Reclamada pelo Rei Alfa - Capítulo 96
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96: Capítulo 96 96: Capítulo 96 As três meninas congelaram em choque quando Elena pediu para acompanhá-la sem repreendê-las ou questioná-las. Era diferente de seu comportamento habitual, e o ato inesperado de conformidade as deixou perplexas.
Enquanto Elena caminhava alguns passos à frente, notou que elas não estavam se movendo. Ela parou, virou-se e levantou uma sobrancelha. “Vocês não querem ver sua amiga, ou estão aqui para desperdiçar meu tempo?” perguntou ela, seu tom afiado, seu olhar penetrante.
Mohandia foi a primeira a dar um passo à frente, rompendo o silêncio. Com determinação estampada no rosto, ela murmurou, “Por Kimberly, eu enfrento qualquer coisa.” Liza e Kaitlyn trocaram olhares nervosos antes de seguirem seu exemplo.
O rosto de Elena não traiu nenhuma emoção enquanto ela caminhava rapidamente para o quarto do médico, seus pensamentos agitados. Eles acham que sou cruel, mas eles não entendem. Estou fazendo o que é necessário – o que é melhor.
Enquanto isso, a mente de Liza corria com inquietação. Por que ela está tão calma? Algo parece… estranho. O que ela está planejando?
Mohandia cerrou os punhos, resoluta. Se Kimberly precisa de mim, eu lutarei através do fogo para alcançá-la. Ninguém pode me parar.
O grupo logo chegou ao quarto do médico. No momento em que o médico viu as três meninas seguindo Elena, seu rosto escureceu. “O que elas estão fazendo aqui?” ele perguntou, sua voz carregada de irritação.
“Elas merecem saber como Kimberly está,” respondeu Elena firmemente, encarando-o. “Ela é amiga delas – a coisa mais próxima de família que ela tem aqui. Esconder a verdade não ajudará ninguém.”
O médico hesitou, mas eventualmente se afastou, gesticulando em direção à porta. “Certo. Mas não causem um escândalo,” ele murmurou.
Quando as meninas entraram, suas respirações ficaram presas na garganta. Kimberly jazia na cama, seu rosto pálido, seus lábios rachados e seu corpo estranhamente imóvel. Sua pele tinha adquirido um leve tom avermelhado, quase como se seu sangue estivesse fervendo por baixo da superfície.
Liza soluçou, lágrimas escorrendo pelo seu rosto. Kaitlyn cobriu a boca para sufocar um soluço. Mohandia aproximou-se de Kimberly, sua voz tremendo com urgência. “O que há de errado com ela?”
O médico suspirou, sua expressão sombria. “Não sabemos. Sua temperatura continua subindo incontrolavelmente. Se continuar, seu sangue pode literalmente ferver. Se isso acontecer, sua pele queimará de dentro para fora… e isso poderia levá-la à morte.”
A palavra morte os atingiu como um trovão. Mohandia virou-se, seus olhos ardendo de raiva. “Então você vai ficar sentado aqui e assistir ela morrer? Que tipo de médico você é?”
“Controle seu tom!” Elena retrucou, avançando. “Você acha que não estamos fazendo nada? O próprio Alfa foi buscar ajuda. Estamos todos tentando salvá-la!”
Mohandia encarou, mas não disse nada. A sala caiu em um silêncio tenso, o ar pesado com medo e desespero.
Finalmente, Mohandia falou, sua voz estável, mas cheia de resolução. “Eu tenho uma ideia. Em minha terra natal, temos cânticos – orações que convocam espíritos para curar os doentes. Eu posso realizar um para Kimberly.”
Todos se viraram para olhá-la. A testa de Elena franziu em suspeita. “Sua terra natal? De onde exatamente você é?”
Mohandia respirou fundo. “Sou do Quênia. Meu pai era o Kinzazu – o curandeiro de nossa cidade. Ele me ensinou como convocar espíritos para curar pessoas quando toda esperança parecia perdida.”
O médico cruzou os braços, cético. “E mesmo assim, você está aqui como uma criada. Como você acabou nesta alcateia?”
Lágrimas brilharam nos olhos de Mohandia, mas sua voz permaneceu firme. “Minha cidade foi atacada por lobisomens quando eu tinha oito anos. A maioria do meu povo foi massacrada, incluindo meus pais. Eu fui mordida e deixada para morrer, mas o Alfa da Alcateia Carvalho Branco viu algo em mim – algo… diferente. Eu sobrevivi à mordida, e ele me acolheu como sua filha.”
Sua voz ficou mais suave, tingida de dor. “Mas quando ele morreu em batalha contra esta alcateia, fui tomada como escrava. Foi assim que acabei aqui.”
A sala ficou silenciosa enquanto todos processavam suas palavras. Até Elena pareceu momentaneamente sem palavras.
Finalmente, o médico quebrou o silêncio. “E esses cânticos – você realmente sabe como realizá-los? Já se passaram anos, não é?”
Mohandia levantou o queixo desafiadoramente. “Você pode me tirar de minha casa, mas não pode tirar minha casa de mim. É quem eu sou. Não esqueci.”
Elena a estudou atentamente. “Se isso é verdade, por que você não usou esse tal dom antes?”
“Porque não é algo que você simplesmente usa,” Mohandia respondeu. “É sagrado. É destinado para situações de vida ou morte – e é exatamente isso que isso é.”
Elena cruzou os braços. “O Alfa está trazendo alguém para ajudar Kimberly. Até ele chegar, não podemos tomar nenhuma decisão. Mas se a solução dele não funcionar… tentaremos a sua.”
Elena mal tinha terminado de falar quando o som de passos se aproximando chamou a atenção de todos. O ritmo estável de botas no chão polido fez seus corações acelerarem com curiosidade e apreensão.
