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Capítulo 236: Laços Forjados no Fogo

A lua cheia pairava como um medalhão de prata acima da clareira onde ambas as matilhas se haviam reunido. Aurora estava ao lado de Eli na rocha cerimonial, sua mão firmemente entrelaçada na dele. Haviam se passado quatro semanas desde que selaram o portal, quatro semanas de cura, reconstrução e despedidas.

“Hoje, nos tornamos um só,” anunciou Eli, sua voz ecoando pela multidão silenciosa. As cicatrizes em seu rosto da batalha haviam se desvanecido em finas linhas brancas, mas as memórias permaneciam frescas.

Aurora apertou a mão dele e deu um passo à frente. “Duas matilhas, duas histórias, agora unidas como uma só família.”

A enorme fogueira no centro da clareira crepitava, lançando faíscas em direção às estrelas. Ao redor dela, estavam todos os membros sobreviventes de ambas as matilhas, rostos iluminados pelas chamas dançantes.

Markus se aproximou, carregando uma caixa de madeira esculpida com antigos símbolos de lobos. “Os anciãos aprovaram a união de nossas matilhas,” declarou ele, abrindo a caixa para revelar duas adagas cerimoniais. “Como a tradição exige, o sangue deve selar nosso vínculo.”

Eli pegou uma adaga, Aurora a outra. Sem hesitação, cada um cortou a própria palma e pressionaram suas mãos sangrando juntas.

“Pelo sangue nos unimos,” disseram em uníssono.

Uma onda de energia pulsou pela clareira. Vários lobos ofegaram ao sentir isso – os laços da matilha mudando, se reformando, entrelaçando-se em algo novo e mais forte.

“A Matilha do Crescente de Prata nasce,” proclamou Eli.

A multidão explodiu em aplausos. Lobos mudaram de forma, alguns correndo pelas árvores em comemoração, outros uivando sua aprovação para a lua.

Tina se aproximou, a Presa do Lobo pendurada em uma corrente ao redor do pescoço. Desde a batalha, sua confiança havia florescido. Não mais a aprendiz tímida de curandeira, agora ela estava ereta como a principal curandeira da matilha.

“O artefato escolheu seu guardião,” disse ela, tocando o pingente brilhante. “Vai nos ajudar a nos proteger contra o que está por vir.”

Aurora franziu a testa. “Você sente algo?”

Os olhos de Tina escureceram. “Nada específico. Apenas… sussurros. A Presa vibra às vezes, como se estivesse me avisando.”

Rosie se juntou a elas, seu usual brilho ofuscado pela tristeza. Ela havia perdido Rex na montanha, seu amigo de infância e paixão secreta. “As patrulhas de fronteira encontraram marcas estranhas nas árvores perto da fronteira leste,” relatou ela. “Símbolos que ninguém reconhece.”

Um arrepio percorreu a espinha de Aurora, apesar da quente noite de verão. Ela olhou em direção à borda do encontro, onde três monumentos de pedra se erguiam – memoriais para aqueles perdidos na batalha.

“Vamos dobrar as patrulhas,” decidiu Eli. “Ninguém vai sozinho, especialmente perto da fronteira leste.”

Mais tarde, enquanto a celebração continuava ao redor deles, Aurora se afastou, atraída pela pequena cabine-prisão onde Dante estava sendo mantido. Dois guardas acenaram respeitosamente enquanto ela se aproximava.

“Ele comeu?” ela perguntou.

“Recusa comida novamente,” respondeu um guarda. “Apenas fica lá murmurando.”

Aurora espiou pela pequena janela. Dante estava sentado de pernas cruzadas no chão, sua postura outrora orgulhosa agora encurvada e estranha. As correntes de prata que o prendiam brilhavam ao luar que passava pelas grades da janela.

“Dante,” ela chamou.

Ele levantou a cabeça abruptamente. Por um momento, seus olhos pareceram normais – os olhos do garoto que uma vez puxara suas tranças na escola. Então, a escuridão os invadiu.

“Eles estão vindo,” ele sussurrou, sua voz carregada com algo mais. “Você apenas adiou o inevitável.”

“Quem está vindo, Dante?” Aurora pressionou, lutando contra o impulso de recuar.

Um sorriso distorceu seu rosto. “Os Mestres nunca esquecem. Nunca perdoam. A Semente ainda vive.”

“A Semente está contida,” Aurora lembrou a ele, pensando na caixa de prata agora trancada no cofre mais seguro sob a casa da matilha.

Dante riu – um som oco, estridente. “Sementes crescem, Aurora. É o que elas fazem.”

Ela o deixou lá, seu riso a seguindo na noite. Quando voltou à celebração, encontrou Eli em conversa profunda com o líder lobo Antigo.

“Algo está errado com Dante,” ela interrompeu. “Algo além de sua traição.”

As orelhas do Antigo se achataram. “Os Mestres deixam marcas naqueles que os servem de bom grado. Sua mente pode nunca se recuperar completamente.”

“Ele pode ser perigoso?” Eli perguntou.

“Sempre,” o Antigo respondeu. “Mas talvez não da maneira que você espera.”

Antes que pudessem discutir mais, Lyra irrompeu na clareira, sua pele manchada de sangue enquanto voltava à forma humana.

“Ataque!” ela ofegou. “Fronteira leste – criaturas – não são lobos!”

