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Capítulo 529: Provocando a Colmeia (1)
“Oi, acorde!”
Ai ouviu uma voz em pânico, rompendo a névoa de sua consciência.
Ela abriu os olhos levemente, sentindo uma dor de cabeça nascente e latejante na lateral do rosto. Viu um rosto que não reconheceu, mas parecia haver algo familiar nele.
“Katsuya?” Ai perguntou, sua mente ainda confusa.
“Onde ele está!? Onde está Katsuya?” A figura a segurava pelos ombros e a sacudia, como se isso fosse lhe dar as respostas.
“E-Eu não sei!” Ela disse, se libertando de seu aperto.
Ela estava assustada e um pouco machucada.
“Onde está Ken?” Ela perguntou, olhando em volta do beco brevemente antes de seu coração afundar ao perceber, lembrando-se de repente do que havia acontecido.
Um sentimento de pânico cresceu em seu coração, “E-Eles levaram os dois! Ken e Katsuya.” Ela gritou, olhando para a pessoa desconhecida mais próxima dela.
“Chame a polícia… Precisamos encontrá-los.” Ela implorou.
“Não, não podemos chamar a polícia.” O homem afirmou, seu rosto grave.
“O que você quer dizer!? Precisamos salvá-los!” Ai insistiu, sua voz ficando mais apavorada.
“Eu nunca disse que não os encontraríamos, só não chame a polícia.” Ele disse, agarrando-a pelo braço e pondo-a de pé.
Ai olhou para ele com um toque de confusão. No entanto, agora que o observou bem, notou que ele tinha características semelhantes a Katsuya, embora fosse mais robusto.
“Siga-me.” Ele disse, girando nos calcanhares e saindo do beco apressadamente.
Ai hesitou por um momento antes de segui-lo rapidamente. Não tinha outra escolha a não ser confiar nele agora.
No entanto, rapidamente puxou o telefone e começou a digitar enquanto tentava acompanhá-lo. Apesar do tamanho do cara, ele conseguia se mover rapidamente.
“Pai, fomos atacados e agora Ken está desaparecido. Por favor, ajude.”
Depois de enviar a mensagem, estava prestes a colocar o celular na bolsa, mas o deixou cair no chão acidentalmente.
“Droga.” Ela xingou, pegando rapidamente do chão.
Infelizmente, a tela rachou completamente, interrompendo a visualização.
“Apresse-se! Não temos tempo.” O homem gritou, seu rosto cheio de preocupação.
“V-Vindo.” Ela respondeu, enfiando o celular quebrado na bolsa.
***
“Houve algum movimento da família Hokori ultimamente?” Tomoya perguntou, recostando-se em sua cadeira de couro, o cansaço evidente em sua voz.
“Apenas alguns capangas rondando a cidade.” Tsukasa respondeu, passando a mão pelo cabelo ralo.
Fazia alguns meses desde o incidente do assassinato e eles sentiram os efeitos da aplicação da lei pressionando sua atividade.
Devido ao chefe confiar verdadeiramente em poucos indivíduos dentro da família, todos os quatro tenentes foram ordenados a permanecer em Tóquio e ajudar a gerenciar os negócios. Sem renda, a família se desmoronaria.
Embora ele estivesse disposto a fazer esse sacrifício, Tsukasa estava começando a ficar com saudades de casa.
“Eu só queria que pudéssemos acabar com aqueles bastardos…” Ele disse, sentindo um sentimento de frustração crescer dentro dele.
Tomoya assentiu, compartilhando o sentimento.
“Estou surpreso que eles ainda possam se dar ao luxo de permanecer em Tóquio… Ainda temos um controle firme sobre os negócios, apesar de tentarem tomar o controle. Duvido que a receita deles de Hokkaido seja suficiente para sustentar esta guerra de território.” Ele disse, coçando o queixo pensativo.
Tsukasa ergueu uma sobrancelha em resposta. Não era bom com números, mas compensava em outras áreas.
“Então o que você está dizendo? Alguma pessoa rica está patrocinando eles?”
Tomoya deu de ombros, “Eu não sei. É possível, mas não posso afirmar com certeza.”
Tsukasa franziu levemente o cenho, pensando profundamente. “Bem, não está fora de questão. Temos nossos próprios patrocinadores no mundo dos negócios.” Ele acrescentou.
Os dois entraram em silêncio, ambos imersos em pensamentos.
SLAM
O som de uma porta batendo fez com que ambos os homens virassem a cabeça na direção.
“Kiyo? O que diabos você está fazendo aqui? Você deveria estar em casa.” Tomoya levantou-se, a raiva adornando suas feições.
No entanto, bastou apenas alguns momentos para ver o completo pânico estampado no rosto de seu filho.
“P-Pai! Katsu foi capturado.”
“O QUE!?”
Tsukasa e Tomoya exclamaram em choque.
“Diga-me o que aconteceu!” Tomoya rugiu, sua figura parecendo intimidadora.
“Eu não vi, mas essa garota viu.” Kiyoshi disse, afastando-se e revelando uma figura assustada atrás dele.
Os olhos de Tsukasa pousaram na garota, mas ele demorou um momento para registrar quem era.
“Ai? É você?” Ele perguntou, incrédulo.
Somente ao ouvir a voz do homem a garota levantou a cabeça, o olhar de medo ainda estampado em suas feições.
“Tio Tsukasa?” Ela engasgou.
Ao perceber quem era, sua fachada corajosa desmoronou e ela começou a chorar, correndo para seu abraço.
Tomoya olhou com confusão, embora rapidamente tenha sido substituída por urgência.
“Conte-nos o que aconteceu, o tempo é essencial.”
Tsukasa deu um tapinha nas costas de Ai, tentando acalmá-la. Ele podia sentir seu corpo inteiro tremendo depois do ocorrido.
Ele enviou a Tomoya um breve olhar como se dissesse para ele esperar um momento, apenas para receber um aceno relutante em resposta.
“Ai querida, agora está tudo bem.” Tsukasa disse, segurando-a à distância e dando um sorriso reconfortante.
Levou alguns momentos, mas Ai finalmente conseguiu se acalmar. Ela virou-se brevemente para Tomoya antes de olhar de volta para seu tio.
“E-Eu estava encontrando Ken na estação de trem mais cedo e estávamos voltando para meu apartamento para deixar suas malas. Mas então fomos emboscados por 3 bandidos…” Ela disse, abaixando a cabeça.
“E então o que aconteceu?” Ele perguntou.
“Tentamos correr para um beco, mas era um beco sem saída.” Ela fez uma pausa, como se reunindo suas palavras, “Eles nos encurralaram e o espancaram…”
“Mas e o—”
Tsukasa lançou a Tomoya outro olhar, forçando as palavras de volta à garganta dele.