“Quem poderia estar vindo aqui sem o Jefferson nos informar?” o médico perguntou em voz alta, sua voz carregada de suspeita.
Elena endireitou sua postura, seus olhos agudos brilhando com realização. “Há apenas uma pessoa que pode fazer isso sem aviso… o Alfa Derrick,” ela disse firmemente.
Mal tinha ela falado quando o Alfa Derrick entrou na sala, sua presença imponente preenchendo o espaço. Atrás dele, uma figura seguia – um feiticeiro vestido com túnicas fluidas, segurando um cajado intricadamente entalhado que irradiava uma aura de mistério.
O olhar do Alfa caiu sobre as amigas de Kimberly, ainda agrupadas perto da cama. Seu rosto escureceu instantaneamente. “O que elas estão fazendo aqui?” ele exigiu, sua voz baixa, mas ameaçadora.
Elena avançou, inabalável. “Eu permiti que elas entrassem. Kimberly é amiga delas e a coisa mais próxima de família que ela tem aqui. Elas mereciam saber sua condição,” ela explicou, seu tom calmo, mas resoluto.
O olhar penetrante do Alfa Derrick a perfurou. “Você desobedeceu minhas ordens,” ele rosnou. “Elas já viram o suficiente. Saíam!”
As amigas de Kimberly trocaram olhares preocupados, sua coragem vacilando sob o comportamento feroz do Alfa. Sem dizer mais nada, elas saíram às pressas da sala, lançando um último olhar lacrimoso para a amiga inconsciente.
A tensão na sala era palpável enquanto o Alfa se voltava para o feiticeiro. “Heliandria, faça o que for necessário. Preciso de respostas,” ele ordenou rispidamente.
Heliandria assentiu, seu cajado tocando ritmicamente no chão enquanto ele se aproximava da cama de Kimberly. O feiticeiro começou a cantar, sua voz um murmúrio profundo, quase uma vibração no ar. Suas mãos pairavam sobre o corpo de Kimberly, e a temperatura na sala parecia mudar, um frio se instalando sobre todos os presentes.
“O que ele está dizendo?” o médico sussurrou para Elena, sua inquietação evidente.
Elena balançou a cabeça. “Não sei, mas vamos esperar e ver,” ela respondeu, seus olhos nunca deixando Heliandria.
O feiticeiro de repente parou de cantar, suas mãos repousando levemente na testa de Kimberly. Por um momento, a sala ficou silenciosa exceto pelo som da respiração de todos. Então, Heliandria falou.
“Ela segura a luz do destino,” ele disse enigmaticamente, sua voz ressoando com uma autoridade sobrenatural.
Elena franziu a testa. “O que isso significa? Ela pode ser salva?”
Os olhos de Heliandria brilharam com um lampejo de conhecimento. “O caminho dela está além da compreensão mortal. Ela despertará quando o momento for certo. Até lá, mantenham sua febre baixa e certifiquem-se de que ela fique hidratada. Não mais, não menos,” ele declarou.
A paciência de Alpha Derrick estalou. “Que tipo de feitiçaria é essa? Você quer dizer que não há nada que possamos fazer para salvá-la agora?” ele latiu, sua voz ecoando pelas paredes.
Heliandria encarou o olhar ardente do Alfa com desapego calmo. “Seu destino não está sob seu controle, Alfa. Ela se erguerá quando as estrelas se alinharem, não um momento antes,” ele disse, seu tom inabalável.
“Isso é inaceitável!” Alpha Derrick rosnou. “Eu me recuso a ficar parado e não fazer nada!”
O feiticeiro sorriu levemente, quase zombeteiramente. “Você pode lutar contra as marés, Alfa, mas o oceano ainda seguirá seu curso.”
Com um rugido de frustração, Alpha Derrick saiu da sala, seus passos pesados com raiva.
Heliandria riu suavemente, o som inquietante em sua calma. “A luz brilha mais intensamente quando cercada pela escuridão,” ele refletiu, mais para si mesmo do que para qualquer outra pessoa.
Elena avançou, suas sobrancelhas franzidas. “O que você quer dizer? Kimberly é a luz de que você fala?”
Heliandria se virou para ela, seu olhar penetrante. “Ela é a estrela que guiará as alcateias, mas ela não está sozinha. Outros se erguerão com ela, ligados pelo destino. Proteja-a, pois as sombras já estão se movendo,” ele disse antes de se virar para sair.
“Espere!” Elena chamou, mas o feiticeiro apenas acenou com a mão de forma displicente, sua risada ecoando pelo corredor enquanto ele desaparecia.
Elena ficou parada, sua mente acelerada. “Será que Kimberly realmente é a escolhida prevista na profecia da Deusa da Lua?” ela se perguntou em voz alta.
O médico a olhou, sua expressão conflituosa. “Você realmente acredita nisso? Profecias são enigmas, Elena. Elas podem ser interpretadas de inúmeras maneiras,” ele disse cautelosamente.
O olhar de Elena endureceu. “Eu não sei mais no que acreditar, mas sei que não podemos ignorar isso. Há algo extraordinário sobre Kimberly, e pretendo descobrir o que é,” ela disse com determinação.
O médico hesitou antes de assentir. “Então, o que fazemos agora?” ele perguntou.
Elena suspirou profundamente. “Nós a protegemos, custe o que custar. Mas primeiro, preciso pensar. Deixe-me sozinha por um momento,” ela disse.
O médico assentiu e saiu da sala, deixando Elena sozinha com Kimberly.
Ela olhou para a garota inconsciente, sua mente um turbilhão de pensamentos. “Kimberly, quem é você? Que segredo você está escondendo?” ela murmurou…