Reclamada pelo Rei Alfa - Capítulo 92
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- Capítulo 92 - 92 Capítulo 92 92 Capítulo 92 Kimberly saltou da cama
92: Capítulo 92 92: Capítulo 92 Kimberly saltou da cama, respirando em rápidas e curtas rajadas. A escrita em seu braço brilhava fracamente na luz tênue de seu quarto.
Ela correu para o banheiro, desesperada para verificar o que havia visto. Diante do espelho, girou o braço direito lentamente, com os dedos trêmulos.
Ela franziu a testa para a inscrição. “A luz que brilha em você é muito grande para haver como escondê-la. Erga-se e torne-se a pessoa que você já é!” Sua voz tremia enquanto lia em voz alta.
Seu reflexo a encarava de volta, com os olhos arregalados e pálidos. O que isso significa? ela se perguntou, com a mente acelerada.
“Pode ser outro fantasma?” ela sussurrou. Seu coração batia alto no peito enquanto ela observava ao redor. Não havia sinal de espírito, mas o medo permanecia.
“Não,” Kimberly murmurou, balançando a cabeça firmemente. “Isso não pode ser um fantasma. Isso… essa escrita parece diferente. Como uma mensagem.”
A ideia de compartilhar isso com alguém parecia impossível. Se eu contasse para alguém, eles pensariam que estou louca, ela pensou. “Não. Isso fica comigo.”
Ainda assim, a incerteza a corroía. Ela permaneceu junto ao espelho por mais um momento antes de suspirar profundamente e voltar para seu quarto.
“Isso está se transformando em algo completamente diferente,” ela murmurou, afundando na cama. “Preciso lembrar o que aconteceu quando meu espírito deixou meu corpo. Se algo ocorreu, por que não consigo me lembrar?”
Ela colocou a mão esquerda sobre a inscrição brilhante, traçando-a levemente com os dedos. Talvez desapareça como antes, ela pensou, sua mente um turbilhão de confusão e frustração.
Logo, o esgotamento a venceu. Kimberly se deitou, seus pensamentos confusos, até que o sono a reclamou mais uma vez.
Sequência dos Sonhos
Kimberly estava em um vasto campo vazio banhado em luz dourada. Ela sentia uma presença, forte e antiga, mas não conseguia identificar sua origem.
Uma voz suave ecoou ao seu redor. “Kimberly, a luz que dispersa as sombras e a voz do cosmos.”
Ela girou, tentando encontrar a fonte. “Quem está aí?” ela chamou, sua voz trêmula, mas firme.
A voz continuou, ignorando sua pergunta. “Você precisa agir agora. Uma grande ameaça se aproxima, não de carne e sangue, mas de um espírito sinistro. O futuro está em suas mãos. Não adie mais.”
Os joelhos de Kimberly fraquejaram. “Por que eu?” ela sussurrou, medo e confusão girando dentro dela.
Da névoa dourada, uma figura emergiu. Era um homem idoso, alto, com cabelos grisalhos e barba. Ele carregava um cajado e caminhava em sua direção com um andar calmo e firme.
“Quem é você?” Kimberly perguntou, sua voz mal audível.
O homem parou a alguns passos de distância. Seus olhos penetrantes pareciam olhar diretamente para sua alma. “O que você procura, Ó Grande?”
“Grande?” A confusão de Kimberly se aprofundou. “Eu não sou nenhuma grande. Eu nem mesmo entendo o que está acontecendo!”
O homem sorriu gentilmente. “Você tem as respostas dentro de você. Pare de procurar pelo que já sabe.”
“O que isso significa?” Kimberly exigiu, a frustração borbulhando à superfície.
Ele não respondeu imediatamente, ao invés disso gesticulou para o braço dela. “A luz dentro de você não pode ser escondida. Aceite-a, e você encontrará seu caminho.”
Kimberly olhou para baixo, surpresa ao ver a mesma inscrição brilhante em seu braço. “Mas eu não sei o que fazer!”
“Você saberá,” ele respondeu simplesmente. “Confie em você mesma.”
Quando o homem começou a se afastar, Kimberly o chamou. “Espere! Eu preciso de mais respostas!”
Ele pausou, mas não se voltou. “Você as encontrará quando parar de duvidar.”
Com isso, o homem desapareceu na névoa dourada, deixando Kimberly sozinha mais uma vez.
—
Kimberly piscou, tentando focar enquanto o homem idoso desaparecia na névoa. De repente, ela pôde se mover novamente. Sua boca se abriu, mas antes que pudesse falar, ouviu uma voz familiar chamando seu nome.
“Kimberly! Levante-se! Você não vai se juntar a nós para o almoço?” A voz alegre de Liza atravessou sua confusão enquanto sua amiga a sacudia gentilmente.
Kimberly gemeu e se sentou, seu olhar desorientado encontrando o sorriso brilhante de Liza. “O quê? Almoço já?”
