Rise Online: O Retorno do Jogador Lendário - Capítulo 57
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57: Convite 57: Convite Muitas coisas ruins aconteceram aos Park’s nos sete anos que antecederam o momento atual, mas sem dúvidas, a pior foi a carta do banco que eles receberam naquela terça-feira de manhã, poucas semanas antes do Natal. Na carta, o banco esclarecia que a família tinha um prazo para deixar sua casa em suburban Long Island ou pagar imediatamente a dívida.
Klaus ficou em choque. Ele nunca imaginou que o banco realmente acionaria o recurso da hipoteca para tomar a casa.
‘A casa estava hipotecada há três anos, então que porra é essa? Por que o banco demorou tanto?’
A resposta para essa pergunta surgiu em sua mente. Klaus se lembrou naquele momento de sua conversa com o Dr. Rodriguez no quarto de Rhyzer no sábado. Na época, Rodriguez deixou claro que os filhos do falecido dono do hospital não estavam tão tranquilos sobre a dívida de um milhão de dólares dos Park’s como o pai costumava ser.
“Merda… Foi sobre isso a ligação de ontem…” Kaizen murmurou enquanto olhava para o papel amassado. Ele estava sentado à mesa ao lado de seus pais.
“Ligação?” Chun perguntou.
Klaus engoliu a saliva em sua boca e olhou para a mãe. “Eu não contei ontem porque não queria te deixar chateada, mas minha chefe, Megan, recebeu uma ligação diretamente do departamento financeiro do hospital. Eles queriam negociar a quitação da dívida ou algo assim… Como eu não retornei a ligação, provavelmente decidiram entrar em contato com o banco.”
“Então eles descobriram onde você trabalha e o número do celular da sua chefe? Caramba, esses bancos são realmente covardes. Nunca pensei que eles usariam métodos assim. Eu costumava receber essas ligações, mas apenas ignorava. Talvez seja minha culpa?” respondeu Michael, coçando a mancha calva em sua cabeça.
“Calma, querido. Se você ficar bravo, suas alergias vão voltar. Chun começou a massagear as costas do marido. “Filho, vá trabalhar tranquilo e não se preocupe com isso. Seu pai e eu vamos pensar no que vamos fazer. Conheço uma amiga que tem alguns apartamentos em Baywood, vou falar com ela para ver se ainda tem algum vago…”
“Ok… Se acontecer alguma coisa, me ligue.” Klaus afirmou, levantando-se de sua cadeira.
Chun sabia que ainda era cedo para Klaus pegar o trem. “Espere. Você não vai comer nada antes de ir? Posso fritar alguns ovos para você, se quiser.”
“Não se preocupe, mãe. Vou comprar alguma coisa no centro. Obrigado de qualquer forma.”
Embora sorrisse para Chun, Klaus estava com sentimentos conflitantes.
De certa forma, ele se sentia responsável pelas dívidas de sua família. Se ele tivesse sido mais profissional e ignorado a notícia do acidente de seu irmão, pelo menos até o final do dia, ele não teria fugido da final do segundo campeonato mundial, e talvez tivesse sido coroado bicampeão ao lado de sua família. Talvez assim teriam mais dinheiro para as despesas médicas de Rhyzer e talvez não teriam se afogado em dívidas quando o dinheiro dos patrocínios e prêmios do campeonato se esgotou.
Se Klaus tivesse se estabelecido como uma estrela mundial de um jogo tão famoso quanto o Myth2 costumava ser, ele teria feito uma fortuna. Ele sabia disso.
Enquanto Klaus olhava para seu reflexo na janela de um trem lotado, ele só conseguia ver o que estava vestindo, um terno cinza fosco e uma camisa branca por dentro, completamente enfiada. Esse não era o homem com quem ele sonhou ser quando criança, certamente não. Quando Klaus percebeu isso, a criança apaixonada por jogos dentro dele sorriu no reflexo, e no exato momento em que o trem saiu do duto, pela mesma janela onde seu reflexo costumava estar, Klaus viu o letreiro do prédio da Arc Insurance.
