Reclamada pelo Rei Alfa - Capítulo 99
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99: Capítulo 99 99: Capítulo 99 Kimberly abriu lentamente os olhos, cerrando-os contra a luz do sol da manhã que filtrava pela sala. Ela olhou ao redor, assustada com o puro luxo de seu ambiente.
O quarto era primorosamente mobiliado, com cortinas brancas e macias balançando suavemente na brisa de uma janela aberta.
Tudo parecia imaculado, mas quando tentou se sentar, uma dor aguda percorreu seu corpo.
Contusões e dores do sofrimento da noite anterior a lembraram da luta com o Alfa Derrick.
Seu coração acelerou enquanto flashes do encontro voltavam a ela. “Onde estou?” ela pensou, alarmada. Suas mãos tocaram o tecido de seda macio da camisola que agora vestia. Alguém a tinha limpado e vestido, mas as memórias do ataque de Derrick e seu subsequente resgate assombravam sua mente.
Kimberly balançou as pernas para fora da cama e tentou ficar de pé, mas seus pés pulsavam de dor. Ela gemeu, apoiando-se no poste da cama para suporte. Nesse momento, a porta se abriu, e uma mulher de meia-idade entrou carregando uma bandeja de comida. O semblante alegre e o sorriso caloroso da mulher contrastavam fortemente com a confusão de Kimberly.
“Bom dia, querida. Você acordou!” a mulher a cumprimentou, colocando a bandeja em uma mesa próxima.
Os lábios de Kimberly se separaram, mas nenhuma palavra saiu. Seu olhar corria pelo quarto, tentando juntar tudo.
“Oh, desculpe-me. Meu nome é Maria. Sou a governanta-chefe aqui no castelo. Você deve estar faminta,” disse Maria gentilmente.
“Castelo? Que castelo?” A voz de Kimberly estava rouca enquanto finalmente encontrava coragem para falar.
O sorriso de Maria suavizou. “Você está no território da Matilha Coração do Trinco. Nosso Alfa trouxe você aqui ontem à noite.”
Antes que Kimberly pudesse responder, outra voz interrompeu. “Maria, eu cuido daqui.”
Uma figura alta e imponente entrou na sala. Alfa Theo. Sua presença era ao mesmo tempo calmante e intimidadora. Os olhos de Kimberly se arregalaram ao reconhecê-lo.
“Você…” ela sussurrou, sua voz mal audível.
“Sim, sou eu,” Theo disse, seu tom gentil, mas firme. Ele se virou para Maria. “Obrigado por tudo, Maria. Por favor, nos deixe por agora.”
Maria assentiu e saiu da sala, deixando os dois a sós. As mãos de Kimberly tremiam levemente enquanto ela se levantava, tentando se estabilizar.
“Foi você quem me salvou ontem à noite?” ela perguntou, encontrando seu olhar penetrante.
Theo assentiu. “Foi. Sinto muito pelo que você passou. Cheguei bem a tempo.”
Os olhos de Kimberly se encheram de lágrimas não derramadas enquanto ela tentava processar tudo. “Por que você estava lá? Como você sabia?”
A expressão de Theo ficou séria. “Eu estive te observando. Desde a noite em que nos conhecemos, não consigo te esquecer. Te procurei incessantemente. Quando soube que haveria um banquete na matilha Night Walker, me infiltrei como guarda de segurança, esperando te ver.”
O fôlego de Kimberly falhou. “Você estava me procurando?”
Ele se aproximou, baixando a voz. “Sim. Naquela noite… Eu senti uma conexão que não conseguia explicar. E quando captei seu cheiro ontem à noite, eu sabia que algo estava errado. Segui até os aposentos do Derrick.”
O corpo de Kimberly se tensionou ao mencionar Derrick. Seus punhos se cerraram enquanto as memórias de seu ataque ressurgiam.
“Eu o odeio,” ela sussurrou, sua voz tremendo de raiva. “Ele é um monstro.”
