SEU PAR ESCOLHIDO - Capítulo 142

142: PAUTA OCULTA 142: PAUTA OCULTA Eu implorei e pedi muito para que Ivan concordasse em ajudar meu pai. Até meus amigos estavam relutantes em ajudá-lo. Minha mãe também não estava muito entusiasmada com o fato de eu ter que ajudar meu pai, especialmente porque era por causa da Christine e da Rissa, e ela nunca gostou realmente delas desde o início. Ela culpou meu pai por ser tão estúpido a ponto de cair na armadilha de Thomas. Após muita súplica e insistência Ivan finalmente concordou em ajudar Thomas junto com Kiran e Harald.

Era uma noite nublada e eu estava no meu quarto brincando com os gêmeos. Falando neles, eles já estavam crescendo bem. Fiquei surpresa ao ver que eles pareciam ter um mês de idade. Quando questionei Dahlia sobre isso, ela afirmou que bebês lobisomens normalmente têm um crescimento acelerado em comparação com crianças humanas normais.

Eu brincava com os gêmeos, Cyril estava ocupado tentando chupar meus dedos e Caeden já estava tirando uma soneca. Dos gêmeos, Caeden parecia ser o mais gentil dos dois. Fazia tudo sem alarde. Mas Cyril, eu suspeito que ela é a que teremos que ficar de olho no futuro. Ela ama a atenção e faz birra quando não a recebe.

Eu ainda estava brincando com os gêmeos quando a porta se abriu e a minha mãe entrou. Sorri para ela enquanto ela caminhava em minha direção, sentou-se na cama e começou a brincar com os gêmeos. Segurando Cyril em seus braços, observei ele fazendo caretas para ela.

Cyril soltou um sorriso banguela para a avó e eu observei os dois com um olhar carinhoso no rosto.

“Ela vai ser tão teimosa quanto a mãe dela, eu posso dizer.” Minha mãe provocou enquanto continuava a fazer caretas para Cyril.

Eu estreitei os olhos para ela fingindo estar brava com ela. “Ei! Eu não sou teimosa.”

Minha mãe arqueou uma sobrancelha para mim enquanto eu bufava.

“Tá bom, mas eu não sou tão teimosa, só para você saber.” Eu digo e minha mãe riu.

“Claro que não.” Minha mãe disse com uma leve balançada da cabeça enquanto cuidadosamente colocava Cyril de volta na cama. “Então, como você está?”

Eu balancei a cabeça para ela. “Estou bem.” Eu respondi e ela me olhou de um jeito que diz que não acredita muito. Decidi desviar a conversa de mim. “E você? Como você está?”

“Bem, se você quer saber, eu ainda estou irritada.” Minha mãe afirmou lançando um olhar mortal para a parede.

Eu soltei uma risadinha. “Sim, você deixou isso claro no café da manhã hoje quando jogou um prato na cabeça dele.

Meu pai decidiu ficar conosco até Ivan resgatar Thomas e depois disso ele voltaria para casa. Ele ficou a maior parte do tempo no quarto dele, o que para mim estava ótimo porque eu não queria vê-lo. Uma vez que tudo isso acabar, eu o mandarei de volta e, espero, essa será a última vez que eu o verei novamente.

Estou tentando baixar minhas expectativas sobre ele. Porque se eu não fizesse isso e continuasse elevando-as, eu me machucaria!

“Como… como ele pôde ser tão estúpido?” Minha mãe perguntou com um olhar de incredulidade no rosto.

“Bem, não é culpa dele.” Eu murmurei.

“Ah, por favor, não se atreva a defendê-lo.” Minha mãe revirou os olhos para mim. “Eu simplesmente não entendo por que ele faria isso, o Massimo que eu conhecia nunca teria sido tão… tão descuidado!” Minha mãe afirmou ainda sem conseguir acreditar no que estava acontecendo.

Eu dei de ombros para ela em resposta. “Eu acho que ele mudou.”

Minha mãe arqueou uma sobrancelha para mim. “Mudou?”

“Sim.” Eu respondi e minha mãe franziu a testa tentando me entender. Eu dei um suspiro. “Olha, não estou tentando dizer que é sua culpa ou trazer de volta sua culpa, mas o Massimo que você diz conhecer mudou. Ele mudou porque foi embora.” Eu disse tentando suavizar o impacto das minhas palavras.

Minha mãe concordou com os olhos já embaçados de lágrimas. Ela fungou enquanto enxugava as lágrimas no canto dos olhos. Ela secou com a bainha do vestido. “Oh deuses, nós somos pais terríveis.”

“Não, você não é.” Eu me aproximei dela para defendê-la, “Eu acho que eu só vim com muita bagagem.”

Minha mãe balançou a cabeça para mim. “Não minha filha, você não veio com bagagem alguma.” Ela disse enquanto ajeitava uma mecha de cabelo vermelho atrás da minha orelha. “Você era perfeita, ainda é. Nós apenas recusamos a ver o bem que há em você.”

“Oh mãe.” Eu solucei enquanto a puxava para um abraço.

Minha mãe riu enquanto acariciava amorosamente o meu cabelo. “Eu sinto muito minha filha. Eu posso não ter sido a mãe que você queria, mas eu prometo que vou ser a melhor para você e seus netos.” Ela prometeu, “Isso é, se ainda não for tarde demais?”