O S na palavra ‘Insurance’ no logo do letreiro estava ligeiramente inclinado para a esquerda há mais de seis meses. As letras em neon estavam falhando diariamente, e algumas sequer acendiam mais. Para Klaus, estar na Forja Medular seria mais confortável do que encarar por mais de um segundo o exterior do prédio onde ele trabalhava.
Assim que chegou no local, ele passou seu crachá e imediatamente foi para o elevador. Ele trabalhava no terceiro piso, no departamento de vendas. No entanto, desta vez ele caminhou mais duro do que nunca por algum motivo. Quando chegou ao terceiro andar, entre as dezenas de mesas de escritório, ele viu Jayaa, o único colega de trabalho com quem ele trocava algumas palavras.
Assim que avistou Klaus, ele abriu um enorme sorriso de boas-vindas. Jayaa estava radiante como sempre em uma manhã de terça-feira.
“Bom dia, Klaus!” O homem de cabelos loiros exibiu. “Calma lá, aconteceu algo?” Ele perguntou quando Klaus se aproximou.
Pelo headset que Jayaa retirou ao fazer essa pergunta, Klaus pôde ouvir o cliente que estava na ligação com Jayaa dizer:
“Alô? Alô? Filho da puta… Eles me transferiram para outro departamento de novo?”
Antes de responder ao colega, Klaus se abaixou e pressionou o botão de silenciar a chamada. Em seguida, puxou a cadeira da sua mesa e sentou-se em frente a Jayaa.
“E aí, cara? Você foi demitido?” Jayaa parecia claramente preocupado.
Então Klaus respirou fundo e, pela primeira vez na vida, contou a alguém tudo sobre a situação de sua família, incluindo seu passado como jogador profissional e suas dívidas com o hospital. No passado, ele não teria coragem de fazer isso, principalmente por sua experiência no ensino médio com todos os seus colegas de classe menosprezando-o, mas agora ele finalmente revelou isso a alguém, e um grande peso saiu de suas costas.
“Ah, Klaus, que merda, cara…”
“Não precisa sentir pena de mim.” Em nenhum segundo, ao contar sobre sua vida, Klaus pareceu emocional. Ele estava apenas com sua expressão neutra habitual, tentando tornar essa conversa o menos constrangedora possível.
Jayaa entendeu que tinha chegado ao limite do espaço pessoal de Klaus e recuou um pouco pela primeira vez. “Certo… Bem, você já tem um lugar pra ficar? Se não, você pode ficar na minha casa o tempo que precisar. Eu tenho um quarto vago, e você não precisa pagar aluguel, mas o quarto não é grande o suficiente para quatro pessoas.”
Klaus ficou muito surpreso com a oferta de seu colega. Eles só se conheciam há alguns meses, então Klaus esperava que, no máximo, Jayaa iria oferecer para emprestar dinheiro, mas ele foi muito mais solidário, tão solidário que Klaus não conseguia acreditar que ele estava falando sério.
“Você tem certeza? Você não mora com a sua namorada?”
Jayaa deu um tapinha fraco nas costas de Klaus. “Eu jamais cometeria o erro de morar com uma namorada, cara. Isso seria quase como se casar, e eu nem quero pensar nisso por enquanto! Na verdade, eu estou morando em um apartamento com minha irmã na sexta avenida, mas não se preocupe, ela viaja muito e quando está em casa só fica no quarto dela, então você quase nunca vai vê-la…. Aaaa! Agora estou animado! Sempre quis ter um colega de quarto!”
“Eu ainda não concordei em ir.”
“O quê? Você precisa da permissão da mamãe?”
“… OK. Eu aceito. Mas já aviso que não vou lavar suas roupas como forma de pagamento pela ajuda.”
A expressão alegre de Jayaa desapareceu no mesmo instante. “Porra… Eu pensei que finalmente teria uma empregada particular…”
…
Editado por: DrHitsuji
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