Sistema da Liga Principal - Capítulo 14
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14: Dizendo ao Técnico (2) 14: Dizendo ao Técnico (2) “Quer me dizer o motivo? Ou você espera que eu adivinhe?” Técnico Yoshida perguntou, ainda observando seus óculos.
Ken hesitou por um momento. Ele havia pensado em várias desculpas que poderiam possivelmente render o resultado desejado, mas não podia prever qual seria a reação do técnico. Então ele optou pela mais simples.
“Meu ombro direito está machucado.” Ele disse simplesmente, mantendo a expressão facial neutra.
O Técnico deu um pequeno pulo ao ouvir essas palavras, quase deixando cair os óculos que estava limpando. A veia na sua testa de repente desapareceu e ele olhou para Ken com choque e preocupação.
“O quê!? Como você se machucou? Você já foi ao médico?” Ele disparou uma série de perguntas rapidamente, uma após a outra, mas o fato é que ele perguntava por preocupação.
“Meu médico me disse que eu não posso arremessar por um ano. Ele disse que se eu não der tempo suficiente para meu ombro se curar e crescer, eu posso acabar com uma lesão debilitante pelo resto da vida.”
Essas palavras tinham um pouco de verdade misturada nelas. Embora ele ainda não tivesse ido ao médico nesta vida, ele havia visto um no ensino médio após se machucar. O médico disse que seu corpo em crescimento e seus músculos não podiam acompanhar sua forma agressiva de arremesso.
Toda vez que ele arremessava, ele estava desgastando seus músculos e tendões, que ainda estavam crescendo devido à sua idade.
Técnico Yoshida franziu o cenho ao ouvir as palavras, mas ele não parecia bravo, apenas um pouco decepcionado. No entanto, no momento seguinte ele sorriu.
“Você fez bem em me contar, Ken. Julgando pelo seu caráter, eu pensei que você esconderia isso de mim e se forçaria a arremessar.”
Ken se sentiu amargo com essas palavras. Ele estava realmente considerando fazer isso até ser forçado a aceitar a missão do sistema.
Ele assentiu, “Então eu estava pensando, talvez você possa me mover para a primeira base? Eu não precisaria arremessar muito, ou mesmo nada.”
O Técnico riu alto, quase soltando uma gargalhada. “Olha Ken. Embora você seja um ótimo arremessador, você tem muitos outros problemas que não posso ignorar agora. A menos que você de repente se torne um excelente rebatedor, não há como colocá-lo na primeira. Não seria justo com os outros.”
“Mmm.” Ken assentiu, ele achava que essa seria a resposta. No entanto, ele não estava desanimado.
“Ok, obrigado Técnico. Me dê algumas semanas e vou trabalhar na minha rebatida.” Ele disse, um sorriso aparecendo em seu rosto.
Antes que o técnico pudesse responder, Ken virou-se e saiu do escritório da faculdade com um passo animado, deixando Souta Yoshida olhando fixamente para suas costas.
“Algumas semanas? Bah, essa juventude de hoje.” Técnico Yoshida balançou a cabeça, lamentando a confiança infundada dessa geração. No entanto, um sorriso se formou em seus lábios um momento depois.
Ken saiu do escritório e foi em direção à entrada principal da escola, com a intenção de chegar em casa cedo para começar a trabalhar nas tarefas da missão. Correr era o exercício que ele menos estava ansioso para fazer.
No entanto, enquanto saía da entrada principal, ele de repente viu Daichi caminhando pelo lado de fora do prédio. Ele franziu a testa, sem ter certeza do que seu amigo estaria fazendo em tal lugar.
Deixando sua curiosidade tomar o melhor de si, Ken seguiu seu amigo, espiando pela esquina.
“Pepsi? Eu pedi Coca, que diabos você acha que isso é, hein?”
“I-Isso era tudo que tinha na máquina.”
“Você ouviu isso? O rostinho de bebê está respondendo para mim.”
Thud! Bang!
Daichi estava curvado com as mãos cobrindo a cabeça enquanto dois garotos lançavam socos e chutes em seu corpo indefeso. Ele não gritou quando os golpes acertaram, escolhendo levar a punição em silêncio.
Os olhos de Ken se arregalaram ao ver a cena, antes que uma onda de fúria se espalhasse por seu corpo. Sem pensar, ele correu em alta velocidade até os dois que estavam desferindo golpes em Daichi.
Ele bateu seu ombro nas costas do valentão mais próximo, fazendo seu pescoço pular para trás antes de ser enviado ao chão com dor.
O outro valentão virou o corpo, apenas para ver um punho voando em direção ao seu rosto do nada.
Crunch!
O garoto caiu no chão, sentindo uma dor lancinante em seu nariz agora quebrado.
“V-Você quebrou meu nariz”
“Eu vou quebrar suas bolas se você não sumir daqui agora” Ken cuspiu, fazendo um movimento de pisar com o pé.
“E-Eeeek!” O garoto gritou como uma menina, antes de pegar seu amigo e sair correndo.
“É melhor eu não ver vocês intimidando meu amigo, senão vou quebrar seu nariz de novo!” Ken gritou para os dois valentões fugitivos.
Daichi, que estava na posição defensiva de tartaruga, foi ajudado a levantar por Ken, seu rosto cheio de uma mistura de emoções.
“P-Por que você me ajudou?” Ele perguntou. Ele parecia estar à beira das lágrimas.
Ken apenas sorriu e passou o braço pelos ombros largos de Daichi. “Que tipo de pessoa ficaria sentada observando seu melhor amigo sendo espancado por alguns valentões?”
“M-Melhor amigo?” Daichi gaguejou, antes que a represa se rompesse. Lágrimas começaram a inundar seus olhos enquanto ele chorava todas as suas mágoas.
“Me desculpe, Ken.” Ele fungou, tentando se recompor. “Eu não quis ser rude com você. É só que todo amigo que eu tenho sempre sofre bullying onde quer que eu vá. Eu não queria que você passasse pelo mesmo que eu.”
Ken franziu a testa. Ele nunca tinha ouvido falar de Daichi sendo intimidado antes, especialmente durante o ensino médio. Será que foi por isso que ele se mudou de Fukushima? Por causa do bullying?
No entanto, ele não teve chance de pensar mais quando ouviu uma voz profunda chamá-los.
“Vocês dois. Venham comigo ao escritório do diretor.”
“Ah droga.”