Rise Online: O Retorno do Jogador Lendário - Capítulo 915
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915: Cephal, O Bárbaro Supremo 915: Cephal, O Bárbaro Supremo “Já disse que não dou tutoriais para ninguém, não sou um NPC.” disse Cephal, sem desviar o olhar.
Kaizen sorriu levemente, cruzando os braços sobre o peito. Sabia que Cephal acabaria o reconhecendo.
“Quanto tempo, Cephal,” disse Kaizen, sua voz ressoando suavemente pelo espaço vazio da arena.
Cephal parou no meio do golpe, seus músculos tensos à luz do sol. Lentamente, virou-se para enfrentar Kaizen, seus olhos cinzentos se estreitando ao reconhecê-lo. Por um momento, um lampejo de surpresa cruzou seu rosto antes de recompor-se em uma máscara de indiferença.
Cephal era o epítome de um selvagem. Era grande, alto, musculoso e tinha a pele cor de chocolate cheia de tatuagens.
“Não te conheço.” ele finalmente disse, a palavra saindo como um suspiro contido. “De qualquer forma, o que você está fazendo aqui?”
Kaizen deu alguns passos para a frente, aproximando-se do centro da arena. Podia sentir a tensão no ar, uma mistura de respeito e desconfiança que sempre caracterizou seu relacionamento com Cephal.
“Estou procurando alguém que possa me ajudar a treinar e aprimorar minhas técnicas. De preferência um Evoluído,” Kaizen explicou, mantendo o tom calmo e firme. “E pensei em você. Quem melhor para me desafiar do que o próprio Cephal?”
Cephal franziu a testa, suas sobrancelhas formando uma linha de confusão e irritação. Ele deu um passo para trás, ainda segurando firmemente a espada massiva, e a brandiu novamente para treinar.
“Não sei do que você está falando,” ele disse, sua voz carregada de desprezo. “Eu luto sozinho, treino sozinho. Não preciso de companheiros, especialmente de alguém que pensa que precisa da minha ajuda.”
Kaizen sentiu a irritação de Cephal crescer, mas se manteve calmo. Sabia que a melhor maneira de lidar com Cephal era ser direto e honesto, mesmo que isso significasse confrontá-lo.
“Fui eu quem te salvou das garras de Zylok,” Kaizen declarou, seus olhos fixos nos de Cephal. “Você se lembra disso? Se não fosse por mim, talvez você ainda estivesse lá.”
Cephal apertou os lábios, seu rosto endurecendo, e parou de balançar sua espada. Ele deu um passo à frente, chegando perigosamente perto de Kaizen. Seus olhos brilhavam com uma mistura de raiva e negação.
“Você acha que foi você quem me salvou?” rosnou Cephal, sua voz baixa e ameaçadora. “Eu me salvei. Sempre fui eu. Você estava apenas no caminho, como todos aqueles seus companheiros.”
Kaizen não recuou diante da fúria de Cephal. Sabia que era o orgulho ferido falando, a necessidade de se afirmar como independente e invulnerável.
“Então, você se lembra de mim.”
“Eu-Eu…”
“Não se preocupe. Não estou aqui para discutir o passado,” disse Kaizen firmemente. “Estou aqui porque preciso da sua ajuda. Eu sei do que você é capaz. Sei que você pode me desafiar de uma maneira que quase ninguém mais pode.”
Cephal respirou fundo, fechando os olhos por um momento antes de abri-los novamente, a intensidade de sua raiva diminuindo levemente. Olhou para Kaizen, avaliando-o com um olhar penetrante.
“E por que eu deveria ajudá-lo?” ele finalmente perguntou, sua voz mais controlada, mas ainda cheia de suspeita. “O que eu ganho com isso?”
“Porque ambos sabemos que esta é a única maneira dos Evoluídos ficarem mais fortes,” ele disse lentamente. “Não ficamos mais fortes matando mais monstros, mas melhorando nossas habilidades. Em outras palavras, nossos avatares atingiram o pico, precisamos melhorar nossas habilidades e gameplay. Preciso da sua ajuda para alcançar um nível mais alto, e talvez eu possa ser útil para você também.”
Cephal ficou em silêncio por um longo momento, seus olhos fixos em Kaizen. Finalmente, ele balançou a cabeça lentamente, como se tomando uma decisão difícil.
“Não.” ele disse, a palavra saindo com uma finalidade que não deixava espaço para argumentos. “Não vou ajudá-lo, Kaizen. Você terá que encontrar outra maneira de melhorar suas técnicas.”
Kaizen sentiu uma onda de decepção, mas não se deixou abater. Sabia que Cephal era teimoso e que mudar sua decisão seria um desafio. Mas também sabia que, no fundo, Cephal respeitava sua determinação.
“Se é isso que você quer,” disse Kaizen calmamente. “Não insistirei. Talvez Zylok esteja interessado. Ele é um velho que precisa lidar com a reconstrução da cidade, mas ele te derrotou. Talvez ele realmente seja a melhor opção.”
“Zylok só me venceu porque absorveu meus atributos! Ele não é mais forte do que eu por um milhão de anos! Eu sou o bárbaro supremo!”
Kaizen, percebendo a oportunidade, avançou, aproximando-se de Cephal com cuidado, mas sem mostrar medo.
“Então prove,” ele disse suavemente. “Mostre-me a força do bárbaro supremo. Treine comigo e me ajude a alcançar o próximo nível.”
Cephal hesitou, seus olhos cinzentos avaliando Kaizen com uma mistura de suspeita e curiosidade. A raiva em seu rosto começou a desaparecer, substituída por um olhar calculista. Ele sabia que Kaizen era um oponente formidável e, apesar de seu orgulho, não podia negar a utilidade de ter alguém de seu calibre ao seu lado.
“Você é persistente,” murmurou Cephal, sua voz carregada de uma exasperação que apenas mascarava a aceitação. Ele abaixou sua espada, cravando a lâmina no chão com um movimento rápido e preciso. “Muito bem. Treinarei você, mas não espere que eu pegue leve.”
Kaizen permitiu-se um pequeno sorriso de satisfação. “Eu não esperaria nada menos de você, Cephal.”
Cephal soltou um suspiro pesado e olhou ao redor da arena.
“Vamos começar com algo simples. Eu ataco e você desvia.” Ele puxou a espada do chão.
Num instante, Cephal desapareceu de onde estava. Ele avançou com um golpe poderoso, a espada cortando o ar com um assobio mortal.
Enquanto o ataque do inimigo vinha em direção a Kaizen, ele reagiu prontamente, seus instintos afiados de inúmeras batalhas. Com velocidade relâmpago, ele alcançou seu inventário e retirou a Espada Noturna. A lâmina brilhou ameaçadoramente ao sol enquanto ele aparava habilidosamente o ataque que vinha, o choque de metal repercutindo pelo ar. A firme pegada de Kaizen no cabo e sua esgrima aprimorada permitiram que ele bloqueasse o assalto sem esforço. Sua postura calma e focada enviou uma mensagem clara ao seu oponente – ele não era para ser subestimado.
“Desculpe, mas minha especialidade agora não é mais desviar, mas bloquear.” disse Kaizen.