Salva pelo Alfa que Acaba Sendo Meu Par - Capítulo 49

49: Traição 49: Traição “Ninguém deve escapar dessa casa antes que eu chegue lá. Eles não devem escapar do castigo. Farei eles sangrarem.” Alfa Steve declarou e saiu trotando de sua mansão.

“Sim, Alfa. Estamos em guarda!” O guarda o assegurou.

“Mateus e Selene ousam abrigar um desertor na casa? Na minha matilha? Sob o meu nariz? Então, Dante estava certo?” Alfa Steve se perguntou enquanto se transformava em seu lobo e corria para a casa do beta.

“Que barulho é esse?” Selene perguntou ao marido. Eles tinham acordado com um barulho estridente, vindo da sala de estar.

“Deixe-me ir verificar.” Mateus disse, e então ele farejou o ar.

“Que diabos? Selene, temos problemas. Consigo perceber cheiros diferentes. Há lobos em nossa casa.” Ele informou a esposa.

“Também consigo percebê-los. Deixe-me acompanhar você.” Selene disse.

“Não, vá verificar as crianças primeiro. Depois que confirmar que estão seguras, pode vir se encontrar comigo.” Mateus disse e trotou para a sala de estar enquanto Selene corria para verificar os quartos das crianças, um após o outro.

“Ah, você está acordada!” Selene exclamou ao ver Aurora sentada na beira de sua cama.

“Sim, não consegui pegar no sono. Eu só sinto uma inquietação, como se problemas estivessem rondando nosso telhado.” Aurora informou à sua mãe, com uma expressão de preocupação. Os quartos das crianças eram à prova de som, então ela não havia ouvido o barulho da sala de estar.

“Querida, é por isso que estou aqui para verificar você. De fato, há alguns lobos cercando nossa casa no momento. Seu pai foi até a sala de estar para verificar. Preciso que você vá ver seus irmãos e se certifique de que fiquem juntos, enquanto lidamos com a situação. Preciso ir ao encontro do seu pai.” Selene explicou para ela.

“O quê? Por quê, mãe?” Ela viu o medo estampado no rosto da mãe pela primeira vez, “está bem, mãe. Irei ficar com eles agora.” Aurora aceitou e se levantou imediatamente.

“E sim, notifique nosso convidado no quarto de hóspedes também. Vocês devem ficar todos juntos. Por favor.” Selene pediu novamente antes de partir e Aurora assentiu e apressou-se em direção aos irmãos.

“Alfa…?” Mateus disse, nervosamente ao chegar à sala de estar.

“Como você ousa, Mateus?” Alfa Steve rosnou para ele. Ele tinha voltado à sua forma humana.

“Alfa, a que se refere? Por que está aqui a essa hora? Poderia ter me contatado pelo vínculo mental para ir até sua mansão se precisasse de mim para…” Mateus começou a dizer, mas foi interrompido.

“Cale essa boca! Onde está o desertor que você está abrigando no seu quarto de hóspedes?” Alfa Steve rugiu.

“O quê… Que desertor? Alfa, como posso manter um desertor em minha casa? Não há desertor aqui.” Mateus tentou mentir.

“Mentiroso!” Alfa Steve afirmou e socou seu rosto, furioso. Mateus cambaleou para trás.

“Oh, deusa lua!” Selene, que acabara de chegar à sala de estar, exclamou e a mão voou para sua boca em choque.

“Quem não perceberia o fedor nauseabundo de um desertor? O cheiro está por toda a sua volta e ainda assim você está aqui mentindo na minha cara.” Alfa Steve balançou a cabeça.

“Não, não é como se eu estivesse mentindo para você, Alfa. Eu realmente queria…”

“Guarde isso. Não quero ouvir mais nada de você. Guardas, entrem nos quartos deles e tragam todo mundo que puderem encontrar lá. Não quero que nenhum deles escape.” Alfa Steve ordenou aos guardas.

“Arrastem todos eles para cá.” Ele acrescentou.

Em pouco tempo, os guardas arrastaram Aurora, seus irmãos e o desertor para a sala de estar.

“Bom! Então, Mateus, desde quando sua esposa deu à luz uma mulher tão adulta que exala o cheiro de desertor?” Alfa Steve perguntou.

“Alfa, por favor, deixe que eu seja a pessoa a explicar a situação para você.” Selene suplicou.

“Estou fazendo as perguntas ao seu marido, mulher. Não interfira!” Alfa Steve gritou com Selene.

“Senhor, me desculpe, mas estou interferindo porque estou em melhor posição para explicar. Por favor, permita que eu o faça.” Selene já estava de joelhos.

“Está bem, mulher, deixe-me lhe dar atenção e ouvi-la. Por que há um desertor em sua casa?” Alfa Steve perguntou.

“Eu estava na patrulha da tarde ontem e entrei na floresta, foi lá que encontrei esta mulher. Ela estava no chão, sangrando e chorando copiosamente. Meu plano era capturá-la e trazê-la para ser interrogada, mas ela implorou dizendo que estava tendo um aborto espontâneo e sentindo muita dor. Considerando o fato de que já experimentei a dor de um aborto, senti pena dela e a levei para nossa casa sem o conhecimento do meu marido. Ele tinha saído para uma tarefa da alcateia e voltou para encontrar uma convidada indesejada. A culpa é toda minha, Alfa. Simplesmente não consegui ignorar uma mulher passando por um aborto espontâneo por causa da dor que isso envolve.” Selene explicou.

“Você a trouxe para ajudar sem o meu conhecimento ou consentimento porque você é a Luna desta matilha ou o quê? Nem a Luna pode fazer as coisas sem me informar primeiro! Quem você pensa que é?” Alfa Steve deu uma risada seca.

“Já era tarde e você nem estava por perto nesse momento. Ela estava à beira da morte. Eu me comovi em ajudá-la.” Ela manteve sua posição.

“Você a ajudou ou a trouxe como cúmplice?” Alfa Steve lançou.

“O quê? Cúmplice?” Mateus e Selene ficaram chocados.

“Sim, cúmplice! Eu sei o que vocês dois têm tramado. Estão planejando traição e agora envolvendo desertores para ajudá-los a cumprir sua missão.” Alfa Steve afirmou.

“Traição? Não! Isso não pode ser!” Aurora e seus irmãos protestaram.

“Alfa, você sabe o quanto minha família e eu somos leais e fiéis a você como nosso líder. Não nos atreveríamos a tramar traição, muito menos trazer desertores para destruir a matilha. Minha esposa só a ajudou. Ainda bem que ela está aqui, por favor, ouça a verdade dela.” Mateus disse.

“Está bem. Desertora, você tem duas opções, falar a verdade ou sua cabeça será arrancada do pescoço neste exato momento. Ela te ajudou quando você estava tendo um aborto espontâneo?” Alfa Steve se voltou para a desertora.

“Aborto espontâneo?” Confusão estava estampada em toda a desertora.