Rise Online: O Retorno do Jogador Lendário - Capítulo 909
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909: Adeus ao Novo Rei do Inferno 909: Adeus ao Novo Rei do Inferno “Você sabe o que isso significa, Og’tharoz”, disse Kaizen com um tom grave. “Se você consumir esta semente, nunca poderá retornar a Midgard. Nunca poderá viver entre os mortais novamente.”
Og’tharoz avançou, sua presença dominando a sala. “Estou disposto a assumir essa responsabilidade, Kaizen.”
A surpresa no rosto de Kaizen era evidente. “Você está falando sério? Isso significa que nunca mais poderemos compartilhar uma casa juntos. Você perderia sua liberdade, e eu perderia um amigo.”
Og’tharoz chegou perto e colocou uma mão firme no ombro de Kaizen. “Nossa amizade não será destruída por isso. Você sempre será um grande amigo para mim, não importa onde eu esteja. E por mais que eu odeie admitir, sou o último filho direto de Surtr. Se há alguém que deveria assumir o controle do Inferno na ausência do meu pai, sou eu.”
Alina levantou a voz preocupada. “Og’tharoz, você realmente está disposto a fazer isso?”
“Sim, Alina”, ele respondeu com convicção. “É o meu dever. E também minha responsabilidade como filho de Surtr. Devo garantir que o Inferno não caia no caos. Você derrotou meu pai, e eu serei eternamente grato a você por isso, mas agora devo ser o guardião deste reino. Não há mais ninguém que possa.”
Kaizen sabia que Og’tharoz havia ficado em Midgard para escapar do Inferno, Surtr e Muspelheim, então ele não conseguia entender por que Og’tharoz agora queria ser o rei do Inferno. No entanto, Lírio Sangrento foi um pouco mais engenhosa em suas reflexões e conclusões.
“Você quer fazer isso pela sua esposa, não é?” Ela perguntou, olhando para Og’tharoz.
Ele imediatamente assentiu. “Sem um governante, as almas presas no inferno começarão a vazar. No entanto, elas não assumirão formas, mas se tornarão monstros grotescos e assombrações. Isso é o que acontece quando uma alma não tem uma vida após a morte, é por isso que o inferno existe. Isso significaria que minha bela esposa seria condenada a vagar até se tornar um monstro. Pelo menos, como rei deste reino, terei autoridade tanto para impedir que isso aconteça quanto para tê-la ao meu lado.”
Kaizen respirou fundo, lutando contra a maré de emoções que rugia dentro dele. A sala subterrânea em que estavam era uma caverna vasta e antiga, iluminada por chamas eternas que emanavam das paredes de pedra negra. O calor intenso fazia com que gotas de suor corressem pelas testas de todos os presentes, e a luz dançava nos olhos de Og’tharoz, refletindo sua determinação inabalável.
Kaizen olhou para a pequena semente em sua mão, uma esfera pulsante vermelha, emanando uma energia que parecia puxar a escuridão de todos os cantos da sala. Ele sabia que essa decisão mudaria tudo. Seus pensamentos estavam confusos, um turbilhão de memórias e dúvidas. Ele se lembrou dos momentos que passou ao lado de Og’tharoz, das batalhas que lutaram juntos, das vezes que se assustara com ele quebrando paredes. Sua amizade havia sido forjada no calor da batalha e no frio da adversidade.
Alina, observando o conflito interno de Kaizen, aproximou-se dele com um olhar compreensivo. “Kaizen”, ela disse suavemente, colocando uma mão gentil em seu braço. “Às vezes, sacrificar algo que você ama é a única maneira de garantir a segurança de todos. Og’tharoz entende isso, e você também deveria entender.”
Kaizen assentiu lentamente, suas mãos tremendo ligeiramente enquanto segurava a semente. Ele olhou para Og’tharoz, cuja expressão era uma mistura de resolução e tristeza.
Kaizen começou, sua voz quebrando ligeiramente. “Eu nunca imaginei que chegaria a isso. Eu pensei que depois de derrotarmos Surtr, teríamos tempo para reconstruir, para viver em paz. No entanto, parece que o destino tem outros planos para nós.”
Og’tharoz avançou, sua silhueta imponente eclipsando a luz das chamas. “Kaizen, é por isso que estou disposto a fazer esse sacrifício. Não é apenas pelo Inferno, mas por todos aqueles que amamos e queremos proteger. Se não houver um governante, o caos se espalhará não apenas aqui, mas em todos os reinos.”
Alina, que observava tudo com olhos atentos, avançou e falou com uma voz suave, mas firme.
