Rise Online: O Retorno do Jogador Lendário - Capítulo 917
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- Capítulo 917 - 917 Escurecimento 917 Escurecimento Kaizen segurou a Espada
917: Escurecimento 917: Escurecimento Kaizen segurou a Espada Noturna com mais força, sentindo o peso familiar da lâmina em suas mãos. A espada parecia pulsar com uma energia própria, respondendo ao seu comando com precisão e velocidade. Ele olhou para Cephal, que estava à sua frente com as mãos erguidas em uma postura defensiva. A expressão de Cephal era séria, seus olhos fixos nos de Kaizen com uma intensidade que fazia o coração de Kaizen bater mais rápido.
“Ataque, Kaizen”, repetiu Cephal, sua voz baixa, mas clara acima do rugido da tempestade. “Vamos ver o que você consegue fazer.”
Kaizen assentiu lentamente, com a mente finalmente decidida. Ele não podia recuar agora, não podia deixar o medo vencê-lo. Este era o momento de se provar, de mostrar a Cephal que estava pronto para encarar qualquer desafio.
Com um grito de batalha, Kaizen avançou, a Espada da Noite cortando o ar em direção a Cephal. O golpe foi rápido e preciso, feito para testar as defesas de Cephal. Mas justo quando a lâmina estava prestes a atingir o braço de Cephal, algo extraordinário aconteceu.
O braço de Cephal endureceu, a pele se transformando em uma camada metálica negra. A lâmina de Kaizen atingiu essa barreira impenetrável, e o som do impacto reverberou pelo campo de batalha. Kaizen ficou de pé enquanto Cephal permanecia imóvel, seu braço ainda endurecido pela técnica evoluída.
“Isso é…” Kaizen começou, sua voz tremendo com incredulidade. “Como você fez isso?”
Cephal sorriu, um sorriso duro, mas sincero. “Isso é uma técnica evoluída”, ele explicou, sua voz calma apesar da tempestade ao redor deles. “É uma habilidade que lhe permite endurecer sua pele, tornando-a resistente a quase qualquer ataque. Como eu disse, um verdadeiro guerreiro deve poder confiar não apenas em sua espada, mas também em seu próprio corpo.”
“Como?”
“Não é algo que você aprende em um dia”, começou Cephal, esfregando o queixo com uma mão calejada. “É mais um sentimento… uma intuição. Você tem que sentir a energia dentro de você, canalizá-la para a sua pele. Imagine que seu corpo é como uma rocha que pode ser moldada. Você se torna resistente como a pedra, mas ainda flexível e vivo.
Kaizen franziu a testa, tentando processar as palavras de Cephal. “Sentir a energia dentro de mim? Moldar meu corpo como uma pedra?”
Cephal assentiu, com um brilho de paciência em seus olhos. “Sim. Exatamente. Feche os olhos, Kaizen. Sinta seu próprio fluxo de energia. Está lá, sempre esteve lá, você só precisa aprender a controlá-la.”
Kaizen respirou fundo e fechou os olhos como Cephal sugeriu. A tempestade rugia ao redor deles, mas ele tentou bloquear o barulho e se concentrar no que estava dentro dele. Ele podia sentir seu coração batendo, o sangue correndo por suas veias, mas e a energia? Onde estava aquela força interior que Cephal tinha mencionado?
“Respire fundo”, continuou Cephal, sua voz agora tão suave quanto o sussurro de uma brisa. “Sinta o ar entrando em seus pulmões, nutrindo cada célula do seu corpo. Deixe essa energia fluir, imagine-a como um rio que corre através de você.”
A cada respiração, Kaizen tentava visualizar a energia fluindo através de seu corpo. Foi difícil no início. A tempestade ao redor parecia intensificar sua distração, o rugido dos trovões e o clarão dos relâmpagos competindo por sua atenção. Mas aos poucos ele começou a sentir algo. Um calor, uma pulsação suave se movendo dentro dele.
“Isso aí, Kaizen”, incentivou Cephal, observando atentamente. “Agora foque essa energia em sua pele. Imagine-a endurecendo, transformando-se em algo sólido e impenetrável.”
Kaizen fechou os olhos e se concentrou mais ainda. Ele podia sentir a energia acumulando, um fluxo de poder rumando para a superfície de sua pele. Lentamente, ele abriu os olhos e olhou para o próprio braço, tentando ver alguma mudança.
Nada.
Sua pele parecia a mesma, sem transformação visível. Ele suspirou, desapontado. “Eu… não consigo, Cephal.”
Cephal deu um passo à frente e colocou uma mão firme no ombro de Kaizen. “Hum… Talvez você não consiga criar uma mancha negra em sua pele tão cedo, muito menos envolvê-la ao redor de você para se proteger. No entanto, continue tentando.”
Kaizen respirou fundo, tentando não deixar a frustração tomar conta dele. A tempestade ao redor continuava a rugir, como se refletisse a turbulência em sua mente. Cephal removeu a mão do ombro dele e deu um passo para trás, observando-o com um olhar firme e determinado.
“Vamos tentar novamente amanhã”, disse Cephal, sua voz cortando o som da tempestade. “É um processo longo, mas com dedicação você terá sucesso.”
*
Nos dias seguintes, Kaizen e Cephal se encontraram diariamente no acampamento de treinamento.
O acampamento de treinamento era um vasto espaço aberto cercado por colinas cobertas de vegetação esparsa. Ao longe, o som do rio corrente podia ser ouvido, e o ar fresco da manhã estava cheio com o cheiro de terra úmida e grama.
Cephal sempre começava suas sessões de treino com uma série de exercícios físicos rigorosos projetados para fortalecer o corpo e a mente de Kaizen. Eles corriam longas distâncias, faziam flexões e abdominais, e praticavam combate corpo a corpo.
“Mais rápido, Kaizen!” gritava Cephal, observando Kaizen correr pelo campo. “Você deve ser mais rápido, mais ágil. Um guerreiro deve ser capaz de se mover com a velocidade do vento e a força do trovão.”
Kaizen corria até seus músculos queimarem, o suor escorrendo por seu rosto. Ele sabia que esses exercícios eram essenciais para sua preparação, mas a parte mais desafiadora do treinamento ainda estava por vir. Após os exercícios físicos, Cephal começou a instruí-lo na técnica de enegrecimento.
“Feche os olhos”, instruía Cephal a cada dia, sua voz calma e estável. “Sinta a energia dentro de você. Foque nela, deixe-a fluir para a sua pele. Imagine seu corpo mudando, tornando-se tão forte quanto a rocha.”
Kaizen seguia as instruções de Cephal com devoção. Ele fechava os olhos e respirava profundamente, tentando bloquear todas as distrações à sua volta. Gradualmente, ele começou a sentir a energia dentro dele, um calor suave movendo-se pelo corpo. Ele focava essa energia na pele, tentando imaginar que estava endurecendo em algo sólido e impenetrável.
Por duas semanas ele tentou e falhou. A pele de Kaizen permaneceu inalterada, sem nenhum sinal da transformação que Cephal tinha descrito.