Capítulo 588: Mentee nº 2 (2)

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No dia seguinte, Ken foi de bicicleta para a escola como de costume, aproveitando a brisa da manhã. Ao contrário de quando ele fazia suas corridas matinais, ele não estava coberto de suor. Havia também o fato de que a maior parte do trajeto era ladeira abaixo, tornando a viagem bastante agradável.

Ao chegar na escola, Ken viu seu amigo estacionar seu Silverado.

Steve parecia estar de ótimo humor, seu rosto parecia fresco e saudável como se ele tivesse aproveitado um dia de spa antes de chegar.

“Uau, você está fresco como uma margarida.” Ken comentou, sorrindo para si mesmo. Ele, claro, sabia que Steve agora era beneficiado pela habilidade de Gerenciamento de Fadiga.

“Né!? Foi tão estranho, ontem à noite desmaiei enquanto estava no chuveiro, mas me senti bem cerca de uma hora depois.” Steve disse, com o rosto mostrando sua confusão.

Ken estremeceu, sentindo seu rosto esquentar.

‘Por que diabos eles estão sempre no chuveiro quando isso acontece?’ Ele praguejou internamente.

“Sim, meu pai teve que arrombar a porta quando eu não estava respondendo às chamadas dele. Felizmente minha mãe não estava em casa e não me viu no chão totalmente nu.” Steve acrescentou, seu rosto avermelhando de vergonha.

“Ahem… Bem, estou feliz por você estar bem agora. Estou surpreso que você não esteja dolorido depois do nosso treino de ontem.” Ele disse, tentando rapidamente mudar de assunto e impedir que o riso escapasse dos seus lábios.

“Sim, eu também! Acho que talvez eu consiga acompanhar seu treinamento se puder me recuperar assim.” Ele respondeu com empolgação.

“Sim, sim, muito bom.” Ken deu um tapinha no ombro do amigo, sorrindo de maneira marota.

Os dois seguiram para a aula, apenas para ver que a atmosfera estava sombria. Ken se sentiu como se estivesse pisando em ovos enquanto caminhava até sua mesa. Ele viu que sua mesa, que geralmente ficava ao lado da de Steve, agora estava a alguns metros de distância.

Ele olhou ao redor da sala, percebendo apenas agora que as mesas de todos estavam afastadas, deixando alguns metros de distância entre elas.

Achando estranho, ele se sentou com uma carranca no rosto. Pouco depois, o sinal tocou.

Pouco tempo depois, o Senhor Johnson entrou na sala segurando alguns papéis na mão. Ele olhou para a turma, um pequeno sorriso tocando o canto dos lábios.

“Bom dia a todos. Posso ver que todos estamos preparados para o SAT hoje.” Ele disse em um tom quase cantado.

Os rostos de Ken e Steve caíram. Sem uma palavra, eles se olharam em horror. Eles pareciam ter esquecido completamente do teste, ocupados demais com o treinamento e a equipe de viagem.

“Você estudou?” Steve sussurrou, sua voz tremendo.

Ken nem sequer respondeu com palavras, sacudindo a cabeça em silêncio. No entanto, ele tinha um pouco mais de esperança do que Steve, que infelizmente não compartilhava do traço Academic como ele.

Ainda assim, Ken estava se sentindo um pouco nervoso. A última vez que ele tinha estudado adequadamente foi antes de o sistema ser atualizado, já que ele queria aproveitar ao máximo o traço enquanto podia.

O problema era que ele não sabia o que esperar. No Japão, eles ficavam sentados por 5 dias seguidos e completavam múltiplos exames em cada uma de suas matérias. Se o exame SAT fosse algo assim, ele poderia ter uma hérnia.

“Faremos a chamada e depois entregarei os testes.” Disse o Senhor Johnson antes de chamar os nomes da turma.

Tanto Steve quanto Ken afogaram-se em ansiedade, compartilhando suas preocupações.

Alguns minutos depois, o professor pegou uma pilha de papel da sua mesa e começou a caminhar pela sala, seus passos ecoando contra as paredes.

“O primeiro teste é de leitura e escrita e não vai durar mais que 64 minutos. Depois faremos uma pausa de 10 minutos antes de retomar com o teste de Matemática. Vocês terão 70 minutos para completá-lo.” Ele afirmou, colocando uma folha de papel em cada mesa dos alunos.

Ken ouviu o professor e ergueu a sobrancelha em dúvida. Ele se virou para Steve, que ainda parecia suar em bicas, sua ansiedade evidente.

‘É só isso?’ Ken pensou. No entanto, a julgar pela expressão de seu amigo, era provável que fosse muito difícil.

Eventualmente, ele recebeu uma pilha de papéis colocados de cabeça para baixo em sua mesa. Ken engoliu em seco, sentindo que estava totalmente despreparado para o exame de hoje. Essa tinha que ser a primeira vez que ele não havia estudado para um teste em toda a sua vida.

“Certo, quando eu disser, virem o exame e comecem. Eu sugiro que não tentem trapacear, caso contrário, eu os removerei da sala imediatamente e vocês passarão o dia no Escritório do Diretor.” Ele disse de forma ameaçadora.

“E o tempo começa… Agora.”

No momento em que ele disse a palavra, o som de papéis sendo manuseados ecoou na sala. Além disso, todos estavam em silêncio absoluto.

Ken hesitante virou o papel e olhou para a folha. Ele leu a primeira pergunta e sua expressão congelou.

‘O que é isso?’ Ele pensou, sentindo-se incrédulo.

No entanto, ele balançou a cabeça, passando para a próxima pergunta. Mas a mesma expressão permaneceu em seu rosto.

Ken rapidamente vasculhou as perguntas restantes na primeira página e fez uma careta. Ele olhou para seu amigo que estava profundamente concentrado no exame, suor já escorrendo pelo rosto.

‘Steve é realmente burro?’

As perguntas eram quase fáceis demais. Mesmo no Japão ele estava familiarizado com as perguntas de leitura e escrita em Inglês que eram feitas no exame, e ainda assim Steve parecia estar com dificuldades.

Havia também o fato de que eram perguntas de múltipla escolha. Mesmo que ele não soubesse exatamente a resposta, ele sempre poderia eliminar algumas opções com facilidade antes de fazer um palpite informado.

Com sua confiança restaurada, Ken passou rapidamente pelas primeiras páginas de perguntas, quase como se tivesse acesso às respostas em sua mente. Mesmo sem seu traço Academic, ele acreditava que poderia acertar a maioria das perguntas.

Em pouco tempo, ele já havia completado a primeira parte do exame e virou sua folha novamente. Ele olhou ao redor da sala e viu que todos ainda estavam focados em seus papéis.

‘E agora?’