Sistema da Liga Principal - Capítulo 1021
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Capítulo 1021: Noite dos Brothers (1)
Os dois ficaram assim por um tempo nas gaiolas de rebatidas vazias. Não havia vergonha, eram apenas dois homens se abraçando, apoiando-se mutuamente à sua maneira.
Era quase como se eles tivessem voltado no tempo para quando se conheceram, quando Daichi estava tão vulnerável. Como naquela época, Ken estava cuidando dele, apenas querendo o melhor para seu irmãozinho.
Um suspiro veio de perto, assustando Ken e Daichi. Eles se viraram, apenas para ver um rosto familiar olhando para eles, com a boca aberta de maneira exagerada.
Ken soltou um gemido para si mesmo.
“V—Vocês dois…”
Ken conhecia Steve bem o suficiente para saber que as próximas palavras que sairiam de sua boca seriam algo ridículo, então ele falou antecipadamente, interrompendo-o.
“Eu juro, se você disser algo como ‘Vocês dois estão tendo um caso?’ Eu vou enfiar este taco tão fundo no seu traseiro que você só vai sentir gosto de bordo pelo resto da sua vida.” Ken disse seriamente.
O corpo inteiro de Steve estremeceu enquanto Daichi, que tinha se virado para enxugar as lágrimas do rosto, soltou uma risada audível.
“Cara… Que falta de consideração.” Steve bufou, “Achei que vocês estivessem fazendo alguma coisa entre irmãos, então vim me juntar a vocês. Mas aqui vejo vocês se abraçando sem mim… Que falta de consideração.”
“Hein?”
“Seu amigo está bem da cabeça?” Daichi perguntou em Japonês.
Ken balançou a cabeça, “Kare wa bakada.[1]”
Daichi assentiu, concordando com o sentimento.
Ouvindo os dois falando em Japonês, Steve bufou. “Estou preparado para perdoar vocês. Só me dêem um abraço de irmão, 10 segundos de você, Ken, e você…” ele olhou para Daichi brevemente antes de torcer o nariz, “deixa pra lá, não quero ranho na minha camisa.”
“O quê?” Ken piscou algumas vezes em confusão, sem saber como chegaram a esse ponto.
“Vamos lá.”
Enquanto Ken caminhava em direção a Steve, os olhos do cara se iluminaram e ele abriu os braços, com um sorriso nos lábios. “Eu sabia que você viria.”
No entanto, Ken passou direto por ele com Daichi a reboque, deixando o cara isolado, com os braços separados, esperando um abraço. Se Tara estivesse aqui para ver a cena, ela poderia só enterrar a cabeça de vergonha para sempre.
“Ahem… Para onde estamos indo?” Como se percebesse que não iria conseguir o que pediu, Steve rapidamente mudou de assunto, pigarreando para suprimir a vergonha.
Essa era uma de suas virtudes, a capacidade de seguir em frente rapidamente.
“Já são 21h e temos um voo amanhã.” Ken afirmou, “além disso, já foi um longo dia.”
“Eh? Vocês nem jogaram hoje à noite, o que quer dizer com já foi um longo dia?” Steve reclamou, sua voz ligeiramente chorosa.
Ouvindo isso, Ken percebeu que Steve não estava errado. Embora ele quisesse voltar para casa e entrar no Treinamento de Imagem antes de dormir esta noite, talvez não fosse a pior ideia levar Daichi para algum lugar.
No entanto, ele não queria pressionar seu irmão.
“Estou com vontade de fazer um Karaokê.” Daichi disse, lançando um sorriso para Ken.
“Oho, você tem bom gosto. Eu vi um lugar assim quando saí outro dia. Eles têm salas privadas para você não se preocupar com pessoas te filmando.” Sugeriu Steve.
“Existe Karaokê sem salas privadas na América?” Ken arqueou uma sobrancelha.
Até Daichi parecia chocado. A ideia de se apresentar na frente de um monte de pessoas aleatórias soava horrível, no mínimo.
“Hmm? Normalmente é assim que se faz, na frente dos outros frequentadores do bar. Eles fazem diferente no Japão?” Perguntou Steve curiosamente.
O trio conversou de um lado para o outro e decidiu ir ao Bistrô Karaokê que Steve sugeriu. Enquanto passavam pelo velho atrás do balcão, viram que ele estava ocupado contando notas de cem dólares.
“Hehe, ganhei um mês de salário em uma noite…”
“Velho, estamos indo embora agora, então você pode fechar o lugar.”
“Oh, que doce. 2000 dólares por mal uma hora de hora extra, muito obrigado.” Ele lançou um sorriso para o trio e guardou seu dinheiro antes de se levantar da cadeira.
“2000? Eu só dei mil para ele.” Disse Steve, coçando a cabeça em pensamento.
“Aquele bastardo escorregadio…” Daichi murmurou.
Aconteceu que o cara tinha aceitado subornos tanto de Daichi quanto de Steve, conseguindo para si um maço de dinheiro sem fazer absolutamente nada.
“Hmm?” Ken estava completamente alheio à situação.
O trio saiu das gaiolas de rebatida e chamou um táxi, pretendendo ir ao Bistrô Karaokê. Como o destino quis, o mesmo motorista de táxi os pegou.
“Ken, Daichi! Que surpresa ver vocês de novo. Deve ser minha noite de sorte.” O cara exclamou.
“É bom ver você de novo, senhor.” Ken respondeu dando-lhe um sorriso caloroso antes de entrar no banco de trás ao lado de Daichi.
Steve tentou deslizar para o banco de trás também com os outros dois, mas foi bloqueado por Daichi. “Sente-se na frente, está muito apertado aqui atrás.”
Steve franzou a testa, mas percebeu que não tinha escolha. Ele soltou um suspiro e entrou no assento do passageiro, colocando seu cinto de segurança.
“Eu não me importo para onde vocês estão indo, não vou deixar vocês pagarem desta vez.” Disse o motorista de táxi, marcando posição. Parecia que aceitar a bola assinada e as duas gorjetas caras já era demais para ele.
“Éh? Por que você está nos dando uma corrida grátis?” Steve perguntou curioso.
“Oh, ambos assinaram esta bola para meu filho. Ele vai valorizar isso pelo resto da vida.” Disse o motorista, entregando a bola para Steve.
“Oh, legal.” Sem uma palavra, Steve pegou a caneta no console central e assinou o outro lado da bola antes de devolvê-la ao homem, “Aqui, agora vale ainda mais.” Disse com um sorriso.
No entanto, o homem parecia horrorizado.
“O—O que diabos você está fazendo!? Como você se atreve a arruinar a bola do meu filho!”
[1] Ele é um idiota