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  3. Capítulo 607 - 607 NUNCA MAIS 607 NUNCA MAIS PONTO DE VISTA DE ARIANNE
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607: NUNCA MAIS 607: NUNCA MAIS PONTO DE VISTA DE ARIANNE
Luta!

A palavra ecoou em minha mente, alta e imperativa. Meus olhos se abriram de repente, e o quarto se transformou ao meu redor. A opressiva escuridão foi substituída por uma luz cegante e abrasadora.

O fogo na distante lareira rugiu para a vida. Suas chamas subiam cada vez mais alto até lamberem o teto, lançando sombras selvagens e dançantes pelas paredes.

“Arianne!” Uma voz familiar de repente chamou.

Minha respiração se tornou pesada enquanto eu olhava ao redor. Um rosto se inclinou sobre mim, mas estava embaçado e escuro, tão escuro. Não, não, não, eu preciso sair. Preciso sair daqui! Preciso voltar para minha família.

Levantei-me da cama, gemendo de dor enquanto caía no chão. Mãos se estenderam para mim, mas eu as afastei.

“Arianne, pare!” a voz chamou novamente, firme mas desesperada.

Sacudi a cabeça violentamente, recuando até meus ombros baterem na parede. Minha respiração era errática, cada arfada escapando dos meus lábios como fogo. As chamas da lareira dançavam selvagemente, projetando sombras sinistras que faziam o quarto parecer um pesadelo distorcido.

“Afaste-se de mim!” Eu gritei, minha voz crua e trêmula. Pressionei as mãos no chão, o calor das chamas aquecendo a pedra sob meus dedos. “Não posso ficar aqui. Tenho que voltar para eles. Eu tenho que—”
A figura se agachou, mãos levantadas em um gesto de paz. “Arianne, olhe para mim.”

Eu me esforcei para enxergar, minha visão oscilando entre o brilho do fogo e a escuridão ameaçadora prestes a me arrastar para baixo. Devagar, dolorosamente, o rosto começou a tomar forma. Linha da mandíbula forte, olhos penetrantes, um rosto que eu havia sonhado por meses nesse tormento sem fim.

“Ivan?” Eu sussurrei, minha voz falhando.

Ele assentiu, seu rosto torcido em angústia. “Sou eu, Arianne. Estou aqui. Você está segura agora. Por favor, pare de lutar. Você está livre.”

Suas palavras não registraram imediatamente. Eu balançava a cabeça, meu corpo tremendo enquanto eu tentava diferenciar a realidade dos pesadelos sufocantes que me atormentavam há meses. “Não, não, eu não posso estar livre. As Parcas… os espectros… as lâminas… eles virão por mim. Eu tenho que continuar. Eu tenho que lutar.”

Ivan se aproximou, suas mãos segurando gentilmente meus ombros. Seu toque era quente, aterrador. “Acabou, Arianne. Você não está mais naquele lugar. Eu te encontrei. Você está segura.”

Lágrimas embaçaram minha visão enquanto eu olhava em seus olhos. Não havia engano ali, nenhuma maldade—apenas amor e dor, o tipo que refletia o meu próprio.

“Eu… eu não sei como parar,” eu admiti, minha voz mal audível.

Ivan me puxou para seus braços, seu abraço sólido e tranquilizador. “Você não precisa parar, Arianne. Você só precisa deixar eu te ajudar. Deixe a gente te ajudar.”

Pela primeira vez em uma eternidade, me permiti relaxar contra ele, meu corpo sacudindo com soluços. Sua mão alisava meu cabelo enquanto ele sussurrava palavras calmantes que eu não conseguia identificar.

O fogo na lareira diminuiu, o quarto ficando silencioso exceto pelo som da minha respiração ofegante e o batimento cardíaco constante do Ivan.

Eu não estava livre—ainda não. Mas pela primeira vez, acreditei que poderia estar.

Os gêmeos! De repente lembrei, “Eu tenho que ver os gêmeos, eles estão em perigo, eles estão…”

“Os gêmeos estão bem. Logo que você voltou, eles se recuperaram. Estão bem.” Ivan me assegurou mas deve ter visto algo nos meus olhos que dizia que eu não estava convencida, porque ele gentilmente me ajudou a levantar pelos pés, “Podemos ir vê-los!”

As palavras do Ivan me deram um lampejo de esperança, mas meu coração se recusou a acreditar completamente. Eu tinha visto demais, suportado demais. Minhas pernas estavam fracas enquanto ele me ajudava a ficar de pé, seu apoio firme me mantendo ereta.

