Reencarnado Com O Sistema Mais Forte - Capítulo 1212

Capítulo 1212: Não Pretendo Deixar Nenhuma Testemunha

(Aviso: Cenas R-18 muito leves. Você pode ler esta parte sem problemas.)

“Assim como você previu, o Herdeiro das Trevas enviou seu exército para a Cidade de Alabastro,” Lira disse com um sorriso. “Infelizmente, o que o esperava era uma cidade vazia, e toda a força da Ordem Sagrada da Luz e a Academia Hestia.

“Colocamos armadilhas dentro das casas, e quando o exército de Felix apareceu, os cristais de destruição foram detonados. Se não fosse pela proteção dos dois Pseudo-Deuses em seu exército, teríamos eliminado mais da metade de suas forças… ei! Você está escutando?!”

Lira puxou levemente as orelhas de William, o que fez com que este retirasse suas presas do seio direito de Ephemera. Um pouco de sangue escorreu do ferimento e seguiu até o umbigo de Ephemera.

“Estou ouvindo,” William respondeu antes de lamber o sangue do peito de Ephemera e beijar a ferida para curá-la. “Que desperdício.”

O Meio-Elfo lambeu o rastro de sangue, fazendo o corpo de Ephemera estremecer. Uma vez que todos os traços de sangue foram eliminados, ele trouxe a cabeça de Ephemera para seu peito, permitindo que ela descansasse.

“Então, o que aconteceu em seguida?” William perguntou. “Já que a Ordem Sagrada estava lá, isso significava que os Pseudo-Deuses sob o comando do Papa também se moveram, certo?”

“Claro,” Lira respondeu com uma expressão confiante no rosto. “Eram três contra dois, então naturalmente vencemos a batalha.”

“Três?”

“A Academia Hestia também tem um Pseudo-Deus em suas fileiras. Se não fosse pela intervenção de Ahriman, nós definitivamente teríamos destruído o Exército Demoníaco. Seu Avatar foi suficiente para repelir todos os nossos ataques combinados e dar a Felix e seus lacaios tempo para retornar ao portal que abriram e escapar.”

“Interessante,” William comentou enquanto acariciava a cabeça de Ephemera, fazendo-a fechar os olhos em contentamento. “Então, a Academia Hestia também tinha seu próprio Pseudo-Deus. No total, Felix tem Quatro Pseudo-Deuses, a Ordem Sagrada tem quatro, e a Academia Hestia tem um. Mas, você disse que o Avatar de Ahriman apareceu, certo? Quão forte ele é?”

Ephemera, que tinha os olhos fechados, acariciou levemente o peito de William com a mão direita antes de responder sua pergunta.

“Muito forte,” Ephemera respondeu. “Eu achava que ter mais um Pseudo-Deus faria diferença, mas o Avatar de Ahriman bloqueou sozinho os ataques dos nossos Pseudo-Deuses. Se seu Avatar pode fazer isso, eu não sei o que o corpo real pode fazer uma vez que ele recupere seus poderes.”

Lira balançou a cabeça em concordância. Aquele incidente também foi um choque para ela. Apesar de suas preparações, eles só conseguiram eliminar um quarto do Exército Demoníaco, e permitir que o Herdeiro das Trevas escapasse da rede que haviam preparado para sua captura.

“O Papa não esperava que Ahriman tivesse esse tipo de Carta Trunfo,” Lira declarou. “Embora tenhamos tido muito poucas baixas, o fato ainda permanece de que não conseguimos ter a vantagem naquele confronto.”

William franziu a testa. Ele sabia que Deuses podiam usar avatares para descer, mas isso carregava muitas restrições. O Supremo Pontífice de Deus era um avatar de sua Deusa, e até ela não podia descer naquele avatar e liberar todos os seus poderes.

A Deusa Primordial disse que o maior poder que ela poderia liberar no mundo de Hestia era apenas no pico do Grau Semideus. Mais do que isso e ela sofreria uma reação adversa, algo que ela não queria que acontecesse.

“Tenho certeza de que Ahriman não pode usar aquele Avatar com muita frequência,” William respondeu. “Tenho certeza de que ele pagou um preço alto por isso. Se meu palpite estiver correto, o Exército Demoníaco pausará seus planos de expansão até que Ahriman recupere sua força.

“No entanto, pode ter certeza de que no momento em que fizerem seu movimento, isso significará que o Deus das Trevas e do Caos reuniu divindade suficiente para usar seu Avatar novamente.”

Ephemera e Lira acenaram em concordância. Seu Papa também disse a mesma coisa, então agora, a Aliança estava tendo uma reunião de alto nível. A agenda deles era se deviam ou não atacar o Exército Demoníaco no Reino de Zabia, mesmo que tivessem que gastar inúmeras vidas para eliminar o exército de Felix do Continente Central.

Lira deitou ao lado de William e descansou a cabeça em seu ombro. Ela então colocou a mão sobre a gema Obsidiana no peito de William e bateu levemente em sua superfície com os dedos.

“Quais são seus planos?” Lira inquiriu. “Não me diga que você planeja esperar até que o Exército de Felix, a Aliança, assim como a Ordem Sagrada da Luz, causem destruição mútua uns aos outros antes de fazer seu movimento?”

