Rise Online: O Retorno do Jogador Lendário - Capítulo 914

914: Hurgh 914: Hurgh Enquanto uma fase havia terminado para Kaizen, outra estava apenas começando. Ele precisava refinar suas técnicas e o uso de suas habilidades, pois nos torneios oficiais do Rise Online, os atributos eram equilibrados, o que significava que Victor não teria uma grande disparidade em força física ou mana em comparação com seus oponentes.

No entanto, não era fácil encontrar um lugar para praticar sendo muito mais forte que a maioria dos jogadores. Claro, sem impulsos ou armaduras, Kaizen estimava que ele tinha os atributos de um jogador de nível 400. Isso era alto até mesmo entre os outros evoluídos, mas ainda havia certos jogadores que poderiam enfrentá-lo.

Cephal, o evoluído brutal que havia ajudado Victor a lutar contra o Zylok evoluído quando Zylok ainda não era mestre da guilda de Victor, era uma boa opção. No entanto, Victor não tinha suas informações de contato para fazer esse pedido, então ele tinha que usar um cristal de teleportação para Mibothen.

Quando ativou o cristal, uma luz intensa envolveu Kaizen, e num piscar de olhos, ele se encontrou em Mibothen. A última vez que ele estivera lá, o lugar estava coberto de crateras, ruínas e muitas barracas, o resultado de uma batalha devastadora. Agora, no entanto, a visão diante dos seus olhos era completamente diferente.

Mibothen estava quase completamente reconstruída. As ruas, antes cheias de entulho, agora estavam pavimentadas com pedras bem colocadas. Edifícios que uma vez estiveram em ruínas haviam sido restaurados ou substituídos por novas estruturas que combinavam a arquitetura tradicional com toques modernos. O cheiro de poeira e destruição havia sido substituído pelo aroma de flores e ervas cultivadas nos jardins que adornavam a cidade. O som de martelos e serras foi substituído pelo murmúrio da vida cotidiana.

Kaizen caminhou lentamente pela cidade, apreciando os detalhes. Vendedores ambulantes vendiam seus produtos, crianças corriam e brincavam nas ruas, e adultos conversavam nas praças e cafés. Ele sentiu um toque de admiração pelo esforço comunitário que transformou Mibothen de um campo de batalha em um lugar próspero.

Enquanto caminhava, ele procurava o prédio que Zylok havia mencionado na mensagem de texto. Não foi difícil de encontrar. O prédio se destacava dos outros, uma imponente estrutura de pedra e madeira com detalhes ornamentados que mesclavam o antigo e o moderno de uma maneira harmoniosa. O edifício, conhecido como Torre do Guardião, estava localizado no centro da cidade, e sua altura proporcionava uma vista panorâmica de Mibothen.

Kaizen se aproximou da entrada da torre com uma mistura de antecipação e curiosidade. A pesada porta de carvalho estava entreaberta, e ele podia ouvir vozes vindo de dentro. Ele empurrou a porta cuidadosamente e entrou. O interior da torre era tão impressionante quanto o exterior. O hall de entrada era grande e bem iluminado, com tapeçarias detalhadas adornando as paredes e um majestoso lustre pendurado no teto. O piso de mármore polido refletia a luz, criando uma atmosfera acolhedora e elegante.

Uma jovem recepcionista sorridente, de uniforme azul e branco, estava atrás de um balcão de madeira escura. Ela levantou os olhos ao ver Kaizen entrar e cumprimentou-o com um aceno de cabeça.

“Bem-vindo à Torre do Guardião, onde qualquer um pode vir em busca de ajuda e orientação. O que posso fazer por você?”

Zylok criou um lugar para ajudar e orientar novos jogadores? Kaizen pensou e respondeu: “Olá, meu nome é Kaizen. Estou aqui para encontrar Zylok. Ele mencionou que eu poderia encontrá-lo aqui.”

A recepcionista ficou surpresa ao ouvir o nome de Kaizen. “A-ah, sim, Sr. Kaizen. Sr. Zylok está à sua espera. Você pode subir as escadas até o terceiro andar. A primeira porta à esquerda é o escritório dele.”

Kaizen agradeceu e subiu as escadas. Quando chegou ao terceiro andar, encontrou a porta indicada. Ele bateu levemente antes de abri-la e entrar.

O escritório de Zylok era espaçoso, com grandes janelas que permitiam a entrada de luz natural. As paredes estavam alinhadas com prateleiras de livros e pergaminhos. Zylok, um homem alto com cabelos grisalhos e olhos penetrantes, estava sentado atrás de uma grande mesa de madeira escura, cercado por mapas e documentos.

“Kaizen!” chamou Zylok, levantando-se para cumprimentá-lo. “É bom ver você. Já faz um tempo, não é? Vocę conseguiu resolver todos aqueles problemas? Por favor, entre e sente-se.”

Kaizen aceitou o convite e ocupou uma das cadeiras confortáveis em frente à mesa.

“Você montou um lugar bastante impressionante aqui.”

“Fiz o meu melhor. Afinal, essa cidade foi destruída por minha causa. Como estão as coisas?”

“Estou com tudo sob controle. Na verdade, estou aqui para falar sobre algo importante.”

Zylok fez um gesto para que ele continuasse.

“Claro, do que você precisa?”

“Estou procurando alguém para me ajudar a treinar e refinar minhas técnicas. Alguém que me desafie e me ajude a melhorar. Eu me lembrei de Cephal, o evoluído brutal que lutou ao meu lado contra, bem, você… Você sabe onde eu poderia encontrá-lo?”

Zylok franziu a testa pensativamente.

“Cephal, sim… Ele é um lutador formidável. Ele tem sido bastante recluso desde a última vez que o vi, mas sei que ele ainda está por aqui em algum lugar. Deixe-me verificar uma coisa.”

Zylok se levantou e caminhou até uma das estantes de livros e puxou um pergaminho. Ele rapidamente folheou as páginas até encontrar o que procurava. Após alguns momentos, ele voltou à mesa com um sorriso.

“Aqui está. Cephal conseguiu um emprego como guarda na antiga arena de treinamento ao sul da cidade. Ele gosta da solidão daquele lugar para treinar suas habilidades, embora os novatos pensem que ainda é uma arena em funcionamento e que ele é o instrutor oficial.”

Kaizen assentiu, sentindo um alívio.

“Obrigado, Zylok. Irei até lá e, com sorte, o encontrarei.”

Zylok deu um tapinha amigável no ombro de Kaizen.

“Boa sorte, Kaizen. Espero que encontre o que está procurando.”

Kaizen se despediu e deixou a torre, seguindo as instruções de Zylok para a arena de treinamento.

A arena de treinamento mencionada ficava em uma área mais isolada, cercada por árvores altas e um muro de pedra que a separava do resto da cidade. Kaizen abriu o portão de ferro que dava acesso ao lugar e entrou. O ambiente era pacífico; o som do vento balançando as folhas era o único som que quebrava o silêncio.

No centro da arena, Kaizen avistou uma figura familiar. Cephal estava no meio de uma área de treinamento, praticando movimentos com sua espada massiva. Seus movimentos eram repetitivos, para cima e para baixo com a espada.

“Hurgh… Eu disse, eu não dou aulas para ninguém, não sou um NPC,” Cephal disse sem olhar para Kaizen.