Sistema da Liga Principal - Capítulo 438
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438: Velho Amigo (2) 438: Velho Amigo (2) “Ah, que família talentosa.” lamentou Frank.
Se ele não tivesse obrigado seu filho a fazer faculdade de medicina, não havia como o cara ter alcançado muito por conta própria.
Toc Toc
Ambos, Frank e Mark, ficaram tensos ao ouvir a batida na porta.
“Doutor Frank, aqui estão os raios-x.” anunciou Fiona ao abrir a porta.
“Obrigado querida.”
Mark sentiu as palmas das mãos suarem ao olhar para o grande envelope que continha seu destino. Havia uma grande parte dele que não queria ver os resultados, mas ele tinha chegado longe demais agora.
Até mesmo Frank começou a tremer ao abrir o envelope, usando os dedos para puxar gentilmente o raio-x.
Enquanto caminhava até a tela de luz, suas mãos trêmulas quase deixaram cair a imagem.
Ele se recompôs antes de prender o raio-x e acender a luz.
Mark de repente colocou a cabeça nas mãos, sem capacidade de olhar. Ele rezava internamente, esperando que um milagre tivesse acontecido com ele.
Ele olhou para o chão por alguns momentos, como se estivesse esperando ouvir as más notícias. Mas quase um minuto inteiro passou e ele não ouviu Frank pronunciar uma única palavra.
“Apenas me diga direto Frank.” ele disse.
Mas ele não obteve resposta.
“Frank?”
Mark ergueu a cabeça e viu seu velho amigo olhando para o raio-x com choque. Ele movia freneticamente os olhos de uma foto para outra, como se tentasse entender a anomalia que estava enfrentando.
“Frank!”
Mark gritou, sua ansiedade era demais para suportar. Apesar de parecer mais jovem, ele sentia que havia envelhecido mais 10 anos devido a todo o estresse acumulado nele.
Como se finalmente voltasse à realidade, Frank se virou para Mark com uma expressão confusa.
“É um milagre…”
Antes que Mark pudesse dizer algo, o velho homem lentamente caminhou até seu amigo e o envolveu em um abraço. Lágrimas lentamente se acumularam nos cantos dos olhos, resultado da alegria transbordando de seu coração.
“Não… Você está falando sério? Por favor, não brinque comigo Frank, eu não vou aguentar.” Mark proferiu, não querendo abrir mão do seu pequeno fio de esperança.
Frank sentiu o corpo do velho homem tremer, fazendo com que ele se afastasse e o segurasse à distância do braço. Ele olhou para seu velho amigo e sorriu.
“O câncer… Está todo desaparecido.”
“Desaparecido?”
Mark sentiu os cantos dos olhos arderem antes que uma onda de emoção rompesse suas defesas, fazendo com que as lágrimas corressem livremente pelas suas bochechas.
Ele caiu de joelhos, sentindo seu corpo perder força pelo alívio gratificante que o dominava.
Frank ficou um pouco alarmado ao ver o velho homem perder a compostura. Mesmo quando ele recebeu o diagnóstico, Mark estava tão estoico como sempre. Essa foi a primeira vez que ele viu seu amigo assim em todos os mais de 30 anos que o conhecia.
Ele se agachou por preocupação, sua mão acariciando as costas do homem em conforto.
Mark soluçou, suas emoções tomando conta dele. A esperança que ele uma vez enterrou agora estava livre, enchendo-o de gratidão.
Os dois permaneceram desse jeito por um tempo, confortando-se silenciosamente.
Fiona bateu brevemente antes de abrir a porta, apenas para ver os dois homens no chão. Antes que ela pudesse abrir a boca, Frank se virou e acenou com a mão, dizendo para ela dar-lhes um tempo.
Ela fez o que foi pedido, embora se sentisse um pouco curiosa.
Apenas alguns minutos depois Mark se acalmou. Ele lentamente se levantou e soltou uma risada auto-irônica.
“Desculpe, velho amigo, deixei minhas emoções me dominarem.”
Frank balançou a cabeça, “Não se preocupe, tenho certeza de que se fosse eu, ainda estaria chorando.” ele disse com um sorriso.
Vendo as marcas das lágrimas em seu rosto, Frank pegou alguns lenços e entregou ao cara.
“Obrigado.”
Depois de se limpar, Mark se sentou novamente, sentindo-se mais leve do que se sentira em muitos e muitos anos.
Frank fez o mesmo, olhando para seu amigo. Se ele fosse um médico comum, bombardearia Mark com perguntas, talvez até pedisse para ele dar algumas amostras de sangue. No entanto, felizmente, ele não era esse tipo de pessoa.
“Já que você está livre do câncer, vamos esquecer que isso aconteceu. Como você não precisou usar seu seguro para o último raio-x, posso limpar seus registros.”
Os olhos de Mark se arregalaram por um momento, não esperando tal ato.
“Mas isso não é ilegal? Você não vai ter problemas?”
Frank balançou a cabeça, “Eu não conto se você não contar.”
Com isso, o velho homem sorriu.
“Hahaha.” Mark soltou uma risada, sentindo o resto de suas preocupações desaparecerem.
“Obrigado, velho amigo, vou te pagar um jantar depois que esta Copa do Mundo acabar.”
Com isso, Mark se levantou e estendeu a mão para um aperto de mão.
Frank sorriu, “Vou ter que ver com minha esposa primeiro.”
Os dois apertaram as mãos firmemente antes que Mark o puxasse para um abraço. No momento seguinte, ele se inclinou para trás e levantou o velho Doutor, fazendo com que ele soltasse um grito de surpresa.
“Hahaha, realmente este é um dia abençoado.” Mark declarou, colocando o velho homem de volta no chão.
Frank riu em resposta, eventualmente enxotando o jovem velhote. “Certo, certo, vá embora Benjamin Button.”
“Hahaha!”
Mark saiu do consultório, rindo alto.
Fiona viu o homem que estava chorando poucos minutos antes, sair de bom humor. Instantaneamente, sua expressão ficou confusa, sem entender o que estava acontecendo.
“Tchau Fiona, vejo você na próxima vez.” Mark declarou, acenando enquanto saía da clínica.
“T-Tchau.”
Essa foi a única palavra que ela conseguiu dizer. Quando ele saiu, ela correu para o consultório de Frank com uma expressão cheia de perguntas.
“Não pergunte, tudo foi resolvido.” Frank respondeu, espantando a intrometida recepcionista.
“Ah, por favor, me diga…”