“Sim! Kaitlyn e Mohandia também estão aqui. Estivemos te esperando!” Liza riu enquanto os outros dois amigos entraram na brincadeira, sentando em sua cama e provocando-a.
“Por que sua porta nunca está trancada? Você estava sonhando com algo doce, Kimberly?” Kaitlyn provocou, arrancando risadas dos outros.
Kimberly esboçou um pequeno sorriso, afastando por ora o estranho sonho—or visão. “Tudo bem, tudo bem. Estou indo. Me dê um minuto para me arrumar.”
Após jogar água fria no rosto no banheiro, ela se juntou aos amigos. Juntos, caminharam para o refeitório, conversando pelo caminho. As saudações calorosas que receberam das outras camareiras fizeram Kimberly sorrir. Era uma mudança refrescante dos dias em que frequentemente era recebida com olhares frios.
“Você já notou como todos estão muito mais amigáveis agora? É tão maravilhoso!” Mohandia exclamou enquanto eles encontravam uma mesa. “Eu costumava me sentir invisível, mas agora me sinto parte de uma família.”
Kimberly concordou com a cabeça, mas permaneceu quieta, seus pensamentos ainda pairando sobre o misterioso homem idoso e a visão estranha. Enquanto começavam a comer, o som de passos encheu o refeitório. Kimberly olhou para cima ao ver Elena, Jefferson, e a principal criada entrarem.
“Boa tarde, todos!” Elena chamou com um sorriso amplo.
A sala ficou em silêncio enquanto todos se voltavam para ela, a curiosidade clara em seus rostos.
“Tenho um anúncio do Alfa,” Elena começou. “O Alfa Derrick estará se juntando a nós esta noite e ficará por uma semana para observar as operações. Ele deseja conhecer todos vocês esta noite no salão de banquetes durante o jantar.”
Um murmúrio de empolgação se espalhou pela sala. Uma das camareiras levantou a mão timidamente.
“Sim, querida?” Elena encorajou.
“Dona, que horas devemos nos reunir para o encontro?” a criada perguntou hesitante.
Os olhos de Elena se arregalaram levemente, e ela riu. “Ah, esqueci de mencionar isso! Obrigada por me lembrar. O jantar será servido no horário habitual, e a reunião seguirá imediatamente após. Por favor, certifique-se de ser pontual!”
Kimberly observou Elena atentamente. Seu comportamento alegre parecia genuíno, mas algo nisso parecia estranho.
‘Por que ela está tão feliz? Deve estar acontecendo algo,’ Kimberly pensou, franzindo levemente as sobrancelhas.
Elena voltou seu olhar para Kimberly. “Kimberly, preciso que você reúna mais dez camareiras, incluindo você mesma, para ajudar nos preparativos de hoje à noite. Assim que terminar seu almoço, comece imediatamente. Entendeu?”
Kimberly assentiu. “Entendido, senhora.”
Quando Elena saiu, Kaitlyn cutucou Kimberly. “Você acha que seremos escolhidas para ajudar?”
“Não sei. Ainda estou pensando se você é adequada para a tarefa,” Kimberly provocou com um sorriso malicioso.
Kaitlyn respirou fundo dramaticamente. “Como ousa! Quer que eu arranque sua cabeça com meus dentes?”
A mesa explodiu em risadas. Kimberly balançou a cabeça, divertida. “Relaxem, todas vocês virão comigo. Vou escolher mais algumas para nos juntar, e iremos todas para o salão juntas.”
“Sim! Mal posso esperar!” Liza bateu palmas animadamente, seus olhos brilhando de antecipação.
Kimberly forçou um sorriso, escondendo sua inquietação. Suas amigas estavam empolgadas, mas seus instintos a alertavam de que a noite reservaria mais do que simples cortesias.
‘Só há uma maneira de descobrir o que está acontecendo – e é estando lá eu mesma,’ ela pensou, determinação preenchendo seu peito.
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Após terminarem suas refeições no refeitório, Kimberly selecionou cuidadosamente um grupo de camareiras trabalhadoras e fortes para acompanhá-la e suas amigas aos aposentos de Elena. Juntas, partiram, seus passos ecoando no corredor enquanto conversavam baixo entre si.
Quando chegaram, a principal criada as cumprimentou com um aceno brusco. Ela já estava inspecionando vários itens dispostos para os preparativos da noite.
“Boa hora,” disse a principal criada, sem olhar para cima. “Vamos começar.”
Ela começou a designar tarefas para todos. Uma a uma, as camareiras receberam suas instruções e imediatamente puseram-se ao trabalho. No entanto, Kimberly notou que não havia recebido uma tarefa. Confusa, ela se aproximou da principal criada.
“Senhora,” Kimberly começou educadamente, “a senhora não me deu nenhuma tarefa. Pensei em lembrá-la, caso tenha esquecido.”
A principal criada olhou para ela brevemente e sorriu. “Oh, eu não esqueci, Kimberly. Você trabalhará diretamente com Dona Elena. Ela virá buscar você em breve.”