William não respondeu imediatamente, em vez disso simplesmente segurou as duas damas ao seu lado, cujos corpos nus estavam pressionados contra o seu.

“Eu vou esperar um mês ou dois antes de fazer meu movimento,” William respondeu. Ele decidiu que seria melhor deixar Lira e Ephemera saberem que não planejava colocar os pés no Continente Central por enquanto.

Para sua surpresa, ambas as garotas não questionaram por que ele planejava esperar um mês ou dois antes de agir. Elas simplesmente o seguraram, buscando o calor que emanava de seu corpo.

“Lira, Ephemera, não importa o que aconteça, não deixem que Felix as capture,” William disse enquanto puxava as duas Damas Virtuosas para mais perto de si.

“Não vou deixar que ele me toque. Eu pertenço somente a você.”

“Não se preocupe. Prefiro morrer a deixar que ele me capture.”

William beliscou a parte traseira de Ephemera, o que fez a última engasgar de dor porque ele não aprovava o que ela tinha em mente.

“Não diga as palavras morrer, ou morrendo tão casualmente,” William disse com uma expressão séria no rosto. “Você e Lira ainda precisam me ajudar a alcançar meus objetivos. Nenhuma de vocês está autorizada a morrer.”

“O-Ok,” Ephemera respondeu após ser repreendida pelo Meio-Elfo cuja mão travessa havia começado a apertar sua parte traseira. “Desculpe.”

“Heh~ Até Ephemera sabe quando recuar,” Lira disse de maneira provocativa. “Esta é a primeira vez que vejo você ceder.”

“Cala a boca.”

“Heh~”

William continuou perguntando às duas garotas sobre o Exército Demoníaco, além da tendência geral do Continente Central. Ele também perguntou sobre o status da Aliança e seus planos para contrariar a habilidade de Felix de enviar seu exército para qualquer lugar no continente.

Seus diálogos duraram uma hora, e, depois disso, as duas damas pediram a William sua recompensa, o que resultou nos três passando um dia inteiro dentro da Vila à Beira-Mar.

No dia seguinte, William retornou ao mundo real e se despediu de uma Lira relutante e de uma Ephemera subjugada.

“Não tentem me contatar,” William respondeu. “Eu serei o único a iniciar o contato, e usaremos o método mais seguro para fazê-lo.”

Lira e Ephemera assentiram com a cabeça enquanto colocavam as mãos sobre seu abdômen inferior, onde o brasão de William residia em seus corpos. Ele havia marcado ambas como suas mulheres quando tirou sua castidade, e estava usando esse meio para se comunicar com elas.

Assim que William estava prestes a sair, ele olhou em uma certa direção e franziu a testa.

“Saia,” William ordenou. “Ou você quer que eu a force a sair?”

“E-Eu sabia!” uma menina com longos cabelos prateados e olhos azuis materializou-se do nada e apontou para Lira e Ephemera de forma acusatória. “Vocês estão conspirando com este demônio!”

“Cherry?” Lira perguntou com uma carranca. “O que você está fazendo aqui?”

“Hmp! Vocês duas têm agido de maneira suspeita, então decidi seguir vocês quando saíram do Palácio da Luz,” Cherry respondeu. “Eu vou contar à Papa sobre isso!”

William olhou para Ephemera, que tinha uma expressão preocupada no rosto, antes de fazer sua pergunta.

“Quem é essa garotinha?” William perguntou.

Ephemera suspirou antes de responder à pergunta de William. “Ela é Cherry. A mais jovem de todas as Virtudes e ela detém a Virtude da Caridade. Se não me engano, ela acabou de completar onze anos este ano.”

“Oh?” William voltou sua atenção para a garotinha cujo corpo havia começado a desaparecer de sua vista. “Ela é um pouco estúpida, não é?”

“Um pouco,” Lira respondeu com uma expressão complicada no rosto. “Por favor, não machuque ela. Ainda é uma criança.”

William assentiu enquanto acenava com a mão. “Okay.”

Um minuto depois, um grito de dor foi ouvido ao redor antes que a Senhora Virtuosa da Caridade aparecesse após ser atingida na cabeça pela Bala de Ar de William.

“V-Você, demônio! Como ousa me machucar?” Cherry gritou com lágrimas nos olhos. “Eu vou contar à Papa sobre você! Wuwuwuwu!”

Lira e Ephemera cobriram seus rostos com as mãos porque Cherry era muito digna de pena para se olhar. Todas as Virtudes tratavam a garotinha como sua irmãzinha, e ela havia sido mimada por elas a ponto de sempre ser protegida de se machucar.

Talvez, o ataque de William tenha sido a única vez que ela realmente sentiu dor em sua vida, o que fez a garotinha chorar como a criança que era.

“Deveríamos apenas silenciá-la?” William perguntou enquanto energia sombria irradiava de seu corpo. “Não pretendo deixar testemunhas.”

Cherry imediatamente recuou com medo, enquanto Lira e Ephemera seguravam William, tentando convencê-lo de que deveriam deixar o cuidado da irmãzinha para elas. Elas temiam que, se deixassem a garotinha nas mãos do Meio-Elfo, ela se tornaria uma boneca quebrada, privada de tudo que um dia teve em sua vida.