Capítulo 508: Más Notícias (2)
A expressão rígida de Daichi mudou para uma de choque ao ouvir as notícias. Sua mochila, que estava pendurada em seu ombro, de repente caiu no chão antes que ele caísse de joelhos.
Ken correu rapidamente para frente e abraçou seu irmão, baixando-se ao nível dele e segurando-o firmemente.
“Sinto muito, mano…”
Enquanto os dois irmãos se abraçavam, Chris continuou a falar com os oficiais e obteve todos os detalhes que eles tinham. Após alguns minutos eles deixaram a vizinhança, saindo da casa.
Daichi estava em choque demais para perceber o que estava acontecendo naquele momento. Foi preciso muita persuasão, mas ele eventualmente entrou na casa em um estado de torpor.
Mark e Yuki foram informados por Chris antes dos meninos entrarem. Yuki recebeu as notícias terrivelmente, enquanto Mark ficou solene. Isso não era algo que eles esperavam de forma alguma.
Quando Ken trouxe Daichi para dentro, Yuki veio e deu-lhe um grande abraço, fazendo o melhor para confortá-lo. Ela não pediu uma resposta, apenas mostrou seu amor e apoio da maneira que pôde.
“Ken, por que você não leva Daichi para o quarto dele.” Disse Chris, lançando-lhe um olhar.
Ken assentiu, “Vamos lá, mano, vamos levar suas coisas lá para cima.” Ele disse persuasivamente.
Daichi apenas seguiu em silêncio para dentro do quarto.
Assim que chegaram, Daichi sentou-se sem ânimo no chão e segurou a cabeça com as mãos. Estava claro que ele estava desorientado.
“Você está bem, cara?” Ken não queria pressionar seu irmão, mas sentia que precisava mostrar sua preocupação.
“Eu—eu não sei.” Daichi admitiu, seus pensamentos em turbulência.
Ken escorregou até o chão ao lado de Daichi e colocou o braço ao redor dos ombros dele, puxando-o mais perto.
“Sinto muito, cara…”
Houve um período de silêncio entre os dois, mas ninguém tentou preenchê-lo. Ken manteve contato físico com seu irmão, lembrando-o de que estava ali por ele.
Depois de um tempo, Daichi começou a falar.
“Ela foi uma mãe horrível, o completo oposto de nossa Mãe… Mas ela não merecia morrer.” Ele disse suavemente, apertando os punhos fortemente.
Ken não respondeu. Não era seu lugar comentar.
Daichi respirou fundo e abaixou a cabeça antes de continuar suavemente.
“Eu queria provar para ela que eu poderia ser alguma coisa…”
“Mas agora nunca terei essa chance.”
Ao sentir a dor em sua voz, Ken não pôde deixar de puxá-lo mais apertado. Daichi estava provavelmente lidando com muitas emoções confusas agora, algo que ele não podia imaginar.
Quase 10 minutos de silêncio depois, Daichi soltou um grande suspiro e se levantou, retirando o braço de Ken de seu ombro.
“Estou bem agora.” Ele afirmou, embora ainda parecesse um pouco emotivo.
“Você quer algum tempo sozinho? Posso dizer à Mãe, ao Pai e ao Vovô que você não está se sentindo bem.” Ken ofereceu, levantando-se.
“Vovô está aqui?” Daichi perguntou surpreso. Ele estava tão atordoado que nem viu seu Avô ao passar.
“Mmm…” Ken se sentiu um pouco dividido. A razão de seu Avô estar aqui não era apenas uma simples visita. Ele não tinha certeza se Daichi estava em condições de ouvir sobre o que tinha acontecido.
Daichi pareceu perceber a hesitação de Ken, até mesmo notando a expressão estranha em seu rosto.
“Você está escondendo alguma coisa.” Ele disse, embora fosse mais uma afirmação do que uma acusação.
Ken não queria mentir para Daichi, especialmente em seu estado vulnerável. A última coisa que queria era que ele se sentisse isolado dentro de sua própria família, especialmente depois do que acabou de acontecer.
“Você está certo. Nós te chamamos para casa para podermos discutir isso com você.” Ken disse, assentindo lentamente.
Daichi sentiu um pouco de apreensão. Ele queria saber, mas uma parte dele sentia como se não quisesse ouvir o que tinham a dizer.
“É ruim?” Ele perguntou suavemente.
A expressão de Ken vacilou um pouco, mas ele respondeu com sinceridade.
“Não é ótimo, mas não é algo que não possamos lidar como família.” Ele afirmou.
Daichi assentiu. Ele confiava em seu irmão, afinal.
“Certo, vamos descer.” Ele disse, dirigindo-se para a porta.
Ken colocou a mão no ombro de Daichi, parando-o.
“Tem certeza? Sempre podemos falar sobre isso mais tarde.”
“Estou bem.” Ele disse, retirando a mão de Ken.
Com isso, ele saiu do quarto e desceu as escadas, atraindo a atenção de todos.
“Daichi, o que você está fazendo? Eu ia trazer o jantar para você no seu quarto.” Yuki falou preocupada.
“Estou bem agora.” Ele respondeu, fazendo Chris franzir a testa.
“Daichi, acho que você deve ir—”
“Não se preocupe, Chris, ele pode aguentar.” Mark disse, cortando seu filho.
Daichi lançou um olhar agradecido ao seu Avô e sentou-se à mesa, seguido por Ken. Houve alguns momentos de silêncio antes de Daichi ir direto ao ponto.
“Certo, o que vocês têm para me contar?” Ele perguntou.
Ambos Yuki e Chris se entreolharam, cheios de alguma preocupação e apreensão. Esta seria uma notícia difícil o suficiente sem o falecimento inoportuno da mãe biológica de Daichi, ainda assim, isso acrescentou uma camada de complexidade.
Embora sua mãe e seu pai hesitassem, Ken estava resoluto. Ele falou, detalhando o que havia acontecido nas últimas semanas, sem poupar detalhes.
Ao fim da explicação, Daichi ficou em silêncio. Sua mente estava quase entorpecida a essa altura, embora seu coração doesse.
‘Por quê?’
Essa era a única pergunta em sua mente.
Quando ouviu que sua mãe queria ele de volta, sentiu uma parte dele que estava morta começar a mostrar sinais de vida. Foi apenas por um momento fugaz, mas suas emoções se agitaram.
Ao ouvir que foi Tetsuhiro quem orquestrou tudo, a raiva o preencheu.
Como alguém poderia brincar com sua vida assim?
“Há também uma boa chance de que este homem esteja por trás do assassinato de sua mãe.” Mark disse, fazendo com que tanto os olhos de Ken quanto os de Daichi se arregalassem de choque.