O coração de Kimberly deu um pulo. “Trabalhar com Dona Elena?” ela repetiu suavemente, sua voz tingida de nervosismo.
“Sim,” a principal criada confirmou antes de voltar sua atenção para a lista de verificação em sua mão.
Kimberly ficou parada, seus pensamentos acelerados. Por que Elena queria que ela trabalhasse diretamente com ela? O que ela poderia precisar dela?
Antes que pudesse pensar mais a respeito, Elena entrou na sala, sua presença exigindo atenção imediata.
“Kimberly,” Elena disse severamente, sua expressão séria aumentando o nervosismo de Kimberly. “Venha comigo agora.”
Kimberly levantou-se rapidamente, fazendo uma leve reverência por respeito. “Sim, senhora,” ela respondeu, apressando-se seguindo Elena, que já estava saindo da sala.
Enquanto caminhavam pelo longo corredor, Kimberly lutava para acompanhar o passo rápido de Elena. A curiosidade borbulhava dentro dela, mas ela hesitava em falar até que Elena abruptamente parou e virou para enfrentá-la.
“Suponho que você esteja se perguntando por que eu a chamei e que trabalho eu tenho para você,” Elena disse, seus olhos penetrantes fixos nos de Kimberly.
“Sim, senhora,” Kimberly admitiu, mantendo seu tom respeitoso. “Eu estava prestes a perguntar, na verdade.”
Elena assentiu aprovadoramente. “Bom. Gosto da sua honestidade. Você será minha assistente pessoal pela noite. Seu trabalho é supervisionar as outras camareiras e garantir que tudo corra bem. A principal criada cuidará da comida e dos preparativos principais, então você não será sobrecarregada.”
“Obrigada, senhora,” Kimberly disse, baixando o olhar. “O que a senhora gostaria que eu fizesse agora?”
A expressão severa de Elena suavizou um pouco. “Siga-me. Precisamos inspecionar os materiais de vestuário e utensílios para esta noite. Preste muita atenção – eu espero nada menos que perfeição.”
“Sim, senhora,” Kimberly disse, forçando um pequeno sorriso enquanto seguia Elena.
Enquanto caminhavam, os pensamentos de Kimberly fervilhavam. ‘Por que Dona Elena está me tratando tão gentilmente? Será por causa do que seu irmão fez comigo? Talvez ela se sinta culpada… Ou talvez ela saiba como é passar por tal humilhação.’
Seus devaneios foram interrompidos pela voz de Elena. “Preste atenção, Kimberly. Não é hora de sonhar acordada.”
“Minhas desculpas, senhora,” Kimberly respondeu rapidamente, focando na tarefa à mão.
Ainda assim, sua mente vagueou brevemente. ‘Preciso alertar minhas amigas esta noite. Elas podem me ajudar a vigiar tudo que está acontecendo aqui. Algo não parece certo.’
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Enquanto isso, na grande propriedade de Alfa Theo, o Alfa estava se preparando para dar uma volta pelo seu extenso complexo. Assim que ele saiu da sala de estar, um de seus homens se apressou em sua direção.
“Bom dia, chefe,” o jovem cumprimentou, fazendo uma reverência respeitosa.
Alfa Theo virou-se graciosamente, sua presença comandante fazendo o homem endireitar-se imediatamente. “O que foi?”
“Chefe, reunimos informações sobre o grupo Caminhantes Noturnos. Algo incomum vai acontecer onde Kimberly está na próxima semana,” o homem relatou, seu tom cauteloso.
A menção do nome de Kimberly fez o interesse de Alfa Theo se aguçar. Ele estreitou os olhos ligeiramente. “Continue.”
“As atividades retomarão como normal na próxima semana, e as corridas noturnas das camareiras continuarão. Achamos importante informá-lo imediatamente,” o homem explicou.
A expressão de Alfa Theo escureceu um pouco, embora ele mantivesse sua compostura. “E o que exatamente você quer dizer com ‘corridas noturnas’?”
“Eles têm relaxado as restrições recentemente, mas o Alfa dos Caminhantes Noturnos planejou algumas atividades significativas. É tudo o que sabemos por enquanto,” o homem admitiu.
Theo assentiu pensativamente, sua mente afiada já montando possibilidades. “Obrigado, George. Informe aos outros que eu lidarei pessoalmente com tudo relacionado ao grupo Caminhantes Noturnos daqui para frente. Eles podem recuar.”
“Entendido, senhor,” George respondeu com uma reverência respeitosa antes de sair.
Alfa Theo permaneceu imóvel por um momento, seu maxilar se contraindo. ‘Kimberly… Não vou deixar que nada aconteça com você. Se os Caminhantes Noturnos pensam que podem me superar, estão enganados.’
Determinação brilhando em seus olhos, Alfa Theo retomou sua caminhada, seus pensamentos já formulando um plano.
Ele esperaria e observaria cuidadosamente – mas não hesitaria em agir quando chegasse o momento.