SEU PAR ESCOLHIDO - Capítulo 148

148: QUEM É AZAR? I 148: QUEM É AZAR? I “O quê?”

“Ele é totalmente insano?”

“Posso queimá-lo agora?”

Essas foram as respostas dos meus amigos à proposta de Dário. Ele nem parecia incomodado pela ameaça dos meus amigos. Nem sequer parecia abalado. Apenas ficou lá parado nos encarando com aquele sorriso arrogante no rosto e por um momento fui tentada a pedir a Tag’arkh que apagasse aquele ar de superioridade de sua face com seus poderes. Mas em vez disso, forcei-me a ficar parada e calma.

“Como podemos saber se eles ainda estão vivos?” Ivan perguntou e eu me virei para olhar para ele.

Dário arqueou uma sobrancelha para Ivan. “Oh, vamos lá. Tenho certeza que você pode ouvir o choramingar deles.”

Ele estava certo! Eu podia até ouvi-los chorando agora e meu coração doía por eles. Eu dei um passo à frente. “Sabe de uma coisa, que tal eu te fazer uma oferta melhor?”

“Agora você me deixou curioso, vossa alteza, por favor, continue.” Dário disse, fazendo uma reverência exagerada.

Eu revirei os olhos para ele e dei um passo à frente. “Você solta os meus filhos e eu te deixo ir embora com as vísceras intactas.”

Dário olhou para seus companheiros antes de jogar a cabeça para trás e rir. “Oh querida, acham que nos assustam só porque você tem alguns rapazes te apoiando e uma deusa em decadência?”

“Não acredito que ele acabou de nos chamar de rapazes!” Harald rosnou.

“E quem ele está chamando de deusa em decadência?” Tag’arkh rosnou, igualmente irritada com Dário.

Eu o encarei. “Ah, mas vocês deveriam estar muito assustados.” Eu disse olhando direto nos olhos dele. “Não são eles que deveriam te assustar. Você levou meus filhos e isso me deixou furiosa! Mas depois, você foi por aí e os ameaçou, agora eu estou putamente vingativa!” Eu rosnei com uma voz profunda.

Dário deu um passo para trás com os olhos arregalados de horror. Atrás de mim, a terra tremeu quando o dragão de ônix pousou bem ao meu lado. Dário e seus companheiros arregalaram os olhos ao perceberem a besta atrás de mim.

“Ainda quer o dragão?” Eu perguntei, sorrindo maliciosamente para eles.

“Oh merda, as moedas do Azar não valem a pena arriscar minha vida.” Um dos homens disse enquanto recuava, com medo escrito em seu rosto.

Dário virou-se para olhar seu companheiro assustado. “Bahmer, mantenha sua posição!” Dário chamou um Bahmer assustado que já estava correndo para o barco.

Eu sorri para o restante deles. “Parece que Bahmer tomou a decisão certa. Homem inteligente, não acha?”

As narinas de Dário se dilataram de raiva. “Você pode achar que ganhou agora, mas Azar está vindo atrás de você.”

“Não sei quem é esse e quando ele vier, estaremos prontos para ele.” Eu disse, mas Dário jogou a cabeça para trás e riu.

“São tolos se acham que podem derrotá-lo!” Dário disse.

Eu estava começando a ficar realmente irritada. “Não me importo.”

“Bem que deveria!” Dário sibilou para mim. “Ele está vindo para você! Então esteja preparada, vossa alteza, ou melhor ainda comece a se despedir!”

Eu avancei com raiva, sem certeza do que faria. Tudo o que eu sentia naquele momento era raiva e eu estava prestes a agir quando Dário sorriu para mim e sacou sua adaga.

“Pelo Azar!” Dário disse.

“Pelo Azar!” Seus companheiros ecoaram e de uma vez só cortaram suas próprias gargantas.

Horrificada com o comportamento deles, eu recuei enquanto os homens começaram a escorrer sangue negro da boca e do pescoço. A lâmina que usaram estava envenenada! Suicidaram-se! Eu assisti, horrorizada, enquanto os homens sangravam até a morte.

“Arianne!”

A voz de Ivan me trouxe de volta ao presente e eu olhei para ele, mas ele apenas balançou a cabeça para mim.

“Não olhe para eles!” Ele ordenou. “Precisamos focar em nossos filhos em vez disso.”

“Ah, falando em filhos_” Kiran deixou por terminar.

Viramos para encontrar com ele olhando para algo e seguimos seu olhar, apenas para encontrá-lo observando meu pai que tinha um bebê enrolado em seu braço enquanto corria para fora do porto e começava a correr para a floresta. Christine também tinha um filho com ela e meu sangue fervia pelo fato dela ter se atrevido a pôr as mãos maléficas em meu filho.

Correndo atrás deles estava Rissa grávida, que segurava uma menina de seis meses nos braços enquanto mancava atrás do meu pai. Atrás dela estava o marido traidor e devotado, Thomas.

“Sinceramente, eles realmente acham que podem nos superar na corrida?” Harald perguntou com um tom entediado. “Isso é realmente estúpido.”

Ivan revirou os olhos. “Vamos.” Ele disse para Kiran e Harald.

Tag’arkh e eu esperamos enquanto os homens se precipitavam para a floresta e em poucos segundos Ivan tinha nosso bebê nos braços enquanto segurava o pescoço do meu pai com força. Kiran também tinha meu outro filho e ele se manteve afastado enquanto Rissa e Christine caminhavam à frente deles. Atrás deles Harald segurava um Thomas em luta pela sua roupa, Harald parecia entediado com sua tentativa fútil de fuga.

Ivan empurrou meu pai na minha frente aos meus pés, antes de vir e me entregar meu filho. Eu olhei para as bochechas de Caeden e as marcas de lágrimas em suas bochechas rechonchudas renovaram minha raiva.

Kian entregou Cyril a Ivan, eu me inclinei para frente e dei um beijo nela enquanto ela fungava em mim.

“Vocês estão bem agora. Vocês estão bem agora, todos os dois!” Eu cochichei para meus bebês.

“Agora me deem uma razão para eu não matar todos vocês?” Ivan perguntou olhando para o meu pai que tinha uma expressão vazia no rosto.

“Você não pode fazer isso!” Thomas falou e meu olhar se voltou para ele. “Você não pode fazer isso com a gente!”

Eu me virei e entreguei Caeden para Tag’arkh. Antes de me virar para olhar para Thomas que tinha um olhar frenético em seus olhos.

“Você acha que merece um tratamento justo depois do que fez conosco?”

Thomas esticou as costas enquanto me encarava. “Você não pode nos matar!”

Ah, se ele soubesse que meu sangue estava preenchido com ódio por toda a família, inclusive por seu eu idiota, ele pararia de falar! Droga, eu desejava na verdade que ele parasse de falar.

Eu sorri para ele, “E por que você diz isso?”

“Porque querendo ou não Arianne_” Thomas caminhou em minha direção. “Nós somos a sua família!”

“Família?” Eu perguntei e Thomas assentiu com a cabeça para mim.

Eu soltei uma risada profunda olhando para baixo e contei mentalmente até cinco antes de recuar meu punho e desferir um soco no nariz de Thomas. Eu sorri quando ouvi um estalo satisfatório e o sangue começou a jorrar!