Sistema da Liga Principal - Capítulo 399

399: Japão vs Austrália (1) 399: Japão vs Austrália (1) A equipe japonesa começou a se aquecer enquanto o técnico fazia lançamentos para os jogadores e conduzia alguns exercícios rápidos. Nesse momento, não havia sinal dos jogadores australianos, já que o Japão optou por entrar em campo um pouco mais cedo.

Mais uma vez, esse era um dos benefícios de ser o primeiro jogo do dia, permitindo um aquecimento mais longo. Claro que havia um limite para quão cedo se podia chegar, e o jogo começaria no horário, acontecesse o que acontecesse.

DONG
“Ken!”

O técnico gritou, direcionando um lançamento para ele.

Ken pegou a bola e a devolveu rapidamente para um dos outros membros da equipe. Ele estava começando a se sentir muito mais à vontade na posição de outfielder após 5 jogos, embora preferisse muito mais ser pitcher.

Tanto Masayuki quanto Riku haviam aceitado suas habilidades bastante rápido, com o capitão até mesmo dando-lhe dicas fora dos jogos. Sua estatura alta e membros longos também eram uma vantagem para a posição, permitindo-lhe um alcance muito maior que o de muitos.

Ele também estava feliz, pois havia sido promovido na ordem de rebatida, ficando logo atrás do Daichi como 5º na fila. Isso significava que ele havia provado seu valor nos últimos 5 jogos.

Então, na realidade, ele não tinha do que reclamar sobre seu papel na equipe. Contanto que ele continuasse se apresentando bem, também haveria chances de entrar como pitcher no final dos jogos.

Claro que essa configuração seria quase impossível de replicar uma vez que ele se tornasse um jogador profissional. Provavelmente o fariam focar em uma função, seja no outfield ou como pitcher.

Pode parecer um pouco egoísta, mas Ken tinha o sonho de jogar nos Maiores, algo que ele continuaria perseguindo. Felizmente, isso não era algo com o que ele precisava se preocupar, pelo menos por enquanto.

Afinal, ele ainda estava no primeiro ano do Ensino Médio.

Quando Ken se moveu para o final da fila para o próximo conjunto de exercícios, ele viu a equipe australiana emergindo dos túneis. A primeira coisa que lhe veio à vista foi um gigante…
“Puxa, esse cara parece muito maior pessoalmente.” Daichi falou, alinhando-se atrás de Ken.

O cara tinha pelo menos 2 metros de altura.

Bem na frente dele estava uma figura enérgica que mal chegava ao peito do gigante.

“Quem é esse garoto? Não me diga que o gigante trouxe seu filho!?” Aki falou, com os olhos quase saltando do rosto.

“Pffft—” Ken quase se engasgou de tanto rir.

Thud
“Ai~”
“Esse é o Nikko, o short stop da Austrália, seu idiota. Falamos sobre ele na sessão de filmes ontem.” Masayuki retrucou, dando um tapa na parte de trás da cabeça de Aki.

Parecia que o Capitão estava irritado pelo fato de Aki não ter prestado atenção na reunião.

A equipe então voltou silenciosamente aos seus aquecimentos.

“Nikko, eles estão olhando para nós.” O gigante falou, sua voz profunda soando um pouco nervosa.

“Ah? Não se preocupe com eles, Jeb. Provavelmente nunca viram ninguém tão bonito quanto nós antes em suas vidas, hahaha!” Nikko estufou o peito e riu alto.

“Hum, não sei não…”

“Rápido galera, estamos um pouco atrasados.” Uma pessoa vestida com um uniforme verde e dourado falou, apressando os jogadores.

Esse era o Técnico Cooke, uma das principais figuras do beisebol australiano. Ele foi a principal razão pela qual a Austrália progrediu tanto nos últimos anos.

Ele moveu seu olhar para os jogadores japoneses e parou quando viu um rosto familiar. Sem dizer uma palavra, ele caminhou até lá e gritou algumas palavras.

“Oi, Tucker!”

Ken ficou alerta, voltando sua atenção para o técnico que se aproximava.

“Oi, Itamae!” Chris exclamou, com um sorriso brilhante no rosto.

‘O que diabos está acontecendo?’ Ken pensou, confuso com os nomes que os dois haviam chamado um ao outro.

Itamae era a palavra japonesa para Chef, mas o cara era claramente um treinador de beisebol, então ele não entendeu o motivo do apelido.

Ken mais tarde descobriria com seu pai que o técnico australiano não conseguia pronunciar o sobrenome de Chris, e por isso o chamava de Tucker em vez de Takagi. Chris retribuía o favor chamando o Técnico Cooke de Itamae (chef).

Quanto ao motivo de se conhecerem…

Eles jogaram beisebol juntos no Ensino Médio.

Os dois fizeram um aperto de mãos firme antes de se medirem. Chris olhou para o homem que não via há muitos anos, mas que ainda lhe era tão familiar. Ele tinha deixado a barba crescer, mas as sobrancelhas proeminentes e os olhos cor de avelã eram exatamente como ele se lembrava.

“É bom te ver novamente, Dean.” Chris disse, seu sorriso sincero.

Dean Cooke sorriu. Ele teve que levantar a cabeça para olhar para Chris, que era pelo menos meio metro mais alto que ele.

“Queria poder dizer o mesmo sobre você, parece que você não envelheceu um dia sequer. O que eles estão te dando para comer lá no Japão?” Ele exclamou, sentindo-se um pouco autoconsciente.

Já que os dois estavam agora no início dos quarenta anos, os sinais da idade eram bastante visíveis.

“Ah, vamos lá, você não parece ter mais de 39 anos” Chris disse, soltando uma gargalhada.

Ele passou o braço pelos ombros de Dean e saiu do campo, continuando a conversa.

“Ah, cai fora!” Dean respondeu, juntando-se à risada.

“Mesmo assim, nunca pensei que você entraria para o coaching. Aqui estava eu, esperando que você viesse observar alguns dos meus meninos.” Ele adicionou.

Chris sorriu em resposta, “Pois é, as coisas mudam. Agora eu tenho dois filhos.”

“É? Quantos anos tem o outro?”

“Da mesma idade que o Ken.” Ele respondeu, soltando outra gargalhada depois de ver a expressão confusa no rosto do amigo.

“Nós o adotamos, ambos os meus meninos fazem parte da equipe.”

“Mesmo!?” Dean parecia chocado.

“Bem, você saberia disso se tivesse feito sua pesquisa.” Chris respondeu.