Rise Online: O Retorno do Jogador Lendário - Capítulo 899
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- Capítulo 899 - 899 Espelho da Verdade (Parte 2) 899 Espelho da Verdade
899: Espelho da Verdade (Parte 2) 899: Espelho da Verdade (Parte 2) Kaizen manteve os olhos fixos no clone à sua frente, cada detalhe de sua aparência idêntico à sua própria. Ele sentiu um calafrio percorrer sua espinha, mas manteve-se firme. Este era o teste do Espelho da Verdade, um desafio que ele sabia que seria monumental.
“Então, finalmente nos encontramos. Você sabia que esse momento chegaria, não é?” perguntou o clone.
“Eu sabia,” respondeu Kaizen, sua voz firme mas carregada de uma leve tensão. “Mas saber e entender como são duas coisas diferentes.”
O clone de Kaizen sorriu, um sorriso que não alcançou seus olhos. “Você sempre foi bom em reconhecer suas fraquezas, mas consegue superá-las?”
Kaizen deu um passo à frente, seus pés afundando levemente na grama macia do campo. A brisa continuava a soprar, trazendo o aroma de flores selvagens e a promessa de uma grande batalha. Ele podia sentir a energia do lugar pulsando ao seu redor, como se o próprio campo estivesse vivo e atento ao confronto iminente.
“Não tenho escolha,” disse Kaizen, sua voz baixa mas determinada. “Se eu não enfrentar você, não poderei seguir em frente.”
O clone inclinou a cabeça, estudando Kaizen com um olhar intenso. “Muito bem,” disse ele, sua voz sedosa e suave. “Então vamos começar.”
Então o clone esticou sua mão direita para frente enquanto fazia o quadrado em seu inventário aparecer.
Kaizen também estendeu a mão para frente, mas em vez de usar alguma habilidade, ele disse:
“Espere. Antes de começarmos,” disse Kaizen, “me diga uma coisa: quem ou o que exatamente você é?”
O clone sorriu novamente, pausando, mas desta vez com um toque de melancolia. “Eu sou você, Kaizen. Sou todas as partes de você que você tenta esconder, todos os medos que você reprime, todas as dúvidas que você evita. Sou a encarnação de tudo o que você não quer enfrentar e tudo o que mais teme.”
Kaizen sentiu um nó formando em seu estômago. Ele sempre teve suas inseguranças, como qualquer pessoa normal, mas ver essas partes de si mesmo personificadas na sua frente era uma experiência surreal e desconcertante.
“Então, o que exatamente precisamos fazer aqui?” perguntou Kaizen, tentando permanecer calmo. “Precisamos realmente lutar?”
“Não é lutar tudo o que você tem feito neste jogo até agora? Praticamente todos os dias, sem parar. Claro que você precisa lutar comigo,” respondeu o clone. “Mas não apenas em uma batalha física. Você precisa aceitar todas as partes de si mesmo, até as que você odeia. Só então você será capaz de passar no teste do Espelho da Verdade.”
Kaizen assentiu lentamente. “Eu entendo.”
O clone deu mais um passo à frente, e Kaizen pôde ver a intensidade em seus olhos. “Mas se você está tão ansioso para conversar, vamos começar com algo simples,” disse o clone. “Quais são seus maiores medos, Kaizen?”
Kaizen hesitou por um momento, mas então decidiu ser honesto.
“Tenho medo de falhar,” ele disse. “Tenho medo de não ser forte o suficiente para proteger aqueles que amo. E tenho medo de me perder no processo, ou melhor, de perder de vista quem eu quero ser.”
O clone sorriu tristemente. “Esses são medos comuns, Kaizen. Mas não são todos os seus medos, são?”
Kaizen olhou para baixo, a grama verde balançando suavemente sob seus pés.
“Não,” ele admitiu. “Tenho medo de enfrentar a verdade sobre mim mesmo. Tenho medo de descobrir que sou mais fraco do que penso, que não sou digno das responsabilidades que assumi, que as decisões que tomei foram erradas.”
O clone assentiu. “Esses são os medos mais profundos, aqueles que você precisa enfrentar diretamente e eu sou a encarnação de todos eles. Eu vou mostrar que todos esses medos são mais do que um amontoado de inseguranças, vou mostrar que eles são reais!”
Então o clone soltou um jato de , empurrando Kaizen para trás, e depois tirou a Espada do Ragnarok do seu inventário.
Kaizen foi empurrado, e só conseguiu parar de ser empurrado quando também tirou a Espada do Ragnarok do seu inventário.
O clone avançou rapidamente e Kaizen, para se defender, ergueu sua espada para bloquear o golpe do clone. Dessa forma, as duas espadas do Ragnarok, forjadas com a essência da magia antiga, se chocaram com um som ensurdecedor, reverberando pela vasta planície verde que agora estava coberta por um vendaval de neve. As faíscas mágicas que saltavam das lâminas eram tão intensas que iluminavam a paisagem, criando um espetáculo de luzes brancas.
Kaizen sentiu o impacto vibrar através de seus braços, exigindo toda a sua força para manter sua posição. Seu clone, uma cópia exata em aparência e habilidade, não mostrava sinais de fraqueza. Ambos estavam trancados em um impasse, suas lâminas rangendo enquanto tentavam dominar um ao outro.
“Você sempre ignorou seus próprios medos, Kaizen!” gritou o clone com um sorriso sombrio. “Agora você deve enfrentá-los de frente!”
Kaizen cerrou os dentes e empurrou com mais força, conseguindo criar um pequeno espaço entre eles. Ele deu alguns passos para trás, mantendo sua espada erguida e seus olhos fixos em seu oponente.
“Não tenho escolha, não é? Se eu quiser passar no teste do Espelho da Verdade, tenho que te derrotar.”
O clone girou a espada em um arco amplo e poderoso. “Isso mesmo. E eu não vou facilitar para você.”
Sem dizer outra palavra, os dois oponentes avançaram ao mesmo tempo, suas espadas se chocando com um clang metálico. O vento ao redor deles cresceu mais forte, como se a natureza estivesse reagindo à ferocidade do conflito. Kaizen desviou de um golpe lateral e respondeu com um corte diagonal, que foi habilmente bloqueado pelo clone.
As espadas eram uma extensão de seus corpos, e eles trocavam golpes rápidos e fortes.
Com um grito de determinação, Kaizen se lançou para a frente, forçando o clone a recuar. Aproveitando a oportunidade, Kaizen canalizou energia em sua espada, criando uma onda de choque que desestabilizou seu oponente.
O clone foi jogado para trás, caindo de joelhos na neve. No entanto, não ficou no chão por muito tempo. Com um olhar de pura determinação, ele logo se levantou, materializando uma nova arma em suas mãos: um arco brilhante, feito de madeira escura e encantada, com uma corda que parecia ser feita de pura luz.
Kaizen estreitou os olhos, reconhecendo a arma. Era o Arco de Graham, uma das armas que ele mesmo havia forjado em sua jornada. Sem perder tempo, ele guardou a espada e materializou o Escudo Indomável para se defender.