A celebração se dissolveu em caos. Eli rugiu para que os guerreiros se reunissem. Aurora correu para pegar suas armas, prendendo duas lâminas de prata às costas.

“O que você viu?” ela exigiu de Lyra.

“Coisas de sombra,” a jovem loba arfou. “Como Os Vazios, mas… erradas. Diferentes. Elas levaram Marcos e Lia.”

O sangue sumiu do rosto de Aurora. Marcos e Lia – novos companheiros, mal tinham dezoito anos.

Em minutos, vinte lobos estavam correndo pela floresta, liderados por Eli e Aurora. O Antigo avançava ao lado deles, suas enormes patas silenciosas no chão da floresta.

Eles alcançaram a fronteira leste e congelaram. As árvores estavam marcadas com símbolos que pareciam contorcer-se e mover-se quando olhados diretamente. O ar parecia denso, difícil de respirar.

“Lá,” Tina sussurrou, apontando para uma clareira à frente.

Figuras escuras se moviam à luz da lua – não completamente sólidas, não completamente sombra. Elas circundavam algo no chão.

Eli sinalizou para os lutadores se espalharem. Aurora posicionou uma flecha com ponta de prata e esperou o seu sinal.

As criaturas ainda não os tinham notado. No centro do círculo delas estavam duas formas imóveis – Marcos e Lia.

A mão de Eli baixou. A flecha de Aurora voou certeira, atingindo a criatura de sombra mais próxima. Ela gritou – um som como metal raspando em pedra – e dissolveu-se em uma fumaça oleosa.

A batalha irrompeu. Lobos saltaram de todos os lados, rasgando as entidades sombrias com dentes e garras. Aurora atirou flecha após flecha, cada uma encontrando seu alvo.

Eli fez seu caminho até os membros caídos da matilha. “Eles estão vivos!” ele gritou. “Tirem-nos daqui!”

Dois lutadores avançaram rapidamente, arrastando os adolescentes inconscientes para um lugar seguro.

As criaturas de sombra pareciam infinitas, reformando-se após cada golpe, a menos que atingidas com prata. Aurora usou o resto de suas flechas e sacou suas lâminas, cortando três sombras em um ataque giratório.

“Elas estão vindo de lá!” o Antigo rosnou, indicando um rasgo escuro no ar perto de um enorme carvalho. “Uma fenda!”

Tina avançou para a frente, a Presa do Lobo brilhando com fogo azul ao redor de seu pescoço. “Eu posso fechá-la,” ela chamou, suas mãos já brilhando com poder.

“Cubramos ela!” Aurora ordenou, posicionando-se ao lado da curadora.

Eli lutou até elas, suas garras gotejando com icor negro. “Rápido!”

Tina levantou a Presa do Lobo, entoando palavras que pareciam dobrar o ar ao redor delas. A fenda estremeceu, suas bordas piscando.

Uma sombra maciça rompeu a linha de defesa deles, investindo contra Tina. Aurora se jogou no caminho dela, lâminas cruzadas à sua frente. O impacto a lançou para trás, dor explodindo em seu peito.

“Aurora!” o rugido de Eli sacudiu as árvores.

Através da visão embaçada, ela viu ele despedaçar a criatura de sombra com uma fúria que deixou todos, até mesmo o Antigo, em silêncio atônito.

Tina completou seu cântico. A Presa do Lobo pulsou uma vez, cegantemente brilhante, e a fenda selou com um som como trovão.

As criaturas sombrias restantes dissolveram-se, não deixando nada além de manchas negras no chão da floresta.

No silêncio repentino, Aurora lutou para se levantar, uma mão pressionada contra as costelas. “Está todo mundo bem?”

Eli estava instantaneamente ao lado dela, apoiando seu peso. “Você está ferida.”

“Não é nada,” ela insistiu, embora cada respiração incendiasse seu peito.

A expressão de Tina dizia o contrário enquanto ela examinava o ferimento de Aurora. “Veneno,” ela murmurou. “Como o que afetou o Eli na montanha.”

De volta à casa da matilha, enquanto Tina trabalhava para extrair o veneno do ferimento de Aurora, Eli andava como um animal enjaulado.

“Isso não deveria ser possível,” o Antigo disse. “O portal estava selado.”

“Dante disse que sementes crescem,” Aurora sussurrou entre dentes cerrados. “E se—”

Um alarme estridente interrompeu suas palavras. Guardas gritavam lá fora.

Markus irrompeu pela porta, o rosto pálido. “O cofre foi violado,” ele ofegou. “A Semente Mestra sumiu.”

“E Dante?” Eli perguntou, já sabendo a resposta.

“Também sumiu,” Markus confirmou. “Os guardas foram encontrados inconscientes. Eles dizem que não viram nada, não ouviram nada.”

Aurora encontrou os olhos de Eli do outro lado da sala, o mesmo medo refletido nos olhares de ambos.

Na floresta leste, bem além do território da matilha, Dante estava em uma clareira iluminada pela lua, a Semente Mestra pulsando em sua palma. Veias negras se espalhavam de onde tocava sua pele, subindo pelo braço como trepadeiras famintas.

“Eu fiz o que você pediu,” ele sussurrou para a escuridão que o cercava. “Agora cumpra sua promessa.”

A Semente explodiu com uma luz doentia. O chão sob os pés de Dante começou a rachar, líquido negro surgindo através das fissuras.

E nas profundezas da terra, algo antigo começou a despertar de seu sono.

Os Mestres estavam despertando.

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