Salva pelo Alfa que Acaba Sendo Meu Par - Capítulo 154

154: Casa da Matilha 154: Casa da Matilha Emily espiou Elias e rapidamente abaixou a cabeça com medo. A tempestade formando em seu rosto era palpável.

Elias fazia o possível para conter a raiva e a fúria que estava sentindo. Mas nada do que fazia parecia funcionar.

Fechando os olhos para conseguir uma forma de calma, olhou para Emily e perguntou com uma voz fria.

“Onde está Melanie?”

“Por aqui, Alfa Asher.” Emily levantou agilmente e guiou Asher até o quarto onde Melanie estava internada.

Quando a viu, ele emitiu um grunhido de raiva ao ver a enfermeira cuidando dela. Ela estava dormindo e gemia em seu sono.

A enfermeira, sentindo a aura, fez menção de deixar a paciente e se curvar, mas Elias levantou a mão e sinalizou para ela continuar.

Com as mãos tremendo, ela levantou a bandagem da paciente adormecida e a descartou em uma bandeja.

Quando Elias viu o corte em seu rosto, ele cerrou os punhos com raiva. Isso foi um ato de ódio puro e maldade.

Como Tina ousou fazer isso com uma garota inofensiva? Como ela ousou? Ele ferveu. Emily baixou ainda mais a cabeça e a mão da enfermeira tremia violentamente.

Colocando um freio em sua emoção rápida, ele se desculpou e voltou para a área de espera.

Emily se deixou cair em exaustão enquanto a enfermeira também liberava uma respiração contida.

“Vá em frente e termine de tratar a jovem senhorita.” Emily disse ofegante enquanto se levantava ao lado dela, debilmente.

Emily mordeu o dedo pensativa enquanto olhava para a enfermeira realizando o tratamento distraidamente.

Ela fez algo errado ao informar o Alfa sobre o predicamento de Melanie quando ele acabara de chegar de uma longa viagem? O que aconteceria agora?

Ela segurou seu coração ofegante enquanto se lembrava dos olhos dele no momento em que ela lhe contou a situação. Eles se tornaram âmbar e estavam literalmente cuspindo fogo.

Ela apenas tinha ouvido falar do poder do Alfa, mas nunca havia visto nem experimentado um. Ela tentou estabilizar a perna tremendo enquanto a enfermeira a informava que havia terminado.

“Emily, você está bem?” Melanie perguntou fracamente. Ela ainda estava grogue por causa do remédio, tanto que dormiu durante o curativo da ferida.

“Menina tola. Eu que deveria estar te perguntando isso.” Emily sentou-se na cama e tirou o café da manhã dela.

“Você está bem?” Ela manteve a pergunta enquanto a observava de soslaio.

Suspirando, Emily abriu o frasco e despejou sopa em um prato.

“Estou bem, Melanie. Você dormiu tão bem que eu estava preocupada que algo ruim tivesse acontecido com você.”

“Sério?” Melanie colocou a mão no rosto em horror. Emily sorriu diante de sua ingenuidade. Pelo menos, ela conseguiu desviar sua atenção com sucesso desta vez.

“Vou pegar uma colher para sua sopa.” Ela se levantou e se dirigiu até a porta.

É melhor contar a ela sobre o Alfa quando ela estiver mais acordada. Seria apenas um motivo para se entristecer caso soubesse que o Alfa Asher veio enquanto ela dormia e viu seu rosto ferido.

Enquanto isso, Elias voltou para a área de espera da clínica.

“Theo, me encontre na entrada da clínica agora mesmo.” Elias se comunicou mentalmente com Theo.

A clínica inteira estava quieta enquanto observavam seu Alfa andar de um lado para o outro com raiva, mas Elias não se importava com isso enquanto mantinha um rosto severo.

Uma criança pequena gritou, sentindo a tensão ao seu redor e sua mãe rapidamente a fez calar, colocando uma chupeta em sua boca.

Suspirando pesadamente, em sua raiva, ele havia liberado um pouco do Poder do Alfa e havia parado o trabalho na clínica.

Ele olhou ao redor com o coração pesado, então levantou a mão e a atmosfera mudou rapidamente enquanto as pessoas ofegavam, respirando fundo.

O barulho da clínica recomeçou gradualmente enquanto ele continuava olhando para eles.

Aquele que merecia sua ira estava de volta em sua mansão. Ele deveria ir despejar nela.

Elias saiu para fora da clínica e lá encontrou Theo na entrada.

“Alfa.” Theo chamou-o, e imediatamente abaixou a cabeça.

A tensão ao redor de Elias poderia ser cortada com uma faca.

Elias raramente perdia o controle desse jeito. O que havia dado errado nos poucos minutos que ele deixou o Alfa? Onde estava Aurora?

“Vamos sair.” Elias instruiu, com o rosto carrancudo.

