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  3. Capítulo 575 - 575 EM BUSCA DE ALIADOS 575 EM BUSCA DE ALIADOS PONTO DE
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575: EM BUSCA DE ALIADOS 575: EM BUSCA DE ALIADOS PONTO DE VISTA DE ARIANNE
As portas se abriram enquanto eu estava parada na entrada, segurando apenas o baú em minha mão. Meus dedos se apertaram em torno da alça de couro enquanto o ar frio da manhã varria pelo portal aberto. Eu estava vestida com uma simples camisa de linho vinho e leggings—sem sedas, sem armadura, nada que insinuasse quem eu costumava ser.

O corredor atrás de mim estava silencioso. Sem passos. Sem despedidas. Ninguém para me ver partir. O conselho garantiu isso. Destituída do meu título, de tudo o que eu tinha, eu me tornei invisível exatamente no lugar onde minha voz antes comandava exércitos.

Eles achavam que estavam vencendo. Que, ao me mandar para fora do castelo, estavam assumindo o controle do trono e do reino. Que pensem isso. Que pensem que me destronaram, que me quebraram.

Mas eles não sabiam a verdade.

Eles não sabiam que eu estava partindo por vontade própria.

Segurando meu baú mais firme, eu avancei, as solas das minhas botas raspando no chão de pedra. Cada passo ecoava no silêncio como um lembrete de tudo que eu estava abandonando. Minha mão se apertava em torno da alça até que meus nós dos dedos embranquecessem, mas continuei caminhando, o peso da minha decisão se estabelecendo mais fundo em meu peito a cada momento que passava.

Eu quase podia ouvir os sussurros deles. O conselho—tão arrogante, tão confiante—acreditando que eu não tinha escolha a não ser me afastar em desgraça. Eles pensavam que tinham vencido. Mas eram tolos.

Minha escolha de partir não era um ato de derrota. Era sobrevivência. Era estratégia!

Alcancei a entrada, o ar frio mordendo minha pele enquanto as portas massivas rangiam ao se abrir. Ninguém estava esperando do outro lado. Não havia plateia para a minha saída, ninguém para ver a rainha transformada em exilada. Mas tudo bem. Eu não precisava de testemunhas para o que viria a seguir.

Dando um passo para fora na noite, inspirei fundo, o vento fresco enchendo meus pulmões e clareando minha mente. Liberdade. O castelo se erguia atrás de mim, suas torres escuras arranhando o céu como as memórias que eu estava tão ansiosa para deixar para trás. Diante de mim estava Tuck, meu cavalo—o único bem que me permitiram partir com.

Sorri ao vê-lo, a firmeza familiar em seus olhos me estabilizando de uma maneira que nada mais poderia. Sua sela estava desgastada, as rédeas gastas após anos de uso, mas ele sempre foi leal. Nesse momento, essa lealdade era tudo que eu precisava.

Eu me aproximei dele, o sorriso em meu rosto crescendo apesar de tudo. “Agora vai ser só eu e você, camarada”, eu disse, acariciando seu pescoço. “Vamos ter que deixar essa vida de conforto.”

Tuck bufou, suas orelhas tremendo em resposta. “Não há mestre que eu prefira servir!”, ouvi sua voz forte e clara em minha mente.

Pressionando minha testa contra a dele, fechei meus olhos, deixando a ligação entre nós se estabelecer profundamente em meu peito. “Obrigada”, sussurrei, minha voz tremendo só o suficiente para trair o peso de tudo o que estávamos deixando para trás.

Sem mais pensar, montei nela devagar, saboreando a sensação da sela desgastada sob mim. O ar noturno nos envolveu como um manto, e a estrada à nossa frente se estendia para a escuridão. Mas eu não tinha mais medo.

“Vamos lá, Tuck”, disse eu, minha voz mais firme do que antes. “Não há mais nada nos segurando agora.”

Ele partiu para o trote, seus passos seguros e firmes, nos levando em direção ao que nos aguardava na distância. O vento assobiava na noite tranquila, a sombra do castelo desaparecendo atrás de nós enquanto os portões se aproximavam. A liberdade estava logo à frente, apenas um passo final e nós estaríamos longe.

Então eu ouvi—a voz cortando a noite como uma faca.

“Mãe!”

Eu congelei, apertando as rédeas com mais força. Minha respiração presa na garganta enquanto meu coração afundava.

“Cyril?” eu sussurrei para mim mesma, mal acreditando. Olhei por cima do ombro, vasculhando a escuridão atrás de mim. Lá, de pé, logo fora dos portões estava minha filha, sua pequena figura delineada contra as luzes das tochas do castelo.

“Mãe!” Desta vez foi Caeden, sua voz urgente, desesperada. O som dela estilhaçou algo profundo em mim. Parecia um puxão, uma força que quase me quebrou.

