Sistema da Liga Principal - Capítulo 1036
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Capítulo 1036: Chapter 2: Test Drive
Mais tarde naquela noite, Ken chegou de volta em casa com os outros dois. Depois de praticarem sozinhos por um tempo, eles participaram do treino da equipe, apesar de as coisas estarem leves. Como estavam no meio de uma série extenuante, a equipe técnica não queria cansá-los.
No entanto, a expressão de Rohan estava sombria.
“Anima, cara, Ken claramente teve um avanço, não há razão para se martirizar.” Daichi disse, dando-lhe um tapinha no ombro, consolando-o.
Rohan resmungou, “Ele me acertou mais de 20 home runs… Como posso me recuperar disso?”
“Não foi como se fosse uma competição, não sei por que você está tão abatido.” Ken respondeu de forma despreocupada. Ele, por outro lado, estava de ótimo humor. Afinal, Rohan não era um fracote.
“Como você pode dizer isso? Você também é arremessador, certo? Você não tem orgulho também?” Rohan apelou.
Ken ponderou por um momento antes de responder, “Você está certo, eu tenho orgulho. Mas eu nunca deixaria alguém me acertar 20 home runs.” Ele disse, dando um tapinha no outro ombro de Rohan com uma risada.
Tudo o que recebeu em troca foram mais resmungos.
“Ainda assim, não sei o que você mudou… É como se você fosse um jogador completamente diferente agora. Seu swing está suave e não há movimentos desperdiçados, honestamente é um dos melhores que já vi.” Daichi comentou, passando a mão no queixo nu.
“Obrigado, irmãozinho.” Ken disse com um sorriso.
A habilidade Calibração Perfeita era responsável por limpar sua forma de rebatida, mas seria o mesmo quando ele começasse a arremessar. Havia também o Elixir de Fisicalidade Grau L que ele precisava tomar naquela noite.
‘Este nem é meu estágio final…’ Ken pensou, seu sorriso ficando ainda maior.
“O jantar estará pronto em breve.” A voz de Yuki veio da cozinha.
“Você não precisa cozinhar, mãe, sempre podemos pedir algo se quiser uma folga.” Ken lhe disse. Embora apreciasse toda a ajuda dela, ele não queria que sua mãe sentisse que precisava cozinhar todas as refeições.
No entanto, ele imediatamente se arrependeu de suas palavras.
“Você não gosta da minha comida?” Yuki perguntou perigosamente, com as mãos nos quadris.
“E-eu nunca disse isso…” Ken gaguejou.
“Então pare de reclamar e sente-se enquanto eu termino de cozinhar.” Ela bufou, rapidamente o ignorando.
Ken ouviu algumas risadas de Daichi e de seu pai por perto.
“Eu pensei que você fosse mais esperto que isso, meu garoto.” Chris disse, dando-lhe um sorriso, “Você não sabe que enquanto houver uma cozinha, sua mãe será atraída por ela?”
“Sim, essa foi minha culpa.” Ken admitiu.
“Mesmo nas férias, tentei reservar lugares sem cozinha, mas sua mãe sempre fica irritada. Eu aprendi a simplesmente deixar passar.”
Chris parecia bem relaxado. Parecia que seu novo estilo de vida aposentado lhe caía perfeitamente.
“Como está indo o swing de golfe?” Ken perguntou, sentando-se à mesa ao lado de seu pai.
Chris congelou, sua expressão relaxada se tornando tensa. “Está… indo.”
“HAHAHA, seu pai ainda é péssimo no golfe.” Tetsu interveio, rindo de forma obstrusa.
“Pelo menos eu não acertei aquele velho na nossa frente ontem.” Chris disse, se defendendo.
“Você não conseguiria nem acertar o lado de um celeiro, velho!” Tetsu respondeu, seu forte sotaque kansai aparecendo mais do que o normal.
Os dois se encararam por um tempo, uma clara tensão entre eles. Só quando Chris soltou um suspiro exagerado e se recostou na cadeira, as coisas voltaram ao normal.
Pelo menos até ele abrir a boca de novo.
“Eu nunca vou entender como uma garota tão doce é sua filha.” Chris disse, balançando a cabeça.
“Hã!? O que você tá dizendo?” Tetsu retrucou, estufando o peito.
“Nada demais, só que você não tem a graça da sua esposa e filha.” Ele respondeu, dando de ombros.
Embora as palavras não fossem exatamente falsas, Tetsu rebateu. “Bem, como seus filhos são atletas tão talentosos quando você nem consegue balançar uma maldita taco de golfe direito.”
O silêncio tomou conta da tabela enquanto os dois se encaravam.
“Tá bom, acho que já é o sufi—” Ken disse, mas foi logo interrompido.
“Seu bastardo, são esportes completamente diferentes! Me dá um taco e vou te mostrar como posso bater forte.” Chris gritou, inclinando-se sobre a tabela.
Tetsu então retrucou e os dois começaram a gritar como crianças um com o outro.
Ken soltou um suspiro, parecia que seu pai não estava tão relaxado na aposentadoria quanto ele pensava.
“Vocês dois…” Yuki e Naomi apareceram ao lado de seus respectivos maridos. A primeira segurava um rolo de massa, batendo uma ponta na palma da mão enquanto a segunda fazia o mesmo com uma colher de pau.
Parecia que as duas mulheres tinham tido o suficiente.
“Se vocês dois idiotas continuarem brigando, não nos culpem por botar juízo na cabeça de vocês.” Yuki disse, com um tom gélido.
Tanto Tetsu quanto Chris compartilharam um olhar breve antes de assentirem. Como se já tivessem combinado, ambos estenderam as mãos e se desculparam por suas palavras.
Só então as duas mulheres ficaram satisfeitas.
A cena foi bastante divertida, mas Ken não sabia como se sentir. Chris voltou a parecer relaxado, seus olhos percorrendo o papel à sua frente enquanto Tetsu estava no telefone.
“Eles são realmente bons amigos.” Ai inclinou-se e sussurrou para ele.
Os olhos de Ken se arregalaram de incredulidade. Ele acabara de ver os dois discutindo como um bando de crianças, mas eles supostamente eram bons amigos?
“Sei que é difícil de acreditar, mas acho que ambos podem ser tsundere…”
“Tsun Tsun? Sem chance…” Ken parecia ter tido sua mente explodida enquanto olhava entre os dois homens mais velhos. Era isso mesmo que estava acontecendo?
“Uma vaga acabou de abrir às 9h no Rouge Park, você tá dentro?” Tetsu perguntou, sem nem levantar o olhar.
“Hã? Por que eu iria querer fazer isso?” Chris disse, olhando brevemente por cima do papel. No entanto, sua expressão mudou um momento depois, “Acho que vou, seria indelicado recusar.”
“Mas não entenda errado… Só estou indo porque não quero ser grosseiro.” Chris estipulou.
“Hã? Bem, só estou indo porque preciso testar meus tacos novos.” Tetsu afirmou, desviando o olhar.
Ken piscou algumas vezes, incrédulo. Será que seu pai sempre foi um Tsundere?
[1] Um “tsundere” é um termo japonês para um arquétipo de personagem, particularmente em anime e mangá, que inicialmente parece severo, frio e até rude, mas gradualmente revela um lado mais afetuoso e caloroso, especialmente em relação ao seu interesse amoroso. O termo é derivado de “tsun tsun” (significando “indiferente, afastado”) e “dere dere” (significando “de maneira carinhosa”)