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  3. Capítulo 577 - 577 NA CAVERNA 577 NA CAVERNA PONTO DE VISTA DE AZAR
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577: NA CAVERNA 577: NA CAVERNA PONTO DE VISTA DE AZAR
Eu olhava para baixo na direção da caverna escura, minha respiração saindo em baforadas irregulares, o ar frio mordendo minha pele. Foram dias para alcançar este ponto, escalando rochas irregulares e navegando pelos caminhos traiçoeiros que já haviam engolido grupos inteiros de exploradores. E agora eu estava na entrada, o peso da minha decisão pesando sobre mim.

A boca da caverna se abria como um vazio, uma mandíbula que ameaçava devorar qualquer tolo que ousasse entrar. Eu tinha ouvido as histórias—sobre as coisas que dormiam sob a terra, sobre os poderes que poderiam ser despertados com as invocações certas, e o tolo que se atreveu a chamá-los. Hoje, eu era esse tolo.

“Você tem certeza de que este é o lugar certo?” Perguntei sem desviar o olhar da caverna, a escuridão me puxando como um convite silencioso.

“Sim, meu Senhor,” a voz de Thea soava rouca, desgastada pelo esforço da magia negra. Sua presença atrás de mim era quase fantasmagórica, um lembrete silencioso de que o caminho que eu havia escolhido não era facilmente reversível. Ela foi minha guia, minha orácula, embora o esforço em seu corpo fosse aparente. Seus dedos tremiam ligeiramente enquanto segurava o mapa, agora chamuscado nas bordas pelos feitiços que ela havia tecido para nos trazer até aqui.

Engoli o nó que se formava em minha garganta e me aproximei da entrada da caverna, meus olhos forçando para penetrar a negritude impenetrável. O ar estava espesso com um cheiro que eu não conseguia identificar, algo antigo e em decomposição, como se o próprio tempo tivesse apodrecido lá dentro.

Me virei para olhar um dos soldados mortos-vivos ao meu lado. “Você tem certeza de que é aqui que Nyana está enterrada?”

O soldado não respondeu, apenas ficou lá, olhando para frente com olhos vazios através da máscara branca como osso que cobria seu rosto decadente. Eu suspirei. O que eu esperava? Eles não falam. Eles apenas ficam lá, esperando—sempre esperando—pacientes pelo próximo comando que os enviará de volta para a escuridão ou rasgando carne com uma única palavra.

“É, meu senhor,” Thea sussurrou ao meu lado, sua voz rouca pelo esforço de manter a magia viva. Sua pele estava pálida, o tributo das artes das trevas evidente na maneira como ela tremia. Ela gesticulou em direção à caverna com uma mão trêmula. “O que é necessário agora é apenas o sacrifício.”

Eu fiz uma careta, olhando para a entrada da caverna à frente. Ela se erguia como uma mandíbula pronta para me engolir inteiro, o ar ao redor grosso com decomposição e magia tão antiga que se infiltrava no próprio solo em que estávamos. O cheiro de podridão era avassalador, mas não era o odor que revirava meu estômago—era o que me aguardava lá dentro.

Nyana, a deusa da escuridão, a mais poderosa capaz de aniquilar qualquer coisa e qualquer um que se colocasse em seu caminho. Até os deuses mesmos têm medo dela, e foi por isso que se aliaram a Artiana para prendê-la. Mas aqui estava eu, tentando acordá-la.

“Então que tipo de sacrifício?” Perguntei, embora eu já soubesse a resposta. Meus dedos flexionaram ao meu lado, traçando o cabo da adaga presa ao meu cinto.

Os olhos escuros de Thea encontraram os meus, ocos e cansados, mas brilhando com determinação. “Uma vida, é claro. Magia de sangue, antiga como a terra. O túmulo não abrirá a menos que seja alimentado. Mas de quem será a vida que usaremos?”

Sorri, embora não chegasse aos meus olhos. “Obrigado por seu sacrifício.”

Thea piscou, confusão passando por seu rosto enquanto ela processava minhas palavras. “Meu senhor, o quê—?”

Ela não teve a chance de terminar. Eu avancei com um movimento rápido, dirigindo meu pé ao seu peito. A força a jogou para trás, seus olhos arregalados de horror enquanto ela caía na boca da caverna.

Seu grito rasgou o ar, ecoando pelas paredes da caverna enquanto ela desaparecia no abismo abaixo. O som foi engolido pela escuridão quase tão rapidamente quanto veio. Por um momento, tudo estava parado.

Eu fiquei na borda da caverna, olhando para o vazio negro que acabara de reivindicá-la. O chão sob meus pés tremia levemente, como se a própria terra tivesse sentido a mudança, a oferta. Respirei fundo, o ar espesso com magia, antigo e potente.

A magia de sangue sempre foi imprevisível, mas nunca estava errada sobre uma coisa: um sacrifício tinha que ser significativo. E Thea, que sua alma seja abençoada, tinha sido tão devotada, tão certa de que estávamos do mesmo lado. Sua lealdade a tornou perfeita—demais para ser desperdiçada em algo menor do que isso. Sua vida abriria o túmulo, e eu seria quem colheria a recompensa.

A caverna parecia respirar, a boca se alargando enquanto as pedras se moviam, gemendo sob o peso do poder que agora pulsava dentro. O ar ficou mais frio, quase gelado, enquanto o solo começava a rachar, pequenas fissuras se espalhando para fora da entrada.

Eu recuei, observando enquanto o ritual tomava forma. O sangue de Thea havia sido derramado, sua força vital absorvida pela magia antiga que estava adormecida por séculos. Sua essência se infiltrava nas rachaduras, desaparecendo na pedra abaixo, alimentando o que quer que estivesse nas profundezas da caverna.

