Roubada pelo Rei Rebelde - Capítulo 17
- Home
- Roubada pelo Rei Rebelde
- Capítulo 17 - 17 Primeiro as Primeiras Coisas 17 Primeiro as Primeiras
17: Primeiro as Primeiras Coisas 17: Primeiro as Primeiras Coisas “Princesa! Você voltou em segurança!” Maisie lamentou aliviada quando viu Atticus e Daphne chegarem de volta ao castelo. Ela havia estado ansiosamente abrindo um buraco no pátio, esperando pela princesa para retornar. Quando percebeu que a princesa havia saído para a Feira de Inverno, ficou horrorizada.
A princesa estava vestida de empregada e não tinha dinheiro! O tempo estava frio e ela não tinha manto! E se ela fosse enganada por vendedores desonestos? E se homens injustos cobiçassem sua beleza e a capturassem? E se a princesa nunca mais voltasse?
A pobre empregada só se acalmou levemente depois de saber que o Rei Atticus estava com ela.
“Você está tremendo!” Ela rapidamente enrolou um manto ao redor da princesa, não gostando da palidez de sua pele e lábios. Quando Maisie percebeu as manchas úmidas em seu vestido, ela entrou em pânico. “Princesa, o que aconteceu com você?”
“Guerra de bolas de neve”, Daphne respondeu cansada, sua mente em um estupor com os eventos do dia. Ela acidentalmente ativou um cristal mágico, começou uma guerra de bolas de neve com Atticus, e o derrubou na neve. Agora Atticus a estava tratando como se ela tivesse a peste, se recusando a falar com ela ou até mesmo olhar para ela no caminho de volta.
Isso era ainda mais estranho do que descobrirem que uma vendedora de brinquedos havia costurado cristais mágicos em seus brinquedos sem saber.
“Prepare um banho quente para a princesa”, Atticus ordenou enquanto entrava em casa.
“E você?” Daphne perguntou, não por preocupação, mas por… algo. Ela o havia empurrado para o monte de neve. Ele deve estar congelando. Ela se sentiu um tanto culpada.
“Estou ocupado”, Atticus disse secamente, decididamente sem olhar para ela enquanto subia as escadas.
Maisie piscou, antes de olhar para Daphne como se ela tivesse as respostas para o comportamento improvável de seu senhor. Daphne só pôde dar de ombros. Talvez Atticus fosse alérgico a ser derrubado por mulheres?
Será que ele era um homem tão mesquinho que não gostava dela depois que ela o pegou de surpresa, mesmo por algo tão trivial quanto uma guerra de bolas de neve?
Ela fungou. Que mente pequena.
“Sim, Vossa Majestade!” Maisie se curvou apressadamente. “Princesa, por aqui! Há uma lareira ativa aqui. Por favor, espere enquanto preparo seu banho.”
Daphne a seguiu, de olho nas costas de Atticus.
“Então você finalmente voltou!” Sir Jonah desceu o corredor, apontando furiosamente para o Rei Atticus que parou nos degraus. “O que você tem a dizer em sua defesa?”
“Oi Jonah, como vai?” Atticus disse sem graça, mas Daphne podia detectar o tom acanhado em sua voz. “Legal te ver, quer um pouco de carne assada―”
“Eu vou te transformar em carne assada!” Sir Jonah declarou enquanto pulava as escadas. Atticus, o rei temível que era, simplesmente jogou a sacola de brinquedos infantis em Jonah, antes de virar as costas e correr escada acima como se sua vida dependesse disso.
Sir Jonah pegou a bolsa e estava em seus calcanhares, gritando para ele parar.
Daphne ergueu a sobrancelha curiosamente.
“Sir Jonah estava tão furioso de preocupação quando descobriu que o Rei Atticus não o havia avisado antes de sair com você”, Maisie sussurrou. “Seu rosto poderia talhar leite!”
Daphne riu baixinho e então espirrou. E espirrou de novo.
Droga.
***
“Jonah, se você se comportar assim, haverá muitos boatos sobre nós”, Atticus apontou enquanto Jonah finalmente o encurralava em um dos quartos vazios do castelo, batendo a porta atrás dele. “Por que eu sinto que sou um marido que foi pego tendo um caso?”
