A posição inicial era quase idêntica, já que ambos foram ensinados por seu pai Chris, no entanto, o movimento de batida do Ken era bem diferente.
Isso graças ao treinador de rebatedores de Columbia, Dave Johnson, que o ajudou a aumentar tanto seu poder quanto sua precisão durante aqueles 3 anos.
VUUUUSH
TAC
“Eh?” A expressão de Ken mudou ao ver a bola subir no ar do bastão de Daichi. Ela voou em direção ao campo direito, paralela à linha de falta antes de quicar no chão.
Daichi já havia largado o bastão e estava contornando a primeira base quando o defensor coletou a bola.
Ken ficou olhando sem reação enquanto Daichi deslizou com segurança para a segunda base após enfrentar apenas uma bola.
‘Droga, irmãozinho… Você não poderia ter me dado mais tempo para acertar o timing?’ Ken reclamou em seu coração.
Mas não adiantava reclamar agora, Daichi havia conseguido acertar um duplo em sua primeira aparição na Liga Principal. Com isso, eles estavam em uma excelente posição de pontuar sem eliminações no placar.
Com corredores na 2ª e na 3ª base, Ken só precisava acertar uma bola alta para o campo externo para garantir uma corrida fácil. Claro, também havia a opção de bater forte ou até mesmo fazer um bunt se ele sentisse a necessidade.
“Batendo em sexto, o Japanese Unicorn… Número 13, KEN TAKAGIIIII!”
Desta vez, a multidão estourou em aplausos quando o nome de Ken foi gritado pelos alto-falantes pelo anunciador.
“Japanese Unicorn? Que diabos?” Ken franziu a testa. Ao se aproximar do prato, viu Daichi curvado na 2ª base, rindo sem parar. Não era só ele, Ken podia ouvir algumas pessoas no banco do time rindo alto.
Com alguma irritação, Ken entrou na caixa do rebatedor e passou pelo seu ritual de batida. Ele se virou para o lançador no monte com uma expressão feroz.
Só de pensar em ser chamado de Unicorn na frente de quase 40.000 pessoas já era o suficiente para irritá-lo. Infelizmente para o lançador dos White Socks, ele seria o alvo de Ken.
Aperto firme no bastão, Ken olhou fixamente para o homem no monte e esperou pacientemente para atacar. Ele usaria cada gota de sua força para arrebentar essa bola, não importava o que fosse.
Quando o cara entrou no seu windup, os olhos de Ken se estreitaram.
PAH
“Bola.”
O primeiro arremesso foi uma bola curva que mergulhou bem abaixo da zona de strike antes de chegar ao prato. Muitos rebatedores teriam balançado, mas não Ken, não agora.
Ele mostrou uma postura que não era comum para um novato, especialmente em seu jogo de estreia. Se algo, a forma como Ken se comportava era como um veterano experiente, friamente analisando os arremessos à medida que chegavam a ele.
‘Se você jogar uma bola rápida, acabou.’ Ken disse em seu coração, seus olhos nunca deixando o lançador.
Ele esperou pacientemente, segurando o bastão ainda mais firme enquanto pairava sobre seu ombro.
O lançador assentiu antes de entrar em seu windup mais uma vez. Desta vez, quando a bola saiu da ponta de seus dedos, Ken sabia que era uma bola rápida. A velocidade e o giro tornaram mais fácil de perceber.
O corpo inteiro de Ken entrou em ação. Seus músculos gemeram enquanto ele balançava, plantando o pé e torcendo o corpo, empenhando toda força que era capaz de gerar.