SEU PAR ESCOLHIDO - Capítulo 527
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527: ARMADURA PRETA 527: ARMADURA PRETA Quando ainda estávamos na estrada, desenvolvi uma dor de cabeça.
Enquanto eu estava sentada na carruagem, o som rítmico dos cascos contra os paralelepípedos parecia apenas exacerbar a dor latejante na lateral da minha cabeça. Eu conhecia a causa disso muito bem – a risada escarnecedora da Nyana ecoando em minha mente como uma melodia assombrada.
Eu estava exausta, cansada até os ossos, e tudo o que eu queria era fechar os olhos e adormecer em um sono tranquilo. Mas eu não ousava, pelo menos não nesse estado vulnerável em que me encontrava. Eu sabia que se sucumbisse ao sono agora, havia uma alta chance de Nyana me visitar nos meus sonhos, e ela poderia me prender ou possivelmente despejar absurdos que aumentariam minha dor de cabeça latejante e eu simplesmente não poderia lidar com isso agora.
Minha mente estava tão cansada, na verdade me sentia drenada e acho que Nyana estava contribuindo para isso. A risada dela, aguda e penetrante, era como uma faca torcendo em minha mente, um lembrete constante de toda a dor e tristeza que ela trouxe para minha vida.
Tentei me distrair focando na paisagem que passava fora da janela da carruagem – os verdejantes campos, as árvores altas balançando ao vento, as montanhas distantes envoltas em névoa. Mas não importava o quanto eu tentasse, a risada de Nyana continuava a ressoar em meus ouvidos, um batuque incessante que se recusava a desaparecer.
Apertei os punhos, desejando que a dor em minha cabeça diminuísse, mas parecia apenas intensificar a cada momento. Fechei os olhos, respirando fundo numa tentativa frágil de acalmar meu coração acelerado.
Ivan parecia ter notado meu desconforto, pois ele estava olhando para mim com preocupação. “Você está bem?”
Essa não era a primeira vez que ele me faria essa pergunta e todas as vezes eu sempre respondia que estava bem ao invés de dizer a verdade, porque isso só o faria entrar em pânico agora. E Ivan entrando em pânico era outra última coisa de que eu precisava agora e também uma bronca.
Talvez o que eu realmente precisasse, porém, era uma boa distração! Pensei enquanto me endireitava e olhava para Ivan que ainda me observava. Ele era bonito e sedutor, a distração perfeita das preocupações que assombravam minha mente.
Erguendo-me do assento, caminhei em direção a ele, com um sorriso nos lábios. Acomodei-me em suas coxas, sentindo o calor do corpo dele sob mim. Ivan inclinou a cabeça para trás, seus olhos se encontrando com os meus numa troca silenciosa que estalava com tensão.
“O que você quer?” ele perguntou com voz grave, seu olhar cheio de uma mistura de curiosidade e desejo. Eu pausava por um momento, considerando minha resposta.
Inclinei-me para mais perto, minha respiração se misturando à dele. “Eu quero você,” sussurrei, minha voz mal acima de um murmúrio. Os lábios de Ivan se curvaram em um sorriso consciente, suas mãos encontrando seu caminho até minha cintura, me puxando para mais perto dele.
“É mesmo?” Ivan perguntou, seus dedos traçavam os intrincados padrões das cordas no corpete do meu vestido, um sorriso maroto dançando em seus lábios. Respirei fundo, sentindo a antecipação se formar dentro de mim.
Levando meus lábios perto do seu ouvido, sussurrei, “Eu preciso de uma boa distração.” Minhas palavras pairavam no ar, pesadas com desejo e anseio não expressos. O olhar de Ivan encontrou o meu, seus olhos escuros com um desejo ardente que espelhava o meu.
Ao me afastar dele, podia sentir a tensão entre nós, uma energia palpável que crepitava no ar. A mão de Ivan alcançou minha face, seu toque enviando um calafrio pela minha espinha. E então, em um movimento rápido e súbito, ele reivindicou meus lábios em um beijo que era feroz e possessivo.
Não havia nada gentil na maneira como ele me beijou, sua paixão acendendo um fogo dentro de mim que queimava quente e brilhante.
Acomodei-me no colo do Ivan, o calor de seu corpo irradiando por mim enquanto nossos lábios se encontravam em um beijo feroz e exigente. Sua mão se enredava em meu cabelo, me puxando para mais perto dele, acendendo uma necessidade primal dentro de mim. Agarrei-me aos ombros dele, meus dedos cravando no tecido de sua camisa enquanto nossos corpos se fundiam em uma dança de paixão e desejo.
O beijo era cru e intenso, uma tempestade de emoções girando entre nós enquanto nossos braços se envolviam um ao outro ferozmente. Podia sentir a força de seu aperto em meus quadris, seu toque enviando ondas de eletricidade por mim. Cada toque, cada carícia, alimentava o fogo que ardia entre nós, nos consumindo em uma névoa de anseio e necessidade.