“Kaizen, Og’tharoz está certo. Você deve deixá-lo cumprir seu destino. Pense nas consequências se você não o fizer. Pense nas almas inocentes que sofrerão.”
Kaizen olhou para Alina, sentindo que ela também sentia isso. Ele sabia que ela estava certa. No entanto, a dor da separação era quase insuportável. Ele fechou os olhos por um momento, tentando encontrar a força dentro de si. Quando os abriu novamente, seus olhos estavam resolutos. Ele caminhou lentamente até Og’tharoz e estendeu a mão, segurando a semente entre os dedos.
“Og’tharoz”, ele disse, sua voz firme, mas cheia de emoção. “Pegue a Semente do Rei do Inferno. Confio em você para governar este reino com justiça e sabedoria. E prometo que, mesmo à distância, nossa amizade nunca será rompida.”
Og’tharoz aceitou a semente com um aceno solene. Ele olhou para a pequena esfera em sua mão, sentindo a poderosa energia que continha.
“Obrigado, Kaizen. Eu juro que farei o meu melhor para proteger este reino e todos que habitam nele.”
Com um movimento resoluto, Og’tharoz levantou a semente acima de sua cabeça. As chamas ao redor deles pareciam intensificar-se, como se o próprio inferno estivesse respondendo ao chamado de seu novo governante. Og’tharoz fechou os olhos e pressionou a semente contra seu peito. Um brilho intenso emanou do ponto de contato, espalhando-se por todo o seu corpo. As chamas dançavam ao seu redor, formando um vórtice de poder e luz.
Kaizen, Alina, Lily de Sangue, Andrew, Xisrith e Jayaa assistiam em silêncio. A energia emanando de Og’tharoz era palpável, como uma onda de calor envolvendo-os. A sala tremia levemente, como se o próprio inferno estivesse reconhecendo seu novo rei.
A transformação de Og’tharoz foi rápida, mas profunda. Suas feições se endureceram, sua pele assumiu um tom mais escuro e seus olhos brilhavam com uma intensidade renovada. Ele parecia maior, mais imponente, como se o próprio inferno lhe tivesse concedido sua força e autoridade.
Quando o brilho finalmente diminuiu, Og’tharoz abriu os olhos. Ele olhou para seus amigos, um sorriso saudoso no rosto.
“Agora sou o Rei do Inferno”, disse ele, sua voz ecoando pela sala. “Mas nunca esquecerei o que vocês fizeram por mim. Agradeço a todos do fundo do meu coração.”
Kaizen avançou e estendeu a mão. Og’tharoz a segurou firmemente, um gesto que selou sua amizade e lealdade. “Cuide-se, meu amigo”, disse Kaizen, sua voz carregada de emoção. “E lembre-se, não importa onde você esteja, você sempre terá um lar conosco.”
Og’tharoz assentiu, seu olhar firme e resoluto. “Eu sei, Kaizen. E eu sempre estarei aqui, cuidando de vocês, mesmo à distância.”
Alina, que observava a cena com os olhos brilhando, avançou e abraçou Og’tharoz. “Você será um excelente rei, Og’tharoz”, disse ela, sua voz suave. “E nós sempre estaremos ao seu lado, de uma forma ou de outra.”
Og’tharoz retribuiu o abraço, sentindo o calor da amizade e do amor que o cercavam. Ele sabia que estava tomando a decisão certa, mesmo que isso significasse sacrificar sua própria liberdade.
Com a cerimônia terminada, Og’tharoz se afastou lentamente, caminhando em direção ao trono que agora era legitimamente seu. Ele sentou, sentindo o peso da responsabilidade em seus ombros. Mas ele estava pronto. Ele sabia que, com o apoio de seus amigos e sua própria determinação, ele poderia governar o Inferno com sabedoria e justiça.
Enquanto Og’tharoz se acomodava em seu trono, Kaizen, Alina, Lírio Sangrento e os outros se preparavam para partir. Eles sabiam que tinham cumprido sua missão. O futuro ainda estava cheio de incertezas, mas eles estavam determinados a enfrentar qualquer desafio que surgisse, confiantes de que, juntos, poderiam superar qualquer obstáculo.
Kaizen olhou para trás uma última vez, vendo seu amigo no trono do inferno, e então uma esfera brilhante desceu do teto e se sentou em um dos braços do trono. Então essa esfera brilhante tomou a forma de uma mulher de cabelos longos e um sorriso gentil, essa era a esposa de Og’tharoz, aquela que permaneceria ao lado dele para toda a eternidade para não deixá-lo sozinho.