Sistema da Liga Principal - Capítulo 362
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362: Quarto de Hotel (2) 362: Quarto de Hotel (2) Miya ficou em silêncio por um momento, como se estivesse escolhendo suas palavras com cuidado.
“Acho que ainda temos uma boa chance de competir contra esse time. Embora eles tenham Ryan, nós temos uma ameaça similar com Ken no montinho.”
Ao ouvir seu nome ser chamado, as orelhas do Ken se aguçaram.
“Ken não estava jogando no campo externo contra a Coreia do Sul? Você acha que o Técnico Takashi não confia nele? Ou talvez ele ache que falta experiência.” O apresentador perguntou.
“Já pensou que talvez ele esteja guardando Ken para usar nos jogos grandes?” Miya respondeu, com um tom que escondia um pouco de atrevimento.
Ken até gostou do vai e vem entre Miya e o apresentador. Ele se sentia justificado quando ela o defendia, apesar de só ter se encontrado com ela duas vezes antes.
“Cara, eles parecem difíceis de vencer.” Daichi disse, sentindo-se um pouco intimidado pela partida.
Ken não pôde discordar de suas palavras. Provavelmente a pior coisa sobre isso era que o time dos EUA mal parecia estar tentando vencer. Se alguma coisa, parecia como se estivessem jogando uma partida amigável.
“Não tenho certeza se o técnico intencionalmente disse aos jogadores para fazerem isso, ou se é só a maneira como eles jogam. Se for a última opção, podemos ter uma chance. Mas se for a primeira…”
Os olhos de Ken se estreitaram ao ver o técnico aparecer na tela do laptop mais uma vez. Ele ainda não conseguia identificar de onde conhecia essa pessoa, mas só o fato de ele achar que o cara parecia familiar, provavelmente significava que ele era um técnico famoso em sua vida anterior.
“Logo vamos descobrir.” Ken pensou.
Ele fechou o laptop e esticou seus membros cansados.
“Provavelmente deveríamos descansar, o próximo jogo contra Cuba é às 9h da manhã.”
“Sim, boa ideia.”
Ken foi sentar-se na cama, apenas para sentir uma figura embaixo dele. Ele rapidamente se virou para ver Hiroki fingindo estar dormindo na cama dele.
Seus olhos se contraíram de irritação antes dele falar, “Você tem 3 segundos para sair antes que eu chute seu traseiro.”
“1…”
“2…”
“O-Ok ok!” Hiroki pulou da cama em pânico. Ele havia conseguido entrar sorrateiramente na cama do Ken, esperando que este desistisse e pegasse um colchão extra.
Ken suspirou, sentindo-se um pouco culpado.
“Vai pedir na recepção um colchão extra.” Ele disse, fazendo um gesto de dispensa.
Porém, em vez de parecer aliviado, Hiroki engoliu em seco.
“O quê? Não consegue fazer algo tão simples?” Ken disse com irritação.
“Eu-Eu não falo inglês… Você pode fazer isso, irmão mais velho?” Hiroki lhe deu um olhar suplicante, até recorrendo a truques como chamá-lo de irmão mais velho.
“Maldito sem vergonha…” Ken resmungou, caminhando até o telefone.
Logo depois, houve uma batida na porta e um colchão portátil foi entregue por um homem no início dos vinte anos. Não demorou nem 10 minutos e Hiroki e Daichi já estavam dormindo profundamente.
Embora o jogo não tenha durado muito, tinha exigido muito de todos. Sem mencionar que ainda estavam sofrendo um pouco de jet lag.
Ken decidiu seguir o conselho deles e foi dormir também.
***
“Pai, você soube que o Japão deu uma surra na Coreia do Sul no jogo da Copa do Mundo U18 de hoje?”
Um adolescente com cabelo perfeitamente aparado falou depois de passar um lenço em seus lábios. Ele estava sentado em uma grande mesa de jantar com uma variedade de comida colocada cuidadosamente à sua frente.
“Hmm? O que eu te disse sobre assistir esporte?” O homem respondeu, perdendo a maior parte de seu interesse.
Uma expressão exasperada apareceu no rosto do jovem enquanto ele retrucava. “Pai, você não se lembra que nossa família está patrocinando a Copa do Mundo este ano?”
“Ah… Muito bem. Contanto que não afete seus estudos.”
O homem comia com perfeitos modos de mesa, escolhendo diversos pratos e comendo lentamente. Ele era um homem bastante bonito em seus 40 anos sem um único cabelo grisalho na cabeça. Seu rosto estava bem barbeado e parecia bastante jovem apesar da idade.
“Sim pai. Não esqueça que você precisará comparecer às finais pessoalmente.” O jovem o lembrou com um sorriso gentil.
O homem fez uma pausa, mas sua expressão ficou estranha no momento seguinte.
“Querido… Você não precisa ir se não quiser. Daisuke pode ir no seu lugar.” Uma mulher bonita com cabelos escuros e pele branca impecável colocou a mão sobre o braço do homem em um gesto de amabilidade.
Seus olhos se moveram para o adolescente sentado à frente deles, como se esperassem sua confirmação. Se não fosse por algumas rugas que se acumulavam no canto de seus olhos, a mulher facilmente passaria por uma pessoa na casa dos vinte.
“Absolutamente pai, eu ficaria mais do que feliz em ir no seu lugar.”
No entanto, o homem se recuperou logo depois e balançou a cabeça.
“Está bem, todos nós temos um dever com a família. Se seu avô descobrisse que eu me esquivava dos meus deveres, ele se reviraria no túmulo.” Ele disse, dando ao filho um sorriso que não alcançava seus olhos.
“Perdi o apetite.” O homem anunciou antes de se levantar da mesa. Sem mais uma palavra, deixou a esposa e o filho sozinhos à mesa.
Daisuke franziu a testa, fazendo o seu melhor para processar o que acabara de acontecer.
“Mãe, o que foi isso?”
A mulher justa soltou um pequeno suspiro, uma expressão preocupada formando em seu rosto.
“Tanto seu avô quanto seu tio amavam beisebol. Eles jogavam juntos com frequência muitos anos atrás quando seu pai tinha a sua idade. Mas agora que eles se foram, só de mencionar o nome traz de volta tais memórias.”
Daisuke assentiu. Ele não entendia muito, mas podia sentir que seu pai estava triste com a menção ao beisebol.
“Então por que patrocinamos essa Copa do Mundo se o pai é sensível ao beisebol?” Ele perguntou.
A mulher soltou um pequeno suspiro antes de explicar brevemente a situação de seus negócios para o adolescente.