Quando saíram da clínica, foram recebidos por Aurora, que havia visto Theo voltando para a clínica. Ela havia levado Bella para tomar café da manhã e eles estavam do outro lado da rua esperando por Elias.

Ela estava surpresa por ele ter voltado e também porque Elias estava demorando tanto para retornar. Então, ela correu atrás dele, depois de dizer a Bella para esperar por ela.

Vi
u-os ambos saindo novamente e se aproximou. Vendo a expressão no rosto de Elias, ela acelerou o passo e quase correu até ele.

“Você está bem, Elias?” Ela perguntou, preocupação estampada em seu rosto.

Ela pegou a mão dele e segurou-a na dela. Theo pigarreou e andou alguns metros para longe deles.

Agatha tentou soltar a mão de Elias, mas ele a puxou para si e abraçou-a com força.

Aurora suspirou chocada com essa demonstração e quis se desvencilhar do abraço, “Elias, Theo está bem ali e tem gente por perto.”

Elias se segurou teimosamente, enquanto encostava a cabeça na dela, “Eu não me importo, Aurora. Eu preciso disso.” Ele sussurrou em seus cabelos.

Depois de alguns segundos, ele a soltou e a olhou diretamente nos olhos.

“Vá para casa. Eu estarei tratando de alguns assuntos na Casa da Matilha.” Ele sussurrou, puxando uma mecha de cabelo e a ajeitando atrás da orelha dela.

“Casa da Matilha?” Aurora perguntou confusa, enquanto Elias assentiu.

Ele nunca havia ido lá desde que ela estava aqui e, segundo os rumores, ele fazia todos os seus negócios oficiais em seu escritório na mansão.

“Você tem certeza de que está tudo bem?” Ela perguntou novamente e ele assentiu.

“Eu passarei por aí mais tarde.” E com isso, ele a deixou.

Aurora observou ele e Theo se dirigirem à Casa da Matilha.

“Mande alguém buscar Lily na Casa da Matilha, agora!” Elias ordenou com os dentes cerrados.

Theo sentiu um calafrio na espinha. Ele estava agradecido por não ser Tina naquele momento.

Ele viu Elias dobrar a manga enquanto caminhava determinado.

“Liam, mande alguém buscar Liam na Casa da Matilha. Hoje vai ser um dia longo.” Ele se comunicou mentalmente com Liam, depois correu atrás de Elias e juntos se dirigiram à Casa da Matilha.

~
“Leve-a para o calabouço.” Alfa Steve ordenou e Dante imediatamente se comunicou mentalmente com Lucas para que viesse levá-la para o calabouço.

Lucas entrou no escritório ainda parecendo pálido. Ele olhou para Gracie, vendo que ela ainda estava com a mente lúcida, suspirou aliviado.

Gracie estava longe de estar bem, ela estava atordoada e fora de si.

Enquanto Lucas a desamarrou da cadeira e a levantou, ela caiu em prantos.

“Tire-a daqui, agora.” Alfa Steve rugiu
Ela quase morreu agora mesmo, ela soluçava. Ela quase perdeu sua vida preciosa.

Irritado, Lucas a pegou rudemente e a arrastou até a porta.

Gracie o acompanhou em lágrimas. Ela havia sido assustada a ponto de revelar tudo o que sabia.

Esperançosamente, ela estará segura no calabouço. Engolindo em seco, ela olhou para Lucas e fez sua cara mais piedosa.

“Eu preciso usar o banheiro.” Ela soluçou.

Lucas parou e a olhou com desprezo. “Tem espaço suficiente lá para você fazer suas necessidades. Você não é mais bem-vinda a usar qualquer instalação desta mansão.”

E com isso, Lucas a entregou ao guarda pessoal do Alfa.

“O que vai acontecer agora, pai?” Dante perguntou ao pai enquanto saíam do escritório.

Algumas empregadas haviam entrado e já estavam limpando tudo.

“Vamos verificar o Dr. Gilberto e ver como ele está se saindo primeiro.” Alfa Steve respondeu, mas era óbvio que ele já tinha muito em mente.

Eles subiram as escadas e logo chegaram no quarto onde Karen estava sendo tratada pelo Dr. Gilberto.

“Como estão as coisas, Doutor?” Alfa Steve perguntou assim que entraram no quarto.

“Não vai bem, Alfa.” Dr. Gilberto enxugou o suor da testa. Ele se levantou e veio ficar diante do Alfa.

“Podemos perder esta aqui.” Ele sussurrou, para que apenas o Alfa e Dante pudessem ouvi-lo.

Passando a mão cansada pelos olhos, Dante falou em voz calma, “E sobre o companheiro dela? Você mencionou algo sobre ela ter uma chance se tivesse um companheiro. Ela tem. Então, onde ele está?”

“Ele se recusou a vir.” A Sra. Collins respondeu de onde estava sentada. Ela continuava olhando para a criança que parecia estar dormindo, mas sabia sobre o que eles não estavam lhe dizendo.

Ela sabia que Karen estava em grande perigo.