Senhora, Suas Identidades estão Sendo Expostas Uma a Uma! - Capítulo 320
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- Capítulo 320 - 320 A verdade sobre o papel 320 A verdade sobre o papel Mo
320: A verdade sobre o papel 320: A verdade sobre o papel Mo Yichen se ajoelhou, pegando alguns papéis que haviam escorregado da pasta na pressa das acusações. Conforme ele lia mais, seus dedos apertavam as bordas.
Os olhos aguçados de Shen Yuling se voltaram para Hao Ran.
“Então você está dizendo que nosso projeto é plagiado porque compartilha princípios fundamentais com um artigo anterior?” Sua voz estava carregada de incredulidade.
Hao Ran cruzou os braços. “Não apenas compartilha princípios — ele espelha um artigo existente quase exatamente.”
Shen Yuling franziu a testa. “Como podemos ter certeza de que esse artigo realmente pertence à Instituição de Pesquisa?”
Uma voz de repente se ergueu da multidão enquanto alguém se adiantava. “Eu posso verificar.”
A falante era uma mulher com um comportamento composto. “Sou Wei Roulan, pesquisadora na Instituição de Pesquisa. Estou familiarizada com o Assistente de Pesquisa Hao, e o artigo que ele mencionou foi de fato publicado sob ela.”
Suas palavras enviaram um murmúrio pelo público.
Jiang Yue, no entanto, permaneceu imperturbável.
Ela havia antecipado resistência — mas não isso.
Com calma deliberada, ela deu um passo à frente, seu olhar gelado encontrando o de Wei Roulan antes de se voltar para Hao Ran.
“O artigo de pesquisa da Instituição de Pesquisa, você diz?” ela murmurou, finalmente quebrando seu silêncio.
Hao Ran sorriu com escárnio. “Sim.”
Os lábios de Jiang Yue se curvaram levemente, mas não havia diversão em sua expressão — apenas cálculo frio.
“Então eu sugiro,” ela disse, “que você olhe mais de perto.”
Uma risada ecoou pelo auditório, quebrando o silêncio tenso.
Era leve no início, quase divertida, mas conforme crescia, mais rica, enviava uma onda de confusão pelo público.
Todos os olhos se voltaram para sua fonte — Diretor Wei.
Ele estava rindo.
Não um riso quieto, nem um escárnio, mas uma risada plena e irrestrita enquanto ele olhava para o papel em suas mãos.
Todo o auditório ficou em silêncio.
O sorriso confiante de Hao Ran vacilou.
Os juízes trocaram olhares confusos. Mesmo a equipe de Jiang Yue, embora inabalável em sua fé nela, observava com curiosidade.
Percebendo o peso do momento, Diretor Wei finalmente se recompôs, balançando a cabeça enquanto se voltava para Jiang Yue. Seus olhos, aguçados com diversão, encontraram os dela.
“Você quer que eu conte a novidade para eles?” ele perguntou, com a sugestão de um sorriso sabedor ainda brincando em seus lábios.
Jiang Yue não hesitou. Seu olhar permaneceu firme enquanto ela respondia, “Não é necessário. Eu vou cuidar disso.”
Uma nova onda de murmúrios surgiu pelo público.
Contar a novidade?
Do que eles estavam falando?
Até os juízes pareciam intrigados. A relação deles — seja lá o que fosse — parecia estranhamente familiar, quase como se compartilhassem um entendimento que ninguém mais tinha.
Jiang Yue não deixou o suspense se prolongar. Ela caminhou à frente, seus saltos clicando contra o chão polido, cada passo irradiando confiança.
Quando ela chegou à mesa dos juízes, ela pegou um dos papéis das mãos do Dr. Chen Haoxiang, folheando-o com facilidade casual antes de erguê-lo para que todos vissem.
“Este artigo,” ela começou, sua voz clara e firme, “é meu.”
Silêncio.
Ninguém falou. Ninguém sequer respirou.
Jiang Yue continuou, virando-se levemente para enfrentar o público.
“Sim, parece quase idêntico ao projeto da minha equipe — porque é.” Ela deixou o peso de suas palavras assentar antes de continuar. “Isso porque este artigo foi algo que escrevi há muito tempo. Eu tinha uma visão deste exoesqueleto anos antes de ter a chance de construí-lo. E agora, com este desafio, finalmente tive a oportunidade de dar vida à minha ideia.”
