Sistema da Liga Principal - Capítulo 383
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383: Duelo (1) 383: Duelo (1) Um silêncio tomou conta do estádio enquanto a multidão e os jogadores se calavam. Eles observavam a grande figura do rebatedor Cubano enquanto ele caminhava para o campo.
“Rebatendo em 4º, 2ª base, Jorge.”
O som do locutor rompeu o silêncio, mas Ken nem mesmo ouviu.
Tudo parecia desaparecer quando ele travou olhares com Jorge. Ken podia quase ver uma intensa aura ao redor do grande adolescente, ardendo em determinação e vontade de lutar.
Entretanto, Ken não ficou para trás. Jorge, por sua vez, viu o espírito de luta ondulando em volta de sua alta estatura à frente dele. Crescia e se espalhava pelo ar como uma árvore antiga, suas raízes firmemente seguras no monte.
‘Mika, por favor, use Confronto no Jorge’
[Confirmado]
Ken sentiu seu corpo aquecer imediatamente, fazendo seus músculos incharem levemente, preenchendo-o com uma força imensa. Ele sentiu uma energia ilimitada o superar, fazendo seus lábios se transformarem em um sorriso.
Jorge sentiu um choque percorrer seu corpo ao ver a aura outrora firme e sólida ao redor de Ken explodir. Era como se chamas tivessem se acendido em cada galho da árvore, pintando uma visão terrível.
‘Q-Que diabos há com esse cara?’ Ele pensou, engolindo subconscientemente.
As palmas que seguravam seu bastão começaram a se sentir úmidas e suor frio começou a escorrer pelas suas costas.
De repente, sentiu como se estivesse lutando contra uma divindade, um ser de nível superior que ameaçava extinguir sua existência. Nunca antes ele havia sentido este tipo de pressão de um arremessador.
Agora fazia sentido o motivo de seu irmão ter tido um desempenho tão ruim. Quem poderia permanecer calmo estando a 60 pés desse monstro.
VUUUUSH
PAH
“Strike!”
Antes que percebesse, uma bola rápida voou bem diante de seus olhos, não lhe dando tempo para reagir. Ele piscou algumas vezes sem acreditar, sem saber o que havia acontecido.
Ainda assim, seus ouvidos de repente captaram um rugido da escassa multidão. Apesar de estar tão longe de sua posição, ele conseguia ouvir a comoção.
“Caramba! Que arremesso!”
“101mph? Ele ainda é um adolescente?”
‘O quê?’ Jorge moveu lentamente seu olhar para o telão e quase sentiu sua alma escapar de seu corpo quando viu os 3 dígitos olhando de volta para ele.
“Impossível… Ele não pode ser tão rápido” Ele balbuciou em descrença.
Ao voltar sua atenção para Ken no monte, ele se sentiu diferente. O cara olhando de volta para ele era como um monstro, sua aura terrível perfurando profundamente sua alma.
‘Eu não posso acertá-la…’ Ele disse interiormente, sentindo um pingo de medo e desespero brotar dentro de si.
“Jorge. Tome sua posição ou eu vou declarar um strike.”
O som da voz do árbitro o trouxe de volta, tirando-o de sua corrente de pensamentos. Jorge não havia notado que ficara olhando para Ken com o bastão repousando no chão por um bom tempo.
“A-Ah, sim.” Ele respondeu, erguendo o bastão e se preparando para a próxima bola.
‘Não é hora de pensar essas coisas. Eu só preciso acertar meu swing e tenho uma chance.’
Jorge apertou firmemente seu bastão, tentando acalmar o medo que ameaçava surgir dentro de si.
VUUUUSH
PAH
“Strike”
Apesar de balançar em direção à bola que se aproximava, ele não acertou nada além do ar. Devido à pura velocidade do lançamento, ele teve dificuldades em cronometrar o swing, resultando em outro strike.
‘Droga! Isso é patético.’
Um sentimento de autoaversão rastejava dentro dele, atacando todas as suas inadequações com ferocidade. Era como se ele tivesse desenvolvido um trauma só de enfrentar esses dois arremessos.
‘Que prospecto do top 10? Eu não mereço tal elogio.’
De uma perspectiva externa, Jorge estava espiralando em desespero. Com a cabeça baixa, ele não parecia nada com o adolescente confiante e convencido que tinha acertado 2 home runs na partida até então.
O banco Cubano estava silencioso. Era difícil assistir seu melhor jogador aparentar dessa forma na caixa de rebatedor.
Manuel observava seu irmão, sentindo como se algo estivesse perfurando seu coração. Durante toda a sua vida, ele nunca havia visto seu irmão reagir dessa maneira contra um oponente. Era como se ele estivesse com medo e derrotado.
Ele cerrava os dentes e punhos com força, quase tirando sangue de suas palmas.
“JORGE!”
Ao som da voz de seu irmão, Jorge voltou o olhar para ele, sua expressão como a de um homem que se afoga e encontrou uma tábua de salvação.
“Você pode acertar! Apenas balance!”
As palavras de Manuel ecoavam pelo campo, perfurando a mente de Jorge. Elas caíam sobre sua psique como chuva do deserto, enchendo-a de esperança e vida.
De repente, todo o banco Cubano começou a gritar também. Suas vozes se sobrepunham e se misturavam, mas a mensagem era semelhante à de Manuel, cheia de confiança e crença em suas habilidades.
O sentimento opressor que o pressionava começou a ceder, pouco a pouco. Com as palavras de incentivo de seu companheiro, ele conseguiu se levantar lentamente contra a pressão que Ken emitia.
Enquanto ainda podia sentir a aura terrível de Ken, isto já não o deixava sem esperança.
‘Obrigado, pessoal…’
Como se tivesse sido retirado do fundo do desespero, Jorge endireitou as costas e apertou o bastão com força. Ele enfrentou Ken com uma expressão teimosa e determinada, não querendo recuar um centímetro.
‘Oho, parece que ele se recuperou.’ Ken pensou enquanto movia a bola na luva.
“Não seria divertido de outra forma.” Ele murmurou para si mesmo.
Rapidamente, ele entrou em sua movimentação e enviou a bola a toda velocidade para o interior, onde a luva de Daichi estava posicionada.
VUUUUSH
DING
O som do bastão fazendo contato ecoou pelo campo, logo antes da bola assobiar pelo chão e entrar na zona de falta.
“Falta”
“Isso aí! Bom trabalho Jorge!”
Manuel bombeou o punho, sentindo seu sangue pulsar.
Apesar de uma falta normalmente não ser algo a ser celebrado, esta certamente era.