Eu quase me virei—quase. Minhas mãos tremiam enquanto eu considerava isso, meu corpo gritando para voltar, para puxá-los em meus braços e nunca mais deixá-los ir. Eles eram meus filhos, meu coração e minha alma, e ouvir seus gritos era mais doloroso do que qualquer traição que o conselho tinha me infligido. Eu queria me virar, confortá-los, dizer-lhes que tudo ficaria bem.

Mas eu não fiz isso.

Porque eu sabia que no momento em que fizesse isso, no momento em que me permitisse olhar em seus olhos cheios de lágrimas, eu nunca seria capaz de partir.

O conselho usaria eles contra mim. Eles me puxariam de volta para o castelo, me privariam da minha liberdade, e torceriam meu amor por meus filhos em sua arma. Eu não podia deixar que isso acontecesse. Não comigo, não com Cyril e Caeden.

Lágrimas embaçaram minha visão enquanto engolia o nó em minha garganta. Meus dedos se apertaram nas rédeas, meus nós dos dedos brancos. “Me desculpe”, eu sussurrei sob minha respiração, muito baixo para eles ouvirem. “Estou fazendo isso por vocês.”

Tuck se remexeu sob mim, sentindo minha hesitação, mas eu a incentivei a avançar com um toque suave. Ele continuou a trotar, lento e seguro, enquanto meu coração doía a cada passo. Eu não olhei para trás. Eu não podia.

Suas vozes ecoavam na noite, chamando por mim, mas eu continuei indo. Eu tinha que continuar.

Por eles. Por todos nós.

E ao passarmos pelo portão, deixando o castelo para trás, limpei as lágrimas do meu rosto e mantive minha cabeça erguida. A liberdade não era para ser fácil.

Mas era a única maneira de nos salvar.

Eu segurei as rédeas com mais firmeza e as lancei para frente, incentivando Tuck a acelerar o passo. Não havia tempo a perder. Azar havia reunido um exército próprio—forte o suficiente para esmagar reinos, para destruir tudo em seu caminho. Eu precisava encontrar um exército também e o primeiro que eu preciso conseguir é o Drago!

Era hora de me reconectar com meu Dragão.

***
PONTO DE VISTA DO IVAN
Sentei-me, parado, na sala vazia, escutando o som que se esvaía dos cascos ecoando pela noite. O ritmo da partida dela, o batido constante do cavalo, martelava em meus ouvidos, ficando mais e mais suave até que se tornou nada mais do que um zumbido distante. E então—silêncio.

Eu cerrei meus punhos sobre a mesa, tentando estabilizar minha respiração, mas ela saía em rajadas irregulares, cada uma mais aguda que a anterior. A sala estava fria, insuportavelmente assim, mas eu não conseguia me levantar para fechar a janela que ela havia deixado aberta. Eu não conseguia me mover, aprisionado pela finalidade disso, pelo silêncio insuportável que seguia sua ausência.

“Ivan…” Kiran foi o primeiro a falar, com uma voz hesitante, enquanto Harald estava quieto no canto da sala, com os braços cruzados, olhos baixos.

Ela se foi. Era isso que Kiran queria me dizer, exceto que ele não precisava—eu já sabia. O eco distante dos cascos batendo contra a pedra já havia me contado tudo o que eu precisava saber. Ela me deixou. Nos deixou.

Ele não disse nada, mas mesmo assim eu acenei para ele. Não havia mais nada a fazer.

“E os gêmeos?” eu perguntei, com voz crua e rouca, como se cada palavra fosse arrastada de um lugar que eu não queria reconhecer.

“Freya os levou de volta para os quartos deles. Ela está com eles agora,” disse Harald, sua voz estável, quase calmante, como se isso pudesse fazer algo para remendar a ferida aberta em meu peito.

Eu acenei novamente, como um marionete, como um homem que havia perdido todo o controle de seus fios. “Isso é bom,” eu disse, embora não me sentisse bem de verdade. “Vocês todos devem descansar. Não há mais nada para fazer esta noite.”

Kiran se moveu inquieto, lançando um olhar para Harald antes de se adiantar. “E você? Vai ficar bem?” Havia algo em sua voz—preocupação, talvez, ou pena. Eu não tinha certeza de qual das duas eu detestava mais.

“Vou ficar bem,” eu disse, embora ambos soubéssemos que era uma mentira. “Vão. Eu insisto.” Eu queria que eles fossem embora para eu finalmente ficar sozinho.

Esta semana eu estive cercado por membros do conselho que finalmente conseguiram o que queriam, mas agora, eu só quero um tempo sozinho para mim, era tudo o que eu queria agora que Arianne está… fora!

Kiran hesitou por um momento mais longo, como se ponderasse se deveria argumentar, mas no final, ele simplesmente acenou com a cabeça e saiu da sala. Harald seguiu sem uma palavra, suas botas pesadas clicando contra o chão de pedra antes que a porta rangesse ao fechar atrás deles.

E então, eu estava sozinho.

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