Este foi o primeiro artigo de pesquisa publicado por Jiang Yue.
Na época, ela já estava trabalhando sob a orientação do Mestre Wei na Instituição de Pesquisa. Como ela ainda era jovem, ele ainda não havia anunciado que ela se tornaria sua aprendiz — então, apenas os dois sabiam a verdadeira história por trás do artigo.
Embora o artigo tenha sido publicado e pudesse ser encontrado com certo esforço, a Instituição de Pesquisa manteve uma cópia física. Portanto, não era surpreendente que Hao Ran estivesse ciente dele.
A sala permaneceu congelada.
Até mesmo os juízes, profissionais experientes em seus respectivos campos, pareciam surpresos.
Os dedos de Jiang Yue deslizavam pelo texto na página, sua expressão impassível. “No entanto,” ela acrescentou, “nem tudo é igual.” Ela levantou o olhar, travando olhos com Hao Ran, sua voz como gelo. “Se você tivesse me deixado terminar minha apresentação, você teria visto exatamente como isto é diferente do artigo original.”
Um silêncio atônito seguiu.
Não só ela havia refutado a acusação de Hao Ran, como havia revelado algo muito mais chocante.
Ela não estava apenas defendendo seu trabalho — estava provando-o.
Ela não estava apenas refutando o plágio — estava reivindicando a posse da própria pesquisa que Hao Ran havia usado contra ela.
O impacto de suas palavras assentou sobre a sala como um trovão.
A expressão de Hao Ran se contorceu, incredulidade aparecendo em seu rosto. “Isso é impossível,” ele exclamou, sua voz perdendo a confiança usual. “Se você escreveu, então isso significaria—” Sua respiração prendeu, como se dizê-lo em voz alta tornasse mais difícil de aceitar. “—isso significaria que você escreveu quando tinha cerca de oito anos.”
Jiang Yue não respondeu imediatamente. Em vez disso, ela se moveu.
Ela caminhou até a mesa dos juízes, pegou outra pasta e, com um movimento despreocupado de seu pulso, jogou-a em Hao Ran.
A pasta acertou seu peito.
Ele mal conseguiu pegá-la a tempo, atrapalhando-se enquanto quase escapava de seu alcance. Sua expressão atônita apenas se aprofundava quando ele a abria.
A voz de Jiang Yue estava nítida, cortando o momento com precisão mortal.
“As iniciais do autor nesse artigo?” ela perguntou, inclinando levemente a cabeça. “J.Y.”
Seus olhos se fixaram nos dele, inabaláveis.
“O que você acha que isso significa?”
Hao Ran congelou.
A sala caiu num silêncio sepulcral.
“Isso é impossível,” Hao Ran pensou.
Ele não podia acreditar que ela havia escrito isso quando tinha apenas oito anos.
Naquela idade, mesmo sendo considerado um gênio, suas próprias realizações ainda estavam longe do que ela havia alcançado.
A expressão de Jiang Yue permanecia fria, inabalável. “Era um rascunho bruto, um guia. Não era perfeito.” Ela gesticulou em direção ao exoesqueleto ao seu lado, cuja liga escura brilhava sob as luzes do palco. “Mas isto,” ela disse, “é perfeito.”
A acusação pendurada no ar mudou, o peso agora pressionando de volta contra Hao Ran.
Jiang Yue girou sobre o calcanhar e caminhou de volta para o palco, sua compostura inabalada. Sem perder o ritmo, ela retomou sua apresentação, como se nada disso tivesse acabado de acontecer.
“Como mencionei anteriormente, ele opera usando uma Interface Cérebro-Computador que lê sinais neurológicos em tempo real, permitindo que preveja o movimento antes que ocorra.”
Ela explicou, seus olhos varrendo o público com confiança, “Sem botões, sem joysticks — apenas movimento impulsionado pelo pensamento.”
Um lampejo de entendimento passou pelos rostos dos alunos mais tecnicamente inclinados. Eles sabiam o que ela estava insinuando.
Impossível.
Ou pelo menos, deveria ter sido.