Eu balancei a cabeça. “Não mãe, nunca é tarde demais.”

Eu senti minha mãe sorrir contra a minha cabeça enquanto ela me abraçava mais forte. Ainda perdidas em nosso abraço, a porta se abriu e Yasmin parou na entrada.

“O rei chegou!” Ela anunciou enquanto minha mãe e eu trocávamos olhares.

A chuva caía forte, as gotas batendo contra o telhado e as janelas. O som afogava o clique dos meus saltos enquanto eu caminhava pelo corredor em direção à sala do trono, onde eu soube que meus amigos já estavam me esperando. Eu senti que algo estava errado depois que Yasmin anunciou a chegada do meu marido.

Eu tinha colocado os gêmeos rapidamente no berço enquanto corria para fora do quarto com minha mãe e Yasmin me seguindo de perto. Eu empurrei a porta apenas para encontrar meus amigos dentro e eles estavam encharcados.

Alguns dos servos lhes entregaram toalhas que eles poderiam usar para se secarem. Eu olhei ao redor da sala, eu poderia distinguir os rostos familiares dos meus amigos, mas aquele que eu tinha pedido para resgatarem não estava aqui.

“Onde está o Thomas?” Eu perguntei ainda varrendo a sala com o olhar.

Kiran debochou. “Você sabe que estou profundamente ofendido por você se preocupar mais com aquele babaca do que com o resto de nós.”

Eu soltei um suspiro exasperado. “Me desculpem. Eu não quis que soasse assim. Estou apenas tão ansiosa.”

“Não conseguimos encontrá-lo.” Ivan respondeu.

Eu me virei para olhá-lo. “Como assim?”

“Não conseguimos encontrá-lo.” Ivan repetiu antes de usar a toalha para secar o cabelo.

Ele parecia frustrado! “O que aconteceu?”

“Eles foram embora, isso que aconteceu!” Ivan rosnou com força enquanto jogava a toalha no chão.

“Foi quase como se soubessem que estávamos chegando!” Kiran acrescentou.

O quê? Eu franzi a testa olhando para eles.

“Seu pai nos mandou numa caça ao ganso selvagem.” Harald falou entrando na conversa.

Não, não, não, não, isso não é possível! Eu pensei comigo mesma.

Ivan soltou um suspiro. “Seu pai nos mentiu Arianne.”

“Não, isso é impossível.” Eu murmurei antes de levantar a cabeça para olhar Ivan. “Ele afirmou que Thomas estava com o agiota. Foi o que ele disse! Que Thomas está sendo mantido como garantia.”

“E como é conveniente que o local inteiro parecesse estar vazio quando decidimos atacar.” Ivan falou com um olhar entediado no rosto.

“Foi quase como se eles fossem informados da nossa chegada.” Kiran explicou e eu franzi a testa com isso.

Mas isso não é possível, simplesmente não pode ser. “Mas meu pai…”
“É um mentiroso de mão cheia!” Ivan rosnou com um olhar mortal no rosto.

“Mas o que exatamente ele ganharia mentindo? Ele está em apuros.” Eu respondi me sentindo mais confusa do que nunca.

“Seu pai tem uma agenda oculta, com certeza.” Kiran observou com uma expressão pensativa no rosto.

“Mas o que ele pode ganhar mentindo para nós? Para mim?” Eu perguntei com lágrimas surgindo em meus olhos.

Tag’arkh deu um passo à frente. “Quer que eu vá lá em cima e arranque a resposta dele na porrada?”

Essa era uma oferta tentadora, mas não agora. Io balancei a cabeça em resposta para o Tag’arkh, que parecia decepcionado com minha resposta.

“A coisa louca sobre tudo isso é que Thomas está bem.”

Eu me virei para olhar Kiran. “O que você acabou de dizer?”

“Eu quero dizer que Thomas está bem. Sim, eles estão endividados, mas ele parece estar seguro de danos.”

Eu podia sentir uma dor de cabeça crescendo dentro da minha cabeça. Eu não entendia o que estava acontecendo, tipo, que diabos meu pai está aprontando?

Ivan se aproximou de mim e me pegou pelo braço. “Você deveria ir descansar.”

Eu olhei para Ivan que me deu um aceno encorajador.

“Nós vamos cuidar das coisas aqui.” Ivan me assegurou.

Eu dei um aceno hesitante antes de me virar para sair. Yasmin pediu para vir comigo, mas eu neguei com a cabeça. Eu saí da sala do trono. Ao subir as escadas, diferentes pensamentos nadaram em minha mente.

Por que meu pai mentiu para mim? Qual é o verdadeiro propósito dele vir aqui? Que diabos ele está tramando? Eu rosnei de frustração enquanto empurrava a porta do quarto aberta.

Passei a mão pelo cabelo. Contemplando se deveria ir questionar meu pai ou esperar até a manhã? Mas suspeito que possa ser tarde demais até lá. Eu finalmente tomei uma decisão e foi a de ir vê-lo.

Eu estava prestes a sair quando notei o quão estranhamente silencioso estava aqui.

Estava muito silencioso! Pensei comigo mesma enquanto olhava para os dois berços a poucos metros da cama. Um pressentimento incômodo puxou na parte de trás da minha mente. Franzindo a testa, eu dei passos apressados em direção ao berço e olhei para dentro.

Um pequeno grito escapou dos meus lábios quando os dois berços pareciam estar vazios.