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- Capítulo 552 - 552 Forçar um Caminho 552 Forçar um Caminho Nedour era uma
552: Forçar um Caminho 552: Forçar um Caminho Nedour era uma terra amaldiçoada, ele tinha certeza disso. Que razão a vida tinha para constantemente impedir que ele passasse tempo com sua esposa?
“Ela está arruinando minha vida,” Atticus lamentou dolorosamente para Daphne como se tivesse sido atingido por incontáveis golpes da má sorte. Eles andavam pelos corredores do palácio, procurando pela sala de reuniões que Cordélia tinha indicado como seu ponto de encontro.
“Você está sendo dramático,” Daphne disse, segurando a sacola de papel um pouco mais forte em sua mão enquanto Atticus arrastava suas malas atrás deles.
Daphne pensou em passar pelo quarto deles primeiro para deixar suas compras, mas era um pouco mais longe do que o ponto de encontro – parecia um pouco contraproducente fazer a viagem até lá e voltar, especialmente quando ela prometeu mostrar suas novas aquisições para Cordélia.
Ela até poderia querer desfilar com elas na frente de Cordélia!
“Quanto tempo faz desde nosso último encontro de verdade?” Atticus perguntou, com a voz próxima do soluço, embora Daphne apostasse todos os seus dez dedos que ele estava longe de realmente chorar. Seu marido era feito para o teatro.
“Logo antes de partirmos de Vramid,” Daphne o lembrou. “Não me diga que você esqueceu?”
E para suas agendas extremamente ocupadas, isso já era considerado um luxo. Ela não conseguia se lembrar de ter visto seus pais em um encontro antes. Mas novamente, eles não eram um casal amoroso e Daphne também não era uma criança amada que veria seus pais muitas vezes.
“Eu nem sequer consegui comer!”
Por comando, um ronco baixo percorreu o ar, vindo do estômago faminto de Atticus. Ele tinha estado tão ocupado protegendo Daphne como um dragão protegeria seu tesouro que nem sequer olhou direito para o cardápio, muito menos pediu algo dele.
Daphne suspirou e alcançou a sacola de papel. Ela sabia que isso seria útil.
“Aqui,” ela disse, alcançando a sacola e tirando um palito de peixe.
Não havia molho nele, infelizmente para Atticus, pois seria complicado comer enquanto andavam. Contudo, seu rosto ainda se iluminou como se ela tivesse acabado de oferecer a ele todo o tesouro real dos reinos.
Não, na verdade, isso era melhor do que qualquer tesouro que Atticus pudesse pedir. Desta vez, ele pensou que talvez derramasse algumas lágrimas verdadeiras.
Ele amava sua esposa. E pelo fato de que ela estava disposta a colocar comida em sua barriga sem perguntar, ele pensou que a amava um pouco mais do que ontem, se isso fosse possível. Realmente, o caminho mais rápido para o coração de um homem era através de seu estômago.
Atticus devorou rapidamente os palitos de peixe, e justo a tempo, eles chegaram à sala de reuniões.
“Por que demoraram tanto?” Cordélia perguntou, franzindo a testa. Seu nariz se enrugou ao ver as migalhas nos lábios de Atticus, olhando com nojo. “Limpe seus lábios antes de entrar. Eu não quero migalhas nos sofás.”
Atticus revirou os olhos, mas fez o que lhe foi dito. Com um aceno de mão, ele condensou o ar em líquido, puxando água do ar antes de usá-la para limpar seus lábios. Ele então prontamente jogou o pequeno fio de água pela janela antes de se jogar nos sofás.
“O que é tão importante que você decidiu perturbar nosso encontro?” Atticus perguntou, lançando um olhar irritado a Jonah, que simplesmente manteve um sorriso descontraído, não afetado pelo mau humor de Atticus. Na verdade, quanto mais ríspido o olhar, mais feliz o seu sorriso.
Isso era algo que Cordélia refletia também. Afinal, Atticus tinha feito tanto alarde sobre ela estar sozinha com Jonah, que ela pensou que era apropriado tomar um pouco de vingança.
Contudo, não era hora para joguinhos mesquinhos. Eles estavam ali para assuntos sérios e, embora fosse uma brincadeira divertida arruinar o encontro deles por meras piadas, eles estavam reunidos hoje com preocupação por um assassinato que havia ocorrido debaixo do nariz deles.
“Um carregamento de―” Jonah começou a dizer, mas foi prontamente interrompido por Daphne.
“Um segundo,” ela disse, e acenou com a mão para a porta.
Um feitiço de silêncio foi lançado, garantindo que ninguém do lado de fora pudesse ouvir a conversa deles. Poderia ser só imaginação dela, mas Daphne pensou ter ouvido alguém do lado de fora. Poderia ter sido algum funcionário do palácio passando, mas Daphne não estava disposta a correr o risco.
“Pronto,” ela disse, fazendo um gesto para que Jonah continuasse.
Ele sorriu. “Como eu estava dizendo,” ele continuou, “um carregamento de mercadorias de Santok foi encontrado na praia. Incluía provisões padrão como comida, mas também uma grande importação de armas.”
“Nenhum registro comercial documentou esperar por qualquer importação nas últimas semanas de Santok,” Cordélia disse. “Além disso, o reino está atualmente em lockdown.”
“Guerra civil,” Jonah explicou ao ver a expressão interrogativa de Daphne. “Santok tem muitos príncipes, e parece que o velho rei está prestes a passar deste para melhor mais cedo do que tarde. As diferentes facções se ergueram, todas a favor do príncipe de sua escolha.”
“Existem três príncipes em Santok,” Atticus interveio. “Além de…”
“Nikun,” Cordélia forneceu. “O quarto príncipe.”
“Mas ele não é filho da rainha de Santok,” Atticus lembrou. “Ele não está na disputa para o próximo rei.”
A sala caiu em silêncio.
“Se um de seus irmãos se tornar rei, não importa qual irmão seja, os outros definitivamente morreriam de um jeito ou de outro,” Atticus continuou. “Santok é impiedosa dessa maneira. Laços familiares não significam nada para eles quando um trono e uma coroa estão em questão. Suas irmãs podem viver, mas mesmo assim, eu não ficaria surpreso se todas fossem casadas por movimentos políticos.”
“A única maneira de Nikun escapar da morte é se mudar para outro lugar,” Daphne disse devagar, as engrenagens se encaixando. “E qual a melhor maneira de fazer isso do que…”
“Casar-se com a realeza?” Cordélia terminou, rindo friamente ao fim de sua frase. A expressão em seus olhos escureceu enquanto ela apertava a mão em um punho.
“Nikun precisava de um lugar na sua competição. Ele já estava a caminho daqui antes de naufragar,” Atticus disse, cruzando os braços enquanto se recostava no assento, com uma postura preguiçosa e relaxada.
Jonah disse, “Mas por causa da tempestade, não havia espaço restante para ele.”
“Mas não é problema, não é?” Atticus riu friamente. “Ele poderia facilmente criar um espaço para si mesmo. Afinal, quão difícil pode ser matar um homem?”