Sistema da Liga Principal - Capítulo 368

368: Jogadas de Mestre (2) 368: Jogadas de Mestre (2) DOOOONG
Hiroki balançou com toda a sua força, acertando a bola bem no centro. O som reverberou pela arena, provocando uma onda de aplausos em sequência.

“ORYAHH!”

Ken gritou alto, soando exatamente como o capitão Makoto. Ele não conseguiu se conter após ver a cena familiar de Hiroki mandando uma bomba.

Hiroki riu alto a caminho da primeira base, sentindo a tensão deixar seu corpo. Ele observou a bola voar para o campo direito por um tempo, confirmando que era realmente um home run.

Gustavo começou a ferver no monte, especialmente depois de ouvir Hiroki soltar uma risada. Ele apertou firmemente sua luva e tentou se controlar enquanto observava o cara correr pelas bases.

Assim que viu o cara passar da 2ª base, ele viu um par de olhos encarando-o, fazendo-o congelar no lugar.

Jorge olhou para ele como se fosse um pedaço de lixo na beira da estrada.

Sua raiva perdeu o foco, levando-o a refletir. Sem dizer uma palavra, Jorge conseguiu tirar Gustavo de seu estado mental perigoso e trazê-lo de volta.

Ele enviou um pedido de desculpa silencioso para Jorge antes de tentar se recompor.

O técnico cubano já estava procurando um substituto em suas fileiras, mas se conteve ao ver o jovem recuperar a compostura.

Ficaria muito ruim se ele trocasse seu arremessador titular no primeiro inning, especialmente depois de ele ter lançado apenas 5 arremessos. Seria como jogar a toalha e dar um impulso de moral aos adversários.

‘Vou dar a ele até o final do inning para se recompor.’ Ele pensou internamente enquanto ajustava seu boné.

“Belo acerto Hiroki!” Masayuki estava esperando na home plate pelo cara, mandando-lhe um high five explosivo.

“Haha, obrigado Capitão.”

Ele tinha um grande sorriso no rosto enquanto voltava para o banco. No entanto, ele mudou rápido quando uma chuva de tapas no topo de seu capacete começou.

Ken o enviou um sorriso malicioso enquanto estava ao lado.

“Parece com casa, não é?”

Hiroki congelou no lugar antes de sorrir. Se ele fosse totalmente honesto, ele sentia-se bastante nervoso ao vir para outro país jogar o esporte que amava.

A imitação de Ken do bordão de Makoto e os tapas em seu capacete lembraram-lhe de Yokohama. Provavelmente Ken tinha dito ao time para fazer isso enquanto ele corria pelas bases.

Uma onda de emoção surgiu dentro dele com esse pensamento e ele olhou para Ken sob uma nova luz.

Apesar de mais jovem que ele, Ken às vezes agia como se fosse muito mais velho e mais maduro. Momentos como este lembravam Hiroki de quão consciente e atento Ken era das pessoas ao seu redor.

Seu fluxo de pensamentos foi interrompido enquanto o locutor chamava o próximo batedor para o box.

“Batendo 4º, Catcher, Daichi.”

Daichi entrou na caixa do batedor, seu rosto cheio de determinação. Ele queria se vingar do time cubano que tinha conseguido roubar dois home runs dele anteriormente.

Apesar de ver que o arremessador já havia se acalmado de seu surto anterior, ele sabia que estavam em ótima posição para marcar mais corridas.

Japão estava atualmente liderando por 3-2 e ainda não havia outs no primeiro inning.

Gustavo encarou a pista em direção ao seu catcher, seu rosto agora mostrando nenhuma emoção. Ele acenou com a cabeça no próximo momento, aceitando a liderança.

Ele girou e lançou a bola saindo de seu braço com força.

Os olhos de Daichi inspecionaram o lançamento completamente enquanto ele fazia alguns cálculos mentais.

‘Por fora e baixo, bastante giro. Eu posso acertar!’
Ele identificou facilmente que o lançamento era um slider e plantou seu pé esquerdo antes de balançar largo para alcançar a bola por fora.

DONG
“Tch.”

Daichi clicou sua língua, mas jogou o taco e correu o mais rápido que pôde. A bola voou em direção à cerca de fundo, mas o ângulo e a trajetória não eram altos o suficiente para se transformar num home run.

Na verdade, a bola bateu no fundo da cerca e rolou de volta para o campo na direção de onde o outfielder direito estava esperando.

“Terceira!”

Por alguma razão, ao invés de parar na 2ª base, Daichi acelerou. Ele voou pela segunda base, fazendo bem em não perder seu ritmo enquanto pisava na base.

Até o técnico da terceira base estava surpreso que ele continuasse correndo. Ele observou enquanto a bola era lançada em sua direção, dando rapidamente o sinal para deslizar enquanto observava Daichi se aproximar em alta velocidade.

‘Eu posso conseguir…’
Daichi forçou, removendo todas as distrações de sua mente naquele momento. Ele mergulhou para a frente, impulsionando-se pelo chão em um deslize, esticando-se como se sua vida dependesse disso.

E então ele sentiu. A base e a marcação em seu braço quase ao mesmo tempo.

Tanto Manuel quanto Daichi olharam para o árbitro, que estava a apenas alguns metros da jogada, com os olhos cheios de perguntas.

“S-Seguro!”

O árbitro estendeu os braços para os lados e gritou “seguro” após alguns momentos.

A chamada foi acompanhada por um aplauso do banco do Japão e um gemido de protesto dos jogadores cubanos em campo.

“Você não pode estar falando sério! Não tem como ele estar seguro.” Manuel disse animadamente. Sua grande estatura parecia ameaçadora, mas ele manteve sua distância do árbitro.

Ficou claro que ele tinha muito mais autocontrole que alguns outros no time.

No entanto, o árbitro balançou a cabeça e ignorou o jogador. Uma vez que ele tomou uma decisão, ele não voltaria atrás.

Talvez se essa fosse uma partida da Seleção Nacional Masculina, eles teriam o replay instantâneo disponível, mas esse não era o caso agora.

Daichi soltou um suspiro de alívio enquanto se levantava do chão, certificando-se de manter pelo menos uma parte de seu corpo tocando a base o tempo todo.

Em seguida, enviou um sorriso para Ken que estava caminhando para o campo antes de voltar sua atenção para uma certa garota no banco.

Ken balançou a cabeça e soltou uma risada oca.

‘Que exibido.’