A mandíbula de Theo se apertou. “Ele vai pagar pelo que fez a você. Eu juro.”
Os olhos de Kimberly encontraram os dele, buscando sinceridade. “Por que você se importa tanto? O que você quer de mim?”
Theo hesitou por um momento antes de responder. “Eu quero que você esteja livre dele. Para estar segura. E…” Ele pegou suas mãos gentilmente nas suas. “Eu quero que você seja minha Luna.”
O fôlego de Kimberly falhou. “Sua Luna?”
“Sim. Você merece alguém que a valorize e respeite. Não alguém como Derrick. Eu posso proteger você, Kimberly. Você não precisa enfrentar isso sozinha mais.”
Por um momento, nenhum dos dois falou. A sinceridade de Theo era evidente, mas a mente de Kimberly era um turbilhão de emoções. Justo quando ela estava prestes a responder, Theo se inclinou e a beijou suavemente. O beijo era afetuoso, ainda cheio de emoção não expressa. Kimberly se encontrou respondendo, atraída pela segurança e calor que ele oferecia.
De repente, uma luz cegante emanou dos olhos de Kimberly, surpreendendo ambos. Theo recuou, protegendo seu rosto da intensidade da luz. Kimberly ofegou, sentindo um fluxo de poder percorrendo seu corpo. Era diferente de tudo que já havia experimentado.
“O que está acontecendo?” ela sussurrou, agarrando seu peito enquanto a luz lentamente desaparecia.
A expressão de Theo se transformou em admiração. Ele se ajoelhou, inclinando-se diante dela. “Deusa da Lua… É você.”
Kimberly olhou para ele, confusa. “Do que você está falando?”
Theo olhou para ela, seus olhos cheios de reverência. “A profecia falava de uma mulher que uniria todas as matilhas e traria a paz. Somente um beijo do verdadeiro amor poderia despertar seus poderes. Você… você é a Deusa da Lua que estávamos esperando.”
As mãos de Kimberly tremiam enquanto ela tocava seu ombro, onde sentia uma coceira repentina. Puxando o tecido de seu vestido, ela viu uma marca brilhante – o mesmo símbolo estranho que tinha notado semanas atrás.
“Isso não pode ser real,” ela murmurou, balançando a cabeça.
“É sim,” Theo insistiu. “Você sempre foi especial, Kimberly. Esta é quem você verdadeiramente é.”
Antes que ela pudesse responder, um toque soou na porta. Maria entrou cautelosamente, seu rosto pálido. “Alfa Theo, há notícias da matilha Night Walker. A ausência de Kimberly causou o caos. Alfa Derrick está furioso.”
A expressão de Theo escureceu. “Que ele fique. Ele logo aprenderá a não me desafiar.”
Enquanto isso, na matilha Night Walker, Derrick andava furiosamente na sala de conferência. “Isso é inaceitável! Kimberly não causou nada além de problemas, e agora ela se foi!” Ele bateu o punho na mesa, encarando os anciãos e Elena.
O rosto de Elena estava pálido, sua voz trêmula. “O que você vai fazer a respeito?”
Os olhos de Derrick brilharam de raiva. “Se eu a encontrar, ela vai desejar nunca ter nascido. Vou entregá-la a Heliandra o Feiticeiro. Que ela sirva como sua serviçal pela eternidade.”
O coração de Elena afundou. Ela se levantou, seguindo Derrick enquanto ele saía. Seus pensamentos corriam. “Aqueles hematomas em seu pulso… Ele teve algo a ver com seu desaparecimento? Preciso descobrir a verdade.”
De volta aos aposentos dos criados, Mohandia estava sozinha, lágrimas escorrendo pelo seu rosto. “Eu falhei com ela,” ela sussurrou. “Se algo acontecer com Kimberly, nunca me perdoarei.”
Determinada, ela se levantou e enxugou as lágrimas. “Eu vou encontrá-la. Não importa o que custe.”