Sistema da Liga Principal - Capítulo 766
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Capítulo 766: Capítulo 2: Punição (2)
Mais tarde naquela noite, Ken recebeu um telefonema do técnico, pedindo que ele fosse até seu escritório. Já eram 9 da noite, então ele ficou surpreso que o técnico ainda estivesse trabalhando tão tarde.
Ken sentiu seu estômago revirar enquanto atravessava o campus em direção ao centro de fitness. Tinham sido alguns dias difíceis, mas ele estava esperando por boas notícias, já que amanhã seria o jogo final da série.
Quando ele chegou ao escritório, o Técnico Brown estava esperando por ele na porta e fez um gesto para que ele entrasse. Pelo olhar em seu rosto, estava claro que ele não trazia boas notícias.
“Sente-se.”
O técnico caminhou até sua mesa, puxando um pedaço de papel e colocando-o na frente de Ken. Era um e-mail do departamento de Fiscalização da NCAA.
Ken leu o conteúdo e quase amassou a carta em sua mão quando chegou ao fim. Ele levantou seu olhar para o técnico, “Eles estão falando sério? 24 jogos?”
Seu tom carregava sua raiva mal contida, escondida logo abaixo da superfície. 24 jogos era metade da temporada, sem incluir os jogos pós-temporada, o que significava que ele não poderia nem mesmo jogar beisebol organizado por quase um ano.
“Você viu o que eles disseram… O valor dos ingressos VIP foi o fator determinante da punição.” Ele respondeu, embora sua expressão mostrasse que ele também estava insatisfeito com a decisão.
“Teremos que enviar um pedido formal para restabelecer sua elegibilidade após a penalidade ser cumprida, já que é classificado como uma infração significativa de nível 2. Eles também recomendaram a revisão de sua bolsa atlética atual.” O Técnico Brown continuou, seu tom equilibrado.
Ken sentiu seus ombros caírem e uma sensação de impotência tomou conta dele. Ele não podia acreditar que estava em tal situação, especialmente quando acreditava ter feito a coisa certa o tempo todo.
“Ken… Sinto muito que tenha chegado a isso.” Disse o Técnico Brown, parecendo aflito. “Mas isso não é o fim. Já falei com o diretor atlético, vamos lançar um apelo e buscar indenizações.”
Ken levantou a cabeça, um vislumbre de esperança em seus olhos desolados. “Você pode fazer isso?”
O Técnico Brown assentiu, “E é algo que devemos fazer. A punição não condiz com o crime, especialmente porque tanto você quanto a universidade foram totalmente cooperativos na investigação. Não vamos parar até que cheguemos ao fundo disso.”
Ouvindo as palavras do homem, Ken se sentiu um pouco melhor, mas isso não mudava a situação imediata em que ele teria que perder a pós-temporada. Depois de trabalhar tanto durante o ano, ele teria que abrir mão dos jogos mais importantes do ano.
Ken levantou-se da cadeira e agradeceu ao técnico, inclinando-se levemente.
“Vejo você no treino amanhã, certo. Não faça nada precipitado, vamos lançar uma declaração oficial para a imprensa sobre a investigação e nossa intenção de apelar. Se alguém abordá-lo para uma entrevista, nos avise e cuidaremos disso.”
O técnico contornou sua mesa e colocou a mão sobre o ombro de Ken de forma consoladora. “Isso é apenas um pequeno contratempo, Ken, você é destinado a grandes coisas. Por favor, não deixe que isso afete você.”
Ken assentiu, embora sua mente estivesse ocupada. Ele saiu do escritório e começou a caminhar pelos terrenos do campus, seus olhos desfocados.
Sua mente estava entorpecida e parecia que ele não tinha controle sobre seu corpo. Ele se sentia como uma criança novamente, a mesma criança que foi aconselhada a desistir de arremessar pelo olheiro no Toin de Osaka.
Lágrimas de frustração começaram a se acumular no canto de seus olhos, deixando sua visão embaçada.
“Ken? Oh meu Deus, o que aconteceu?” Uma voz feminina chamou por ele antes que ele sentisse mãos de ambos os lados de seus braços.
‘Quem é?’ Ken pensou. Ele piscou os olhos algumas vezes, tentando limpar as lágrimas. As lágrimas mornas desceram por suas bochechas e ele finalmente pôde ver a figura à sua frente.
Amelia estava na frente dele com seu cabelo castanho liso preso em um longo rabo de cavalo e olhos verdes suaves olhando para ele com preocupação. Ken mal registrou quem era antes de tentar continuar seu caminho.
“H—Ei, estou preocupada com você.” Ela disse, apertando o aperto em seus braços.
Ken poderia ter se soltado facilmente, mas não o fez. Ele se virou para o rosto bonito dela e olhou em seus olhos suaves. Em outra vida ele poderia ter perseguido essa mulher, talvez até fossem perfeitos um para o outro.
No entanto, só havia espaço suficiente para uma mulher em seu coração, e essa não era ela.
“Estou bem. Você ouvirá sobre isso nas notícias amanhã.” Ele disse suavemente, removendo as mãos dela de seu braço. Elas eram macias e levemente frias. Seu toque permaneceu brevemente antes que ele virasse o corpo e começasse a correr, deixando a mulher sozinha novamente.
Ken correu sem um destino em mente. Ele correu pelas ruas de Nova York, logo seu corpo estava coberto de suor. Pela primeira vez em muito tempo, ele não sabia o que fazer a seguir.
Uma amargura se infiltrou em sua mente, criando raízes. Ele achou irônico que mesmo estando totalmente saudável, ele não pudesse jogar beisebol. As circunstâncias eram diferentes da sua vida anterior, mas o resultado final era o mesmo.
Enquanto continuava a correr, ele eventualmente se encontrou em frente a um edifício familiar. Foi só agora que ele percebeu que era o dormitório de Ai.
Ken começou a recuperar o fôlego e puxou seu telefone, percebendo que tinha algumas chamadas perdidas de Steve e Tara. Ele as ignorou e puxou seus contatos, pairando sobre o número de Ai. Ele não queria falar sobre o que aconteceu, só não queria ficar sozinho agora.
Quando estava prestes a guardar o telefone, ele começou a vibrar. Olhando para o identificador de chamadas, era Ai.
“Ei…”
“Onde você está!? Tara me ligou dizendo que você desapareceu.”
“Estou na frente do seu dormitório…”
“Eh? E—Eu vou descer em um momento.”