Rise Online: O Retorno do Jogador Lendário - Capítulo 55

55: Loja do Zahir 55: Loja do Zahir Felizmente, a localização da loja do Zahir estava marcada no mapa, então o Kaizen se dirigiu imediatamente para lá, esquecendo a ideia de ir a uma taverna procurar informações porque ele já tinha adquirido o conhecimento que buscava depois de falar com Pavin Dunhall.

Com seu próximo destino definido, Kaizen sabia que precisava se equipar antes de se aventurar pelos Cânions Uivantes. Visitar a loja do Zahir ajudaria com esse problema e também com a sua profissão de ferreiro.

Embora tivesse feito uma obra-prima da Classificação Mutante, Kaizen ainda não havia evoluído da profissão de Aprendiz de Ferreiro, então ele ainda não podia criar seus próprios diagramas. Talvez, a melhor coisa a fazer agora seria começar a trabalhar para outro ferreiro em troca de um salário enquanto tentava descobrir o que era necessário para evoluir sua profissão.

O caminho da Associação dos Aventureiros até a loja do anão Zahir era curto, pois ambos ficavam perto da praça de surgimento.

Quando Kaizen chegou à loja, percebeu que as luzes ainda estavam acesas, mostrando que Zahir ainda não havia fechado a loja. Isso aliviou o novato que estava nervoso no caminho, com medo de que Zahir talvez não mantivesse a loja aberta à noite. De todo modo, já estava escuro há pouco mais de uma hora, então era normal algumas lojas continuarem abertas até então.

Antes de entrar na loja do anão, Kaizen já ouviu o som característico de marteladas contra o ferro.

*Tttaaang!*
Como não se importava se Zahir estava ocupado ou não, ele entrou na loja mesmo assim.

As marteladas cessaram assim que Kaizen pisou no tapete de boas-vindas do local.

“A loja está fechada! Volte mais tarde!” Do fundo da loja, o anão gritou.

“Eu quero comprar uma armadura!” Kaizen exclamou de volta enquanto começava a andar em direção ao balcão.

Zahir reconheceu a voz do visitante porque, independentemente de quantas dezenas de pessoas ele via por dia, sua memória era sempre perfeita. Depois de largar o martelo no chão da forja no fundo da loja e chegar ao balcão com os pés batendo irritadamente no chão, ele viu o rosto incomum de Kaizen. Ao mesmo tempo, clicou a língua e cruzou os braços em desgosto.

“Eu sabia… Você é o cara pobre que me incomodou dois dias atrás, certo? Vá embora, eu não vou te dar mais flechas de graça. Na verdade, você deveria ter um pouco de vergonha e nunca mais voltar aqui sem dinheiro.”

Depois de reclamar, Zahir nem sequer ouviu o que o homem queria e voltou para o fundo da loja, balançando a lona preta que separava os dois ambientes.

Zahir teve que contar até cinco para não perder a paciência ao ser tratado com tanta falta de cortesia. Zahir era extremamente o oposto da simpática recepcionista da Associação dos Aventureiros.

“Espere, eu tenho dinheiro hoje!” Kaizen afirmou em voz alta, aproximando-se ainda mais do balcão.

“Quanto dinheiro?” perguntou Zahir, interessado, virando-se de volta para a área do balcão lentamente. “Minha loja é a escolha de muitos nobres quando se trata de armas. Eu sou o único ferreiro anão remanescente de toda a região, você sabe o que isso significa, certo? Os itens que vendo não são baratos.”

“Eu não ligo. Eu quero uma armadura que possa resistir aos ataques de uma Mantídea Garra de Aço.” Ser direto era o modo que Kaizen encontrou de lidar com o anão rabugento.

Zahir franziu a testa suspeitosamente com o que o homem em trajes comuns estava dizendo.

Alguns dias atrás, Kaizen tinha quase nada nos bolsos, talvez apenas o suficiente para comprar um pão de batata, mas agora ele tinha dinheiro para comprar armadura. Zahir não podia acreditar nisso.

“Você vai ficar aí parado com essa cara de bravo, ou vai me atender como um cliente normal?” Kaizen questionou enquanto colocava uma grande bolsa de moedas no balcão.

O anão pareceu mais interessado no assunto quando viu a bolsa. Ele subiu no banquinho atrás do balcão e, ao abrir a bolsa, piscou duas vezes para garantir que as várias moedas de ouro contidas não fossem uma ilusão.

‘…Moedas de ouro?!’
Sua mandíbula caiu tanto quando a de Kaizen ao ver o valor da oferta pelas Flechas Rápidas de Classificação Mutante, perdendo completamente a compostura.

“Tudo bem, a maioria das moedas aqui são de prata, mas posso dizer com certeza que essas belezinhas aqui não são falsas…” declarou Zahir, segurando uma moeda de ouro e olhando-a de perto com o monocle que pendia do seu avental de ferreiro.

Pela primeira vez, Kaizen notou a aparência de Zahir.

Como esse ferreiro era um anão puro e não um meio-anão como Therkara Pedraferro, ele tinha pouco mais de um metro de altura. Sua barba era longa, e suas tranças também eram bastante grandes. Como sua barba, seu cabelo era preto, e, prestando mais atenção agora, Kaizen notou que Zahir não parecia ser um anão tão velho, ele nem mesmo tinha cabelos brancos.

A despeito disso, ele ainda soava como um velho ranzinza para Kaizen.

“Tudo bem. Reconheço que você tem dinheiro suficiente para se interessar pelos meus itens, mas vou te avisar mais uma vez: não chegue perto da Espada de Hudyr. O dono dela um dia voltará por ela…”

“Ok, eu entendo. No momento, não estou procurando uma arma, acho. Como eu disse, tudo o que quero é uma armadura.” Kaizen se apoiou no balcão.

“Você mencionou que quer uma armadura que possa resistir aos ataques de Mantídeas Garras de Aço Deuses… Então, você pretende ir aos Cânions Uivantes. Que tipo de armadura você está considerando usar? Suponho que tenho alguns modelos para magos no meu depósito.”

“Mago?”

“Quando você veio aqui naquele dia, você afirmou ser um mago, lembra?” Zahir apertou os olhos. “Eu achei estranho que você escolhesse comprar um arco, mas você só tinha 3 moedas de bronze, então eu pensei que você estava desesperado. Agora, estou começando a acreditar que o arco lhe trouxe sorte e não o amaldiçoou, como os outros donos afirmaram.”

Kaizen deu um sorriso fechado porque o arco realmente atrapalhou bastante enquanto ele tentava caçar os Abutres Negros. No entanto, ele não se arrependia de ter gasto o único dinheiro que tinha nessa arma porque ao menos ela cumpriu o papel de lançar as flechas com força, Kaizen apenas ajeitaria a trajetória que elas seguiam.

“Na verdade, eu sou um Mago de Combate. Atualmente, parei de usar um arco e estou usando uma lança, então ter uma armadura que me beneficie nisso seria o ideal.” Kaizen teve que mentir porque não confiava em revelar sua verdadeira Classe nem mesmo para um NPC.

Zahir levou um segundo para lembrar de suas armaduras que se adequavam aos requisitos de Kaizen, e quando pensou em uma possibilidade, disse com um sorriso torto:
“Tenho a armadura perfeita para você, mas vai custar muitas moedas de ouro.”

…

Editado por: DrHitsuji
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