Naquele momento, encontrei a distração que estava buscando, o caos do mundo desaparecendo enquanto nos perdíamos em nosso próprio universo privado.
O mundo ao nosso redor ficou silencioso, o único som o murmúrio suave de nossa respiração se misturando. Era como se o tempo tivesse parado, como se fôssemos as únicas duas pessoas na existência. As gargalhadas da Nyana, as dúvidas e medos que atormentavam minha mente, evaporaram completamente, substituídos por uma sensação de paz e contentamento que eu desejava há muito tempo.
O toque de Ivan, seu beijo, sua presença me envolveram em um casulo de amor e calor. Nossos corpos se moviam juntos em uma harmonia perfeita, cada toque acendendo um fogo dentro de mim que queimava brilhante e intenso. Em seus braços, me sentia protegida, valorizada e desejada de uma maneira que palavras nunca poderiam capturar totalmente.
Enquanto Ivan e eu continuávamos a nos beijar com tanta paixão, podia sentir a dureza inegável de seu desejo pressionando contra mim, acendendo um fogo dentro de mim que queimava quente e intenso.
Sua mão deslizou pelos meus quadris, seu toque enviando arrepios de antecipação por mim enquanto ele amontoava o tecido do meu vestido. Gemi quando seu toque enviou um choque de eletricidade por mim, meu coração acelerando com uma mistura de desejo e anseio.
“Eu preciso de você,” ele gemeu contra minha boca, sua voz cheia de paixão crua. “Eu preciso de você, Arianne,” ele repetiu, suas palavras um apelo fervoroso que ecoava no ar entre nós.
Podia ver a intensidade de seu desejo refletida em seu olhar. E com um senso de ousadia que até mesmo me surpreendeu, sussurrei, “Então me possua.”
Essas palavras pareceram ser seu fim, sua contenção se estilhaçando enquanto ele me puxava para mais perto, seus lábios reivindicando os meus em um beijo feroz e possessivo. Nossos corpos se moviam juntos em uma dança de paixão e necessidade, cada toque alimentando as chamas de nosso desejo.
Numa súbita onda de urgência, Ivan me empurrou para baixo, no banco da carruagem, com meus vestidos se amontoando ao redor da cintura enquanto ele pairava sobre mim, seus olhos cheios de um desejo que correspondia ao meu. Podia sentir o calor de seu corpo pressionando contra o meu, acendendo um fogo que queimava quente e intenso.
Justamente quando seus lábios estavam prestes a encontrar os meus em um beijo ardente, a carruagem parou abruptamente, nos tirando de nosso momento íntimo.
Olhei para cima para Ivan, questionando, “Nós não poderíamos ter chegado ainda, certo?” perguntei com um franzir de testa.
Ivan se imobilizou acima de mim, inclinando a cabeça para o lado. Eu estava prestes a perguntar o que estava errado quando também senti. De repente, sem aviso prévio, Ivan me puxou pela cintura e me rolou para o chão, escapando por pouco da flecha que voava para dentro da carruagem. Meu coração acelerou ao olhar para Ivan, sua expressão preenchida de uma determinação feroz que me enviou um calafrio pela espinha.
Podia ver a raiva em seus olhos quando ele soltou um rosnado, sua voz baixa e perigosa. “Fique aqui,” ele ordenou, seu tom não aceitando contestação.
“De jeito nenhum!” retruquei, minha própria rebeldia surgindo dentro de mim. Ignorando sua ordem, alcancei a adaga presa à minha coxa, o metal frio reconfortante na minha mão.
Não trouxe minha espada, mas fiz questão de estar sempre armada.
O olhar de Ivan se fixou na arma, seus olhos se arregalando numa mistura de surpresa e admiração.
“Caramba, isso é insanamente sexy,” ele comentou, sua voz tingida de um olhar capuz e um sorriso pecaminoso. A tensão crepitava entre nós, uma mistura potente de perigo e desejo que alimentava o fogo ardendo dentro de mim.
“Calma, garoto, estamos sendo atacados.” Disse com um sorriso maroto próprio.
O olhar de Ivan se endureceu enquanto ele olhava para a porta. “E eles vão pagar caro por isso.” Disse antes de chutar a porta da carruagem.
Segui-o apenas para ser recebida por uma visão assustadora. Os corpos dos guardas que nos escoltavam jaziam sem vida no chão, um testemunho sombrio do perigo que nos cercava. Em seus lugares, havia outro exército de guardas, seus corpos vestidos em armaduras pretas completas que brilhavam na luz fraca.
“Não estamos aqui para machucar nenhum de vocês, estamos apenas aqui pela rainha!” Todos disseram em uníssono e todos se voltaram para olhar para mim.