“Como se eu fosse casar com alguém que decide sair do castelo sem nem mesmo deixar um simples bilhete.” Jonah debochou, e Atticus estremeceu.
Ele sabia que havia se esquecido de algo quando saiu do castelo apressadamente. Ele estava muito focado em passar o tempo na feira, espionar seu povo e provocar sua nova esposa. A lembrança de suas bochechas rosadas e inchadas e seus lábios emburrados enviou involuntariamente um sorriso para o rosto de Atticus.
“E olhe para você, sorrindo agora, como se fosse algo para se orgulhar!”
A observação rapidamente apagou o sorriso. A expressão de Atticus endureceu, seus lábios franziram-se culpados como se fosse uma criança cujas mãos foram pegas no pote de biscoitos.
Jonah continuou a desabafar, chateado. “Não deixou um bilhete, não deixou guardas, nada além de um cavalo e uma princesa vestida de empregada com você. Vossa Majestade tem perda de memória? Ou o assassinato recente escapou de sua mente? Devo trazer as cabeças decapitadas para te lembrar? Talvez espirrar sangue nos tapetes lavados?”
“Eu cuidei disso muito bem, então honestamente―” Atticus começou, mas Jonah estava em êxtase.
“Eu não estou te impedindo de se divertir. Na verdade, acho uma ótima ideia se você quiser sair com a princesa para se fazer amado por ela.” Jonah suspirou, beliscando a pele entre as sobrancelhas. “Mas, pelo amor de Deus e dos céus acima, não poderia me avisar primeiro? Especialmente depois que tivemos aquela conversa sobre conseguir guardas para você! Você não estava me ouvindo?!”
“Sim, eu estava, e realmente esqueci de mandar um bilhete para você”, Atticus disse baixinho, tentando parecer mais arrependido do que estava.
Sua mãe já havia falecido há muito tempo, mas às vezes Jonah a canalizava tão bem que ele se perguntava se era o espírito dela possuindo-o. Quando ele ficava assim, Atticus apenas balançava a cabeça e admitia suas falhas.
“Mas não se preocupe, meu amigo, você terá muitos bilhetes em breve”, Atticus continuou, um brilho retornando a seus olhos.
“O que você quer dizer?”
Atticus então o contou tudo o que aconteceu na feira, desde o despertar mágico de Daphne até a história da vendedora de brinquedos e como ele deu a ela o endereço de Jonah. Jonah parecia menos do que satisfeito, seu rosto escurecendo a cada palavra que saía dos lábios de Atticus.
“Que dor de cabeça”, Jonah reclamou enquanto olhava para a bolsa que pegou. “Agora, não só temos um anel de contrabando em nossas mãos, como você deu a ela meu endereço?”
“Bem, eu não ia dar a ela o meu”, Atticus disse, dando de ombros. “Eu estava disfarçado! Eu não posso exatamente dizer ‘Por favor, enderece sua inteligência ao rei no palácio real’. Ela acha que eu sou você. Se ela se apaixonar por você, saiba que é por minha causa. Eu fui um perfeito cavalheiro.”
“Absurdo! Você provavelmente arruinou minha reputação!” Jonah guinchou. “Além disso, ‘eu’ agora sou casado e possivelmente com um filho a caminho. Por que ela estaria me enviando cartas de amor? E se ela o fizesse, se eu tivesse reciprocado, não seria o fim da minha reputação?”
“Ah, isso é um problema para mais tarde. Agora, tem algo que estamos perdendo”, disse Atticus.”Se você fosse um contrabandista, por que escolheria brinquedos infantis?”
“Ninguém esperaria isso. Nós certamente não esperávamos.” Jonah deu de ombros e puxou um brinquedo, imaginando o que Atticus queria dizer. Ele não reagiu em suas mãos, então ele puxou outro.
Desta vez, o brinquedo brilhou um verde intenso – um sinal indiscutível de ativação do elemento terra. Jonah apressadamente reprimiu sua aura, fazendo o brinquedo escurecer.
“Merda”, Jonah praguejou, seus olhos arregalados.
“Merda, de fato.”