Aos poucos, o tremor se tornou mais violento. O chão sacudiu, poeira e detritos caindo do teto enquanto o túmulo lá dentro da caverna começava a se agitar. Eu poderia ouvi-lo agora—um ronco baixo, profundo e gutural, como o grunhido de uma fera despertando de um longo sono.

Eu tinha conseguido.

O preço havia sido pago.

O sacrifício de Thea não foi em vão, embora eu duvidasse que ela teria apreciado a ironia.

Guardei a adaga ao meu lado e me aproximei da entrada, meu coração acelerando com uma mistura de antecipação e medo. Era isso que eu tinha vindo buscar, o que eu havia planejado o tempo todo. Poder além da compreensão. A criatura selada dentro do túmulo se levantaria, e com ela, o mundo seria meu para remodelar.

O ronco ficou mais alto, e das profundezas da caverna, eu vi—fraco no início, como um lampejo de luz na escuridão. Mas então ficou mais brilhante, mais intenso, até que toda a caverna foi banhada em um brilho sinistro, verde e doentio, lançando longas sombras pelas paredes irregulares.

O túmulo havia se aberto.

E o que quer que estivesse dentro, estava despertando.

***
PONTO DE VISTA DE ARIANNE
Tuck e eu cavalgamos por dois dias e duas noites, parando apenas para descansar um pouco, mas depois disso, voltamos à estrada, minha mente focada em um único objetivo: sair de Eragon. A neve, implacável em sua fúria, nos castigava, cada rajada um lembrete dos perigos que enfrentávamos. Meu corpo doía com o frio, mas Tuck—forte e estável—nunca vacilou, avançando pela tempestade a cada passo determinado.

As montanhas se erguiam à frente, picos irregulares desaparecendo na brancura giratória da tempestade. Eu tinha que confiar que meu senso de direção não estava me falhando. O peso da viagem pesava sobre meus ombros enquanto subíamos mais alto, os dedos gélidos do vento mordendo cada centímetro exposto de pele, apesar da máscara protegendo meu rosto.

Finalmente, depois do que pareceu uma eternidade, alcançamos o topo. A vista, obscurecida pela tempestade, era apenas uma névoa de branco. O vento uivava, assobiando por nós, e eu sabia que não poderíamos continuar assim—não com Tuck. Ela tinha dado o seu melhor, sua pelagem encharcada, sua respiração saindo em baforadas visíveis contra o ar congelante. Ela era uma boa égua, leal até o fim, mas até Tuck tinha seus limites.

“Acho que aqui é onde nos separamos, garota.” Murmurei, minha voz quase inaudível contra o estrondo do vento. Eu acariciei seu pescoço, grata por sua força, mas eu sabia que a próxima parte da viagem seria minha e somente minha. “Não podemos ir mais longe juntos.”

Deslizei de suas costas, minhas pernas rígidas e instáveis pela cavalgada. O frio era pior a pé, cada passo pela neve afundando mais do que eu esperava. A ascensão da montanha seria quase impossível para Tuck, e embora doesse me separar dela, eu não tinha escolha. Encontrei uma pequena área abrigada sob uma saliência de rocha e a levei até lá.

“Voltarei para te buscar,” prometi, embora eu não tivesse certeza de quão verdadeiro isso era. Seus olhos, escuros e calmos, pareciam entender. Ou talvez eu estivesse imaginando isso, precisando de algum tipo de reassurance antes de deixá-la para trás.

Me virei, estreitando os olhos contra o vento forte, e comecei minha escalada. Cada passo era uma batalha. A neve puxava minhas botas, a tempestade lutava contra cada um dos meus movimentos, mas eu me forçava a seguir em frente. Meus pulmões queimavam com cada respiração, o ar fino e cortante. A montanha não me daria nenhuma misericórdia, e nem o que me esperava do outro lado.

Eu sabia que a jornada seria brutal, mas nada poderia ter me preparado para a força implacável da natureza que agora se abatia sobre mim. Meus pensamentos vagaram para o motivo de eu ter vindo para cá em primeiro lugar—por que eu tinha fugido de Eragon. Não podia pensar nisso agora. Não com a tempestade ameaçando me enterrar viva.

Mais um passo. Mais uma respiração.

Não tinha certeza de quanto tempo havia caminhado quando finalmente parei para olhar para trás. Tuck não estava mais à vista, engolida pela neve rodopiante e pela distância entre nós. Agora sozinha, apertei a capa ao redor de mim, ajustando a máscara no meu rosto. O vento cortava como uma lâmina, afiado e implacável, mas eu sabia que não podia parar. Não até alcançar o outro lado.

Enquanto continuava minha escalada, sussurrei uma oração silenciosa a quem quer que estivesse ouvindo. Eu não tinha medo do que me esperava—pelo menos, era o que eu me dizia. Mas no fundo, o medo roía as bordas da minha determinação.

Consegui finalmente chegar à entrada da caverna onde sabia que Drago estava adormecido. Tag’arkh tinha me dito que ela o havia amarrado a uma caverna porque nem ela nem Ivan tiveram coragem de matá-lo.

O alívio que senti ao saber que ele não estava morto significava que ainda havia esperança… esperança de vencer esta guerra. Estava prestes a entrar na entrada da caverna quando ouvi algo.

Parei, meu corpo imediatamente alerta. Estava desembainhando minha espada quando percebi algumas figuras se aproximando e não eram figuras ordinárias, elas estavam mascaradas, eram… os mortos-vivos!

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