“Vamos lá,” ele disse suavemente, sua voz um bálsamo calmante para os meus nervos desgastados. “Eles estão esperando por você.”

Eu tropecei enquanto tentava andar, meu corpo protestando a cada passo, mas o Ivan ficou ao meu lado, seu braço ao redor da minha cintura, me guiando. O corredor do lado de fora do quarto parecia impossivelmente longo, cada sombra nas paredes de pedra ameaçando tomar vida. Eu agarrava o braço de Ivan fortemente, meio esperando ouvir os uivos de espectros sombrios ou o sibilar de lâminas voando.

Quando finalmente chegamos às portas do quarto deles, meu coração batia forte no peito. E se eles não estivessem bem? E se as Parcas tivessem mentido?

Ivan deve ter sentido minha hesitação porque pausou, suas mãos descansando em meus ombros. “Arianne, olhe para mim.”

Eu olhei, meu olhar fixo no dele. Seus olhos eram firmes, preenchidos com uma determinação inabalável. “Eles estão seguros. Estão esperando por você. Confie em mim.”

Assenti, engolindo em seco enquanto ele empurrava as portas abertas.

O quarto estava aquecido, cheio de luz suave das muitas lanternas espalhadas ao redor. E lá, na cama, estavam os gêmeos. Cyril e Caeden.

“Mãe!” Cyril exclamou, seu rosto se iluminando ao me ver.

Caeden, sempre o mais quieto, apenas sorriu, seus olhos se enchendo de lágrimas enquanto estendia a mão para mim.

Eu não me importava com a dor nas minhas pernas ou a dor no meu coração. Atravessei o quarto o mais rápido que pude e caí de joelhos ao lado deles, puxando-os para meus braços.

“Vocês estão bem,” eu sussurrei, minha voz falhando. “Vocês dois estão bem.”

Cyril assentiu vigorosamente. “Estamos bem agora, mãe. Só precisávamos que você voltasse.”

Caeden enterrou seu rosto no meu ombro, sua voz abafada mas cheia de convicção. “Você nos salvou, mãe.”

Lágrimas escorreram pelo meu rosto enquanto eu os abraçava mais forte, meu coração finalmente começando a se sentir inteiro de novo. Ivan ficou silenciosamente atrás de nós, sua presença um âncora reconfortante.

“Oh meus lindos bebês!” Eu soluçava, beijando seus rostos onde quer que eu pudesse alcançar. “Eu senti sua falta demais. Eu pensei—eu pensei que talvez nunca mais visse vocês de novo.”

Cyril e Caeden se agarraram a mim, suas pequenas mãos segurando firmemente. “Estamos aqui, mãe,” Cyril disse, sua voz embargada pela emoção. “Nunca mais vamos te deixar ir.”

As lágrimas de Caeden juntaram-se às minhas enquanto ele pressionava o rosto no meu ombro. “Nós estávamos tão assustados, mãe,” ele sussurrou. “Mas agora você está de volta, e tudo vai ficar bem.”

Eu os abracei ainda mais forte, o medo e o alívio se misturando em meu coração. “Eu nunca vou deixar vocês de novo,” prometi, minha voz trêmula. “Não importa o quê—nada nunca vai me tirar de vocês de novo.”

Ivan então avançou, sua mão descansando no meu ombro. “Você conseguiu, Arianne,” ele disse baixinho. “Você encontrou um caminho de volta para nós.”

Olhei para cima, minhas lágrimas se misturando com um sorriso trêmulo. “Por eles,” eu disse, minha voz engasgada. “Por você, por todos nós.”

Ivan me puxou para seus braços, nos segurando juntos enquanto encontrávamos nosso caminho de volta da escuridão. “Estamos todos juntos agora,” ele murmurou, sua voz carregada de emoção. “Isso é tudo que importa.”

“Sim, sim, isso é tudo que…” De repente houve um alto zumbido na minha cabeça.

Eu retorci de dor enquanto me afastava dos gêmeos que me olhavam com uma ansiedade estampada em seus rostos, incluindo Ivan.

“Mãe, você está bem?” Caeden perguntou, mas sua voz soava distorcida.

“Mãe!” Cyril gritou e de alguma forma isso fez a dor de cabeça piorar.

Minha visão se tornou embaçada por um momento, mas eu pude perceber Ivan se levantando e andando diretamente em minha direção.

“Arianne, você está bem?” Ele me perguntou.

Abri a boca para falar, mas minha visão subitamente escureceu e a próxima coisa que eu sei é que eu estava caindo.

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