Rise Online: O Retorno do Jogador Lendário - Capítulo 896
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- Capítulo 896 - 896 Jogo de Cara ou Coroa 896 Jogo de Cara ou Coroa A tensão
896: Jogo de Cara ou Coroa 896: Jogo de Cara ou Coroa A tensão pairava no ar como uma névoa densa enquanto Maelstrom observava o grupo com seus olhos penetrantes. O portal de energia escura pulsava ao seu lado, emanando uma sensação de desolação que enviava um arrepio pela espinha até mesmo dos guerreiros mais experientes.
“Um simples teste de visão”, disse Maelstrom, suas palavras ecoando na arena silenciosa. “Vocês serão levados a um deserto que criei especificamente para esse teste. Lá, eu jogarei o clássico jogo do cara ou coroa e adivinhação de sorte.”
“Cara ou coroa clássico?” perguntou Alina. Ela havia vivido em uma biblioteca por centenas de anos, então era natural que ela não o conhecesse.
Og’tharoz, com seu tom sério, respondeu a ela. “É um jogo que basicamente consiste em adivinhar em que mão a moeda está.”
“Parece fácil, não é? Mas saibam que a real dificuldade está na velocidade e precisão.” disse Surtr.
Lírio Sangrento apertou os punhos, sentindo a exaustão ainda pesando em seus músculos, mas determinada a não deixar isso afeta-la. Ao seu lado, Kaizen se mantinha firme, seus olhos fixados no demônio de pele pálida, como se tentasse decifrar algum segredo escondido em sua postura elegante.
“Vamos,” disse Kaizen. “Se este é o próximo teste, que assim seja. Estamos prontos.”
Surtr deu um sorriso torto, claramente divertido pela confiança do grupo. “Muito bem, então. Que o próximo teste comece.”
Com um gesto quase imperceptível, Maelstrom moveu sua mão, e o portal negro começou a crescer, engolindo a arena ao redor. Num piscar de olhos, todos foram envolvidos pela energia escura, sentindo um puxão violento que os transportou para outra realidade. Quando a escuridão se dissipou, o grupo se viu no meio de um vasto deserto, exatamente como Maelstrom havia descrito. As dunas de areia se estendiam infinitamente sob um céu tingido de vermelho sangue, e a tempestade de areia ao longe criava um murmúrio constante, como um sussurro distante.
“Bem-vindos ao meu domínio”, disse Maelstrom, sua voz agora carregando uma autoridade inquestionável. “Neste deserto, a única constante é a incerteza. Vamos ver se conseguem ver além das aparências.”
Ele levantou uma mão, revelando uma moeda de ouro brilhando intensamente em sua luva branca.
“Vocês só terão uma chance, enquanto eu terei três rodadas. Se adivinharem a posição da moeda nas três rodadas em sequência, vocês vencem; se errarem, serei eu o vencedor.
“Prontos?” perguntou Maelstrom, sua voz ecoando como um trovão distante.
“Sim.”
Maelstrom jogou a moeda para cima, um arco dourado brilhando momentaneamente contra o céu avermelhado.
No instante em que a moeda atingiu o ponto mais alto de sua trajetória, Maelstrom saltou com uma velocidade inumana, suas vestes negras se misturando ao ambiente desértico.
De repente, o vento começou a soprar com uma força surpreendente, levantando uma tempestade de areia que obscurecia a visão de todos. Finos grãos de areia arranhavam a pele e entravam nos olhos, tornando quase impossível ver qualquer coisa claramente.
Kaizen levantou seu braço, tentando proteger os olhos da tempestade, mas ele mal conseguia distinguir as formas turvas de seus companheiros.
“Droga, ele está usando a tempestade para nos cegar”, gritou Andrew, forçando a vista para enxergar melhor.
Alina tentava lançar um feitiço de proteção, mas a areia interferia na concentração necessária. “Não consigo ver nada!” ela exclamou frustrada.
“Precisamos nos concentrar de alguma forma. Só temos uma chance!” gritou Lírio Sangrento.
Og’tharoz, no entanto, parecia estranhamente calmo no meio do caos. Ele fechou os olhos, deixando que seus outros sentidos tomassem conta. Memórias de tempos antigos surgiam em sua mente, quando ele jogava este mesmo jogo com Maelstrom em um tempo tão distante que havia sido perdido no tempo. A sensação do vento, o modo como a areia se movia, tudo era familiar.
“Eu me lembro,” disse Og’tharoz, sua voz baixa, mas firme. “Já joguei esse jogo antes.”
Kaizen, ouvindo isso, virou-se em direção a Og’tharoz, embora sua visão ainda estivesse embaçada pela areia. “O que você quer dizer?”
Og’tharoz respirou fundo, tentando se concentrar. “Maelstrom sempre usa truques. Ele quer que acreditemos que é impossível enxergar através da tempestade, mas existe um padrão. Ouçam o som do vento, sintam a direção das correntes de ar. Podemos usar isso a nosso favor.”
Alina e Xisrith trocaram um olhar rápido, ambos tentando encontrar alguma lógica nas palavras de Og’tharoz. A tempestade de areia parecia impenetrável, mas havia uma certa cadência no modo como o vento soprava.
Maelstrom pousou suavemente no chão, a moeda agora escondida em uma de suas mãos. A tempestade amainou um pouco, apenas o suficiente para permitir que o grupo visse a figura de Maelstrom destacando-se à frente deles.
“Primeira rodada”, ele disse, um sorriso sardônico em seus lábios. “Qual é a mão?”
Kaizen olhou para Og’tharoz, confiando na sabedoria do demônio. “O que você acha?”
Og’tharoz fechou os olhos novamente, concentrando-se nos sons e vibrações ao seu redor. Ele lembrou como Maelstrom costumava inclinar a cabeça levemente para a direita quando tentava enganar seus oponentes.
“É um truque antigo,” ele pensou em voz alta.
“Direita,” disse Og’tharoz finalmente, com uma convicção que fez Kaizen assentir sem hesitação.
Maelstrom abriu sua mão direita, revelando a moeda brilhante.
“Impressionante,” ele disse, seu sorriso desaparecendo por um momento. “Vejo que seus sentidos ainda são tão aguçados quanto sempre Og’tharoz.”
“Não acho que devêssemos mexer com o passado, Maelstrom. Caso contrário, vou parar de me segurar e vou matá-lo.” Og’tharoz disse, lançando um olhar de ódio a Maelstrom.
O mordomo de Surtr inclinou a cabeça e concordou. Ele fechou ambas as mãos novamente, deixando a moeda desaparecer entre seus dedos ágeis. A tempestade de areia ao redor deles diminuiu ainda mais, revelando um círculo de clareza onde todos podiam ver claramente seus companheiros. A tensão no ar era palpável, como a eletricidade antes de uma tempestade, cada membro do grupo sentindo o peso do próximo movimento.
“Segunda rodada,” disse Maelstrom, seu tom desafiador, mas com uma pitada de respeito. “Vamos ver se conseguem fazer de novo com um novo desafio.”
Naquele momento, a figura de Maelstrom pareceu borrar por um instante e então, de repente, como uma célula, ele se duplicou.
“Um clone?” perguntou Jayaa.
“Clones… Essa é a especialidade dele.